Lembro-me perfeitamente: estava na Calçada da Ajuda, a estacionar o bólide e a ouvir um programa de rádio apresentado pelo Nuno Galopim. Ia jantar a um restaurante indiano que ainda hoje lá existe. Breves segundos antes de desligar o carro começa a tocar no sonante o single Emerge, primeiro avanço para o álbum #1. Espera lá... o vindaloo de borrego que aguente que isto é muito bom!!
Seis meses depois não se falava de outra coisa. Electroclash para aqui, electroclash para ali, bandas como Ladytron, Miss Kittin, Legowelt, Peaches e muitos outros inundavam as tabelas de música de dança. O que sobrou desde então? Pouco, há excepção de uns quantos bons álbuns.
O conceito era deveras interessante: o som synth dos anos 80 filtrado por dois revivalistas da cena eletrónica nova-iorquina, com adições de techno, punk e muitos efeitos visuais, contrapondo ao vazio frio e inestético do techno duro que então passava nas discotecas. A moda passou, as tendências são outras, mas a recordação dessa era fica.
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