terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Balanço do ano.

Ou o balanço de um ano brutal, compilado em video por um fã dos Broken Social Scene, que aproveitou a edição recente de "Golden Facelift", uma música antiga que a banda decidiu libertar dos seus arquivos.

Aviso: tal como o ano que acaba, o video é forte e crítico, sobretudo a eventos que ocorreram na parte norte do continente americano.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Idade maior.

Os The Hidden Cameras andaram a promover, durante 2014, o seu sexto álbum de originais, "Age". Lançaram esta semana, como último single, este "Doom", mas apesar de todo o esforço do video, continuo a achar que "Carpe Jugular" foi o melhor single/video que saiu da última fornada desta pandilha canadiana. Ficam os dois videos para tirar teimas.




terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Versões - XLIV

Receita para os próximos dias:
Ela + eu + frio + uma casa quente = boas festas!

Toca aquela! - XI

The Dandy Warhols, em 2001, no álbum "Welcome To The Monkey House", com a produção de Nick Rhodes, dos Duran Duran. Se houve uma canção tão premonitória do regresso em força dos anos 80, foi esta "You Were The Last High".

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Toca aquela! - X

Hoje começamos o dia a recordar os Stone Temple Pilots, os filhos bastardos do grunge, quais patinhos feios do charco musical dessa década, sempre olhados de lado e desvalorizados por alguns críticos, mas que tiveram sempre grandes canções em todos os álbuns que editaram.

"Sour Girl" foi um dos singles a ser extraído do álbum de 1999, "No. 4", o quarto álbum da carreira dos norte-americanos. É, na minha modesta (treta!) opinião, uma das grandes canções pop desse ano, com tudo a funcionar na perfeição: melodia, ritmo, letras e voz.
Pena que a voz tenha cedido à heroína e outros vícios, sendo despedida da banda em 2013. Scott Weiland é um dos poucos grandes vocalistas a surgir em plena euforia grunge e que merecia melhor destino. E muito melhor sorte merecia o legado dos Stone Temple Pilots do que ter como substituto de Weiland o asqueroso Chester Bennington, da banda abaixo de medíocre Linkin Park. Uma tristeza de escolha e, garantidamente, a perda de um fã deste lado do Atlântico. E desconfio que não devo ser o único, a julgar pelos primeiros sons a surgir desta nova reencarnação dos STP. Assustadoramente mau!

Mas voltemos a "Sour Girl", que é o que interessa e que tem um video tipicamente 90's, cheio de tiques psicológicos, cores saturadas, narrativas parvas e a presença de modelos e/ou actrizes que estavam a chegar à ribalta, nesta caso Sarah Michelle Gellar, a eterna "Buffy, the Vampire Slayer".

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Clínica veterinária

O veterinário de serviço cá do estaminé, Dr. Dog, tem álbum novo, "'Live At A Flamingo Hotel", que será lançado em janeiro do próximo ano.

É como temos vindo a constatar: janeiro e fevereiro de 2015 vão ser meses de abundância. Esperemos que a quantidade traga qualidade.

Fiquem então com este "Heart It Races".
Béu!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sala de concertos privada. - II

Tenho uma relação de simpatia-antipatia com esta banda. Os escoceses Chvrches tiveram durante 2013 e 2014 uma ascensão consistente e merecida. Gosto muito do synth pop que praticam mas embirro com a voz de miúda adolescente da vocalista Laureun Mayberry. Dito isto, resolvo o problema da voz dela com o seu lindo sotaque do norte da bretanha e a qualidade instrumental da electrónica que os Chvrches apresentam.

Ao vivo apresentam um bom espectáculo, digno de quem pratica um synth pop old school, com um excelente jogo de luzes. Quem quiser tirar dúvidas se gosta ou não destes putos escoceses, é ver o concerto que se segue dos Chvrches, ao vivo em Paris, cortesia da Pitchfork.



Canal Panda em modo alucinogénico.

Novo single para Panda Bear, "Boys Latin", a ser retirado de "Panda Bear Meets The Grim Reaper", que tem data de lançamento em janeiro de 2015. Boa pop electróncia com os tiques sonoros experimentais que o Sr. Noah Lennox vem a desenvolver quer no seu trabalho a solo, quer com os Animal Collective.

O video serve bem a música, sobretudo pela qualidade de animação e pela paleta cromática.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Moviflor Power!

Dan Deacon tem um disco novo, "Gliss Riffer", que sairá lá para finais de fevereiro do próximo ano. Os primeiros dois meses de 2015 prometem ser férteis em novidades. Para já somos agraciados com o primeiro single do novo trabalho de Deacon, "Feel The Lightning", que até tem postura muito pop para o tipo de som a que o norte-americano nos habituou. O próprio video é uma celebração tonta da cultura kitsch do mobiliário e decoração, qual homenagem póstuma à loja portuguesa de decoração de interiores desaparecida este ano.

THAT'S JUST SILLY - XIX

Nada como intestinos frescos pela manhã.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Primeiro estranha-se, depois entranha-se.

Voltamos a Princess Chelsea, agora para dar a conhecer o teu trabalho mais recente, "The Great Cybernetic Depression", lançado este ano. Mais uma vez as letras das músicas, com versos como "They put my brother underwater, but they forgot about me" são uma referência de contemporaneidade mordaz e bom gosto satírico, aliados a um synth-pop etéreo e eficaz.

Fiquem com os videos dos dois singles que já foram lançados deste álbum, "We're So Lost" e "No Church On Sunday", ambos realizados por Simon Ward.



Terapia conjugal.

Mais uma preciosidade da Nova Zelândia.

Depois de terem feito dos The Brunettes uma das bandas mais interessantes da cena alternativa neozelandeza, Chelsea Nikkel, agora a solo com o seu projecto Princess Chelsea, voltou aos duetos com Jonathan Bree, para o single "The Cigarette Duet", lançado no álbum de 2011, "Lil' Golden Book". A música, devido à temática e ao video absurdamente giro, teve uma grande exposição mediática, com mais de 12 milhões de visualizações no youtube, em 2012, chegando actualmente a mais de 16 milhões. Todos sabemos o irrelevante que isso pode ser, em termos de atestado de qualidade, mas para um video desta natureza, vindo de um projecto musical alternativo da Nova Zelândia, caramba! É de louvar.

Vejam com atenção e saboreiem a letra (e mensagem) da música.

Warp Speed - IV

Quem estiver minimamente identificado com o catálogo da Warp Records não tem dificuldade em imaginar que os Oneohtrix Point Never seriam uma banda a gerir por essa editora. E os mentores da Warp assim o pensaram, resgatando a banda a editoras mais pequenas e lançando em 2013 o álbum "R Plus Seven".

As músicas de Daniel Lopatin, o homem que faz os OPN mexer, podem designar-se como labirínticas e naturalmente experimentais, não desmerecendo outros grandes vultos que lhe fazem companhia nesta editora, como os Flying Lotus ou Aphex Twin.

Não é fácil mas quem disse que tinha de ser?

Versões XLIII

Não contem comigo para celebrações e exaltações natalícias.
O natal é algo que não me assiste (aproveitando-me de trocadilhos idiotas).

O que não impede que saiba apreciar algumas das melodias tão próprias da época.
Especialmente se forem versões bem conseguidas e que esteja patente a marca dos seus transformadores. É o caso da cover de "In The Bleak Midwinter", de Maps com Polly Scattergood nas vozes.

Peça frágil, qual filigrana electrónica, que sustenta a bela voz da Sra. Scattergood, e que nos deixa a flutuar nesta solarenga, mas fria manhã de dezembro.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Um certo rock e muitas drogas.

Vi os Morphine ao vivo uma única vez, no já longínquo Super Bock Super Rock em Alcântara, em julho de 95. Mas essa experiência única foi marcante ao ponto de ainda hoje me lembrar deles e aqui partilhar uma das suas músicas. Mark Sandman morreu em palco em 1999, vítima de um ataque cardíaco que muito relacionado esteve com os seus excessos de álcool e drogas.

Os Morphine eram, para a altura mas mesmo ainda na actualidade, um conjunto muito curioso. Numa época em que imperavam guitarras e em que não era incomum vermos bandas com 4 e 5 guitarristas em palco, a opção destes norte-americanos foi por uma bateria, um saxofone e uma guitarra-baixo (habitualmente de apenas duas cordas). Essa solução, em vez de lhes coarctar opções, abriu-lhes novas fronteiras e gerou um estilo muito próprio, com arranjos típicos do rock envoltos numa roupagem de jazz e blues.

A morte do vocalista resultou no fim dos Morphine, ainda que os restantes membros tivessem enveredado por novos projectos, nomeadamente os Twinemen, que por certo ainda merecerão uma posta aqui no Duotron.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Manifesto anti-imperalista.

E mais uma novidade para fechar o dia, agora com os Belle & Sebastian.
O segundo single a ser retirado do álbum "Girls in Peacetime Want to Dance", que sairá em janeiro do próximo ano. Desta vez a escolha recaiu em "Nobody's Empire".

Já gosto mais desta canção, comparativamente ao single anterior, "The Party Line".
O video, realizado por Blair Young e Stuart Murdoch (o mentor dos B&S), é uma junção de filmagens cedidas por fãs da banda com clips recolhidos do Scottish Screen Archive da National Library of Scotland e dos arquivos Prelinger.

Mais música boa da Islândia.

Estando a chegar ao final do ano já é possível fazer alguns balanços, como é habitual nesta altura. Não consigo, nem nunca consegui, dizer que este álbum ou aquela música foram o melhor do ano, mas sempre é possível afirmar que eles se encontram entre o que de mais interessante se fez durante 2014.

E na vertente de IDM tem de se mencionar o álbum homónimo de Kiasmos, uma dupla da Islândia/Ilhas Faroé que joga com o minimalismo e as melodias electrónicas para criar música de dança experimental inovadora e que merece um dos destaques do ano.

Versões XLII

Nunca saberemos como seriam os Depeche Mode se o Vince Clarke tivesse permanecido na banda. Quase certo é que muito dificilmente teríamos os Yazoo e depois os Erasure, o que seria em ambos os casos uma perda enorme. E talvez não tivéssemos também a fantástica voz da Alison Moyet.

Os DM seguiram o seu caminho de sucesso, os Yazoo e os seus respetivos membros também. Ficam-nos pérolas como este "Don't Go" aqui revisto pela Alison Moyet em 2008.

Relaxado q.b.

Hoje é dia de regressos.
Depois de Father John Misty, temos os ingleses Citizens! a mostrar trabalho novo.
O sucessor do aclamado álbum de estreia, de 2012, "Here We Are", ainda não tem nome, mas já tem um single prontinho a ser rodado: "Lighten Up".

Ainda está longe de ser um digno sucessor de "True Romance", mas é uma canção pop competente.

Pequeno almoço na cama.

Father John Misty, o nosso pregador favorito, está de volta com um novo álbum. Chama-se "I Love You, Honeybear", e irá ser lançado em fevereiro do próximo ano. O primeiro single tem o curioso nome de "Chateau Lobby #4 (in C for Two Virgins)". E o video, em modo caleidoscópio, é este.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Versões XLI

"Ice Machine" nunca foi daquelas músicas mais queridas quer pelos fãs quer pelos próprios Depeche Mode, pelo que muito raramente fez parte do alinhamento da banda em concerto. Lado-B do primeiro single dos DM, "Dreaming of Me". não deixa por isso de ser um excelente exemplo do que eram os DM nos primórdios da sua longa e brilhante carreira e merece, por isso, uma revisitação cuidada e digna.

Foi isso que fizeram os Royksopp, associando-se à vocalista norueguesa Susanne Sundfor e dando a (re)descobrir a muitos esta excelente canção na compilação “Late Night Tales: Röyksopp”. Fica aqui a versão ao vivo na NRK's Lydverket.

O fim da era dourada.

O final da década de 90 foi também ele o termo de um era dourada para o Drum'n'Bass como sub-estilo maior da música de dança. As grandes inovações tinham passado, os álbuns e músicas maiores também, os compositores procuravam já outros caminhos em correntes dançantes alternativas.

Foi por isso um culminar em grande o álbum de 1999 de Mocean Worker intitulado "Mixed Emotional Features", um pico para o movimento Jungle/Drum'n'Bass e surpresa maior vindo de um músico mais associado a sonoridades ligadas ao acid jazz ou mesmo funk. Ficamos com a primeira música do CD, "René M"

Uma fascinante confusão. - III

Volta não volta, começamos as manhãs de sexta-feira com os Liars.

Hoje trazemos mais uma grande confusão sonora e visual. O novo single "Mask Maker", faixa que abre o último de originais, "Mess", tem letras tão boas como: "Take my pants off, Use my socks, Smell my socks, Eat my face off, (...)", e apresenta um video simples mas soberbo, com um impecável trabalho de fotografia e montagem.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O clímax.

Os Out Cold são o projecto paralelo de Simon Aldred, o frontman dos Cherry Ghost. Aproveitando o hiato destes, Aldred apostou numa sonoridade diferente e o resultado foi o primeiro álbum dos "Out Cold", do qual um dos destaques é este "All I Want". O vídeo, realizado por Jamie Harley, pode até ser NSFW (Not Safe For Work) mas enquadra na perfeição uma ambiência lânguida e que arde lentamente em riffs distantes e sintetizadores suaves, que evolui para um clímax satisfatório e a pedir mais.

 

Versões XL

Psycho Killer dos The Talking Heads é daquelas músicas que é impossível melhorar. É boa demais para permitir que uma cópia a ultrapasse. Não obstante, há sempre tentativas e, neste caso, a versão em causa não desmereceu o original, pelo menos em carácter inovador.

Em 1984 os The Flying Pickets, um grupo vocal britânico conhecido pelas suas versões a capella, ousou mexer nesta relíquia musical e apresentá-la numa roupagem diferente, sem instrumentos. Bagagem os Pickets tinham: em 83 a sua "revisão" do sucesso dos Yazoo "Only You" chegou a número 1 da tabela britânica. Segundo parece, Margaret Thatcher dizia apreciar muito esta versão. Ou provavelmente não, em função da visão radical socialista que os Pickets defendiam ser diametralmente oposta ao da bruxa inglesa. Humor britânico, talvez.

Os The Flying Pickets ainda hoje dão concertos, apesar de nenhum dos actuais elementos ter feito parte da banda original.

Assim sim.

Grande remix de Stuart Price, no seu alter ego Jacques Lu Cont, para a música "Reservoir", dos Metronomy. Se o original era calminho (pode ser escutado aqui), esta mistura é uma seta apontada às pistas de dança.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

E pelas bandas do sudoeste...

Pelos lados do sudoeste também se prepara o festival de 2015, dando enquadramento musical a uma romaria que é cada vez menos pelas canções e mais pelas férias, distância dos pais e banhos de pó.

Os nomes já anunciados revelam a crescente perda de protagonismo do Sudoeste, incapaz de competir com os maiores festivais da Europa e mesmo com alguns nacionais. Temos pois Jimmy P, Showtek e Calvin Harris.

Peguemos neste último, apesar do tiro ao lado que foi o seu último álbum "Motion", lançado em outubro deste ano e com uma escolha criteriosa de maus singles (ouçam "Outside", com a voz da rapariga Ellie Goulding). Tenho pois de me socorrer de um álbum antigo, no caso o primeiro do moço, intitulado "I Created Disco" e do segundo avanço para o mesmo, "The Girls". Gosto do vídeo, gosto da letra, gosto.

Sónar 2015: em preparação.

O Sónar de Barcelona já começou a anunciar os primeiros nomes para 2015. Entre alguns bons destaques, como Autechre, Plastikman ou Evian Christ, o destaque pessoal vai mesmo para os Chemical Brothers, de regresso a este festival ainda que, pelos vistos, sem Ed Simons.

Foi ainda anunciado que os Chemical preparam um novo álbum, a ser editado em 2015. Não deixa de ser uma boa notícia, ainda que se espere uma inflexão aos dois últimos "We are the night" e "Further", os quais ficaram muito longe da beleza e ousadia musical de "Dig your own hole", "Surrender" ou mesmo "Push the button".

Single fácil este que eu escolhi. Do álbum "Surrender", de 1999, "Out of Control", totalmente controlado pelo Sr. Bernard Sumner.

A rainha da sucata.

Parece que a rainha da p(op)rostituição se prepara para lançar mais um álbum. E, como habitualmente, perante a incapacidade da sua música em gerar algo de inovador ou sequer audível, toca de mostrar as mamas (revista Interview), em mais um dos incontáveis números de flirt com os media e com quem faz vender discos [sim, porque a venda de discos e concertos não depende da qualidade musical, como muito bem sabemos]. É um fenómeno similar ao início da fase descendente do Herman José, em que os palavrões e o mostrar os boxers eram um cliché obrigatório para ainda fazer rir alguns. A questão é que o Herman José chegou a ser um humorista de eleição, enquanto que de Madonna o melhor que se pode dizer é que vendeu muitos discos.

Poupo-vos às músicas da dita. Fiquem com as mamas, as quais estou convicto também já estão fartas da dona.

Fonte tipográfica dançável.

Recordar os Deee-Lite levou-me a mergulhar no baú das memórias sonoras e a desenterrar o trabalho de Towa Tei. O dj japonês começou a sua carreira musical nos finais de 80, em Nova Iorque, para onde tinha ido estudar design gráfico. Apaixonou-se pela cultura dance club daquela cidade, e, após o sucesso que ganhou com os Deee-lite, deixou a banda para prosseguir uma carreia a solo.

Teve dois álbuns essenciais na década de 1990: "Future Listening!", de 95, e "Sound Museum", de 98. É deste último que vamos lembrar outro clássico da música de dança do final do século XX – "GBI (German Bold Italic)", com a voz (e corpo) de Kylie Minogue.

Toca aquela! - X

How do you say...

Começa assim o video de uma das melhores músicas de dança do século XX, cortesia de Lady Miss Kier, Towa Tei e Supa DJ Dmitry, ou como uma norte-americana, um japonês e um ucraniano tomaram Nova Iorque de assalto com o projecto Deee-Lite. Em 1990 dominavam as pistas de dança à conta deste "Groove Is In The Heart", música editada no seu álbum de estreia, "World Clique".

Ah e não esquecer as participações na música de Bootsy Collins, com o seu baixo funk inconfundível, e Q-Tip dos A Tribe Called Quest.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Lavar a alma.

Depois do atrofio que foi ver o estado em que está Kate Pierson, recordemos a senhora e a sua banda numa grande música. "Deadbeat Club", do álbum de 1989, "Cosmic Thing", o quinto de originais e um dos melhores da carreira da banda norte-americana.

Desafio: descubram um jovem Michael Stipe no meio da confusão do video.

THAT'S JUST SILLY - XVIII

Kate Pierson é um nome que, actualmente, pode passar despercebido a muita gente, especialmente aos mais novos. Mas quem tem alguma memória sonora e cultural conhecerá a voz feminina principal dos The B-52's, essa grande instituição camp, de finais de 70 e década de 1980 em força. Houve ainda uns momentos altos nos anos 90 e a colaboração de Kate com os REM na irritante "Shiny Happy People", mas a marca na história da música Pop-rock do século XX estava construída com hinos como "Love Shack" e "Rock Lobster".

O tempo passa por todos e são poucos os músicos que conseguem manter o legado intacto, não defraudando os fãs mais antigos. E o material novo da Sra. Pierson, no seu regresso a solo com o álbum "Guitars and Microphones" até não envergonha ninguém, sobretudo porque a voz mantém-se cristalina e bem afinada. O problema, bem, o problema é mesmo o estado visual da Sra. Pierson aos 66 anos. Ou alguém decidiu gozar com a figura da senhora quando lhe propuseram fazer o video do primeiro single, "Mister Sister", ou a senhora decidiu renegar a idade e apresentar-se como fazia há 30 anos atrás. Entre umas plásticas com resultados duvidosos e uma direcção artística, no mínimo, duvidosa, este reaparecimento de Kate Pierson pode roçar o anedótico.

Esperemos que o futuro passe mais por ouvir a senhora do que vê-la.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Fantasia cumprida.

Owen Pallet + Brian Eno = "Infernal Fantasy".

Já aqui o disse e volto novamente à carga: "In Conflict", do canadiano Owen Pallet, é um dos álbuns do ano. Para quem tiver dúvidas é só ouvir o último single que aqui apresentamos.

Tututu.

Electrónica simples, mais uma vez de origem francesa, do instrumentista e compositor Tanguy Destable, também conhecido por colaborar com a sua compatriota Yelle.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Candidato a álbum do ano.

Está nas listas para melhor álbum do ano das revistas e blogs da especialidade. "Everyday Robots", de Damon Albarn, é um pequeno tratado em melancolia sonora, espelho de uma Londres multicultural, em dias outonais. É um dos nossos álbuns favoritos de 2014.

O álbum recebeu a nomeação para o prémio inglês Mercury Prize, que, infelizmente, não ganhou, indo essa distinção para os Young Fathers, com o álbum "Dead". É claro que estou totalmente em desacordo com esta escolha, mas como não tenho cartão, nem conta, da entidade bancária que agora patrocina os prémios, o meu (importantíssimo) voto foi ignorado.

No entanto a cerimónia da entrega do prémio teve um dos seus momentos altos com a actuação de Albarn, com a sua música "Hostiles".

Oram digam lá se esta maravilha não merecia ganhar um prémio?



quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Toca aquela! - IX

Recordar Kelley Polar, em 2011, com o seu single "I'm Not What You Want", com a voz de Jeremy Greenspan, dos Junior Boys.

Tão bom...

Com dedicatória.

Dedicado a um amigo comum do Dj Ruto e Dj Bruto.

Seasons (Jazz on You)

O trio canadiano de jazz BADBADNOTGOOD reinterpretou à sua maneira a melhor música synthpop/electropop/whatever-pop de 2014, "Seasons (Waiting On You)", dos Future Islands.

Do original manteve apenas voz de Samuel T. Herring e deu-lhe uma nova roupagem jazz-soul. Não é uma cover nem uma mix, é um híbrido que ganha identidade própria e carisma, apesar de não ter a força instrumental que o original tem na parte do refrão. Apesar disso, nota elevada para a aventura sonora dos BADBADNOTGOOD.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Sim, é Pop.

Quando pela primeira vez ouvi esta música pensei: "olha, uma nova canção dos Vampire Weekend". Mas não, não é desses gandulos mas sim dos Ra Ra Riot, banda norte-americana de Syracuse.

Parece que este vídeo ganhou o prémio em 2009 para "Best Music Video" no Festival Finger Lakes Film. Eles melhor do que eu saberão porquê.

E para quem acha que eu não gosto de pop, vão três seguidinhas sempre sem parar (ok, há umas que são electropop mas vai tudo dar ao mesmo).

Para ela. E para mim.

A gente gosta. A gente gosta bastante. É quanto baste.

Phantogram. Para nós.

When the saints...

Uma excelente música para um vídeo que será tudo menos consensual. Da Suécia vêm os Lo-Fi-Fnk, dupla de electropop composta por Leonard Drougge e August Hellsing. Este "Marchin' In" foi lançado gratuitamente online pela banda, coisa que é cada vez mais frequente e que reforça o novo paradigma da música na era digital, sendo o avanço para o álbum que se seguiria "The Last Summer".

Música simples, alegre, repetitiva, facilmente dançável, electropop. É isso.

Festivais a sério.

Da cidade de Hudson, no estado de Nova Iorque, chega-nos um festival único. Dá pelo nome de Basilica Soundscape, começou em 2012 e tem como directores criativos Melissa Auf Der Maur (Hole, Smashing Pumpkins e outros projectos) e o cineasta Tony Stone. Apresenta um conceito relativamente inovador de conjugação de artes, onde artes performativas, música, fotografia e cinema ocupam o espaço de uma antiga fábrica do século XIX. Este ano contaram também com a colaboração da Pitchfork e é o resultado dessa colaboração que pode ser visto neste documentário musical interactivo.

Para aguçar o apetite de possíveis interessados, aqui fica a actuação do projecto de Richard Reed Perry (dos Arcade Fire e colaborador de gente tão vital como The National e Sufjan Stevens), que apresenta o seu álbum a solo "Music for Heart and Breath", que tem a particularidade de ter sido gravado pela editora especializada em música clássica Deutsche Grammophon.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Explosão cromática.

Video engraçado para "Stereochrome", música retirada do álbum "Pastel", do canadiano Robert Robert. A música é interessante, mas não passa disso.

Rádio fantasma. - II

Trazemos hoje o video oficial para uma canção que já por aqui passou, desfilando os seus fantasmas sonoros "manchesterianos", qual encarnação dos Joy Divison na figura de Mark Lanegan e da sua banda.

Pena o video ser só isto.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Revisão da matéria vista. - II

A chuva ameaçou continuar para a noite, sessão dupla de cinema.

"20,000 Days on Earth” é um belíssimo documentário sobre Nick Cave, onde este nos leva a passear (sobretudo de carro) por momentos chave destes seus vinte mil dias nesta terra, quer profissionalmente –  no início com os Birthday Party e depois firmando carreira com os The Bad Seeds –, quer a nível pessoal e, surpreendentemente, íntimo.

Fica aqui uma amostra do que deverá ser um extra do filme, quando este for editado em DVD, o clássico "Where The Wild Rose Grows", ao vivo no Koko (Londres), com Kylie Minogue, 15 anos depois de o terem feito pela última vez num palco.

Revisão da matéria vista.

Domingo de chuva, tarde de filmes.

Para quem quer uma boa dica cinematográfica, o novo de Richard Linklater, "Boyhood", merece um olhar, e ouvido, atento.

O filme tem uma premissa original, bem escrito, bem filmado e apoiado numa banda sonora do género best of dos anos 90, 00 e 10, com boas canções, tal como esta "I'll Be Around", primeiro single a ser extraído de "Fade", último de originais dos Yo La Tengo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Para ter debaixo de olho.

Chama-se Olivia Jean e é a nova protegida do Sr. Jack White (White Stripes, The Raconteurs, Dead Weather, etc., etc.). Multi-instrumentalista talentosa, como se pode ver no mini-documentário que se segue, Jean tem aquele look morena-anos-60-Família-Addams, capaz de deixar um tipo de beicinho. Depois de muitas colaborações em bandas e projectos da editora de White, a Third Man Records, Olivia Jean lança-se numa aventura a solo, com a produção do seu "padrinho". O álbum chama-se "Bathtub Love Killings" e o single que hoje trazemos é este "Merry Windows".







Sala de concertos privada.

Já que não a vamos ver ao Mexefest, vemo-la aqui, no conforto do estaminé.
St. Vincent, ao vivo em Paris, no Festival que a Pitchfork deu lá há uns meses.
Para quando um Pitchfork por cá?

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Há festa? - II

Video oficial para "The Party Line", o primeiro single a ser lançando de "Girls in Peacetime Want to Dance", o novo álbum dos Belle and Sebastian.

Depois de termos ouvido e visto esta canção ao vivo, parece que a mesma vai ganhando mais piada com o passar do tempo. E o video também acrescentou-lhe mais relevância.

Melancolia. O tempo a isso obriga. - V

Novo single para os Blonde Redhead, retirado do seu último álbum de originais, "Barragán". Chama-se "The One I Love" e tem um video que, dadas as circunstâncias meteorológicas atuais, coloca em perfeita sintonia Lisboa com Nova Iorque.

Também posso usar o título da canção para dedicar à miúda da posta anterior...
Toma!

Dançando nas nuvens. Literalmente.

Já aqui falamos desta versão. Hoje, para alegrar esta manhã cinzenta (outra vez), trazemos o video oficial de "Stay Awhile", dos She & Him.

Sei de uma miúda que vai gostar disto.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Para ajudar a passar o tempo.

Os dinamarqueses Efterklang lançaram hoje um documentário sobre o concerto único que deram a 28 de fevereiro, com a Sønderjyllands Symfoniorkester e o Sønderjysk Pigekor (uma orquestra filarmónica e um coro feminino dinamarqueses), conduzidos pelo maestro Hans Ek, ao qual juntaram ainda uma série de convidados. Tudo isto filmado por Vincent Moon, responsável pelos videos da Blogothéque. O filme chama-se "The Last Concert", mas os fãs podem estar descansados que a banda vai continuar em actividade.

É a peça sonora perfeita para acompanhar o dia maravilhoso que temos hoje. Dispensem uma hora do vosso dia a isto que não vão mal servidos.

Mentes porcas.

Ontem tivemos o realizador, David Wilson, a falar de um trabalho seu para os Tame Impala.
Hoje trazemos o video em questão para "alargar" mentes. Do álbum "Lonerism", de 2013, "Mind Mischief".

Quem não teve estas fantasias que atire o primeiro lenço de papel sujo...

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Já senti algo melhor.

"Do You Feel The Same" é o novo single para os Hercules & Love Affair e foi retirado do último álbum desta trupe nova-iorquina, "The Feast of the Broken Heart".

Já ouvimos, e vimos, coisas melhores deles...

Melancolia. O tempo a isso obriga. - IV

Mais uma canção apropriada para o dia de hoje: "County Line", do norte-americano Cass McCombs, que lançou em 2011 um dos álbum mais melancólicos desse ano, "Wit's End".

Pelo menos o video alegra-nos, já que retrata uma realidade bem mais deprimente que a nossa.

Ver para aprender. - IV

O inglês David Wilson é, na imodesta opinião deste vosso Dj, um dos melhores realizadores de videoclips da actualidade. A lista de gente, com quem ele já trabalhou, é grande em quantidade e qualidade. Muitos desses artistas são frequentadores assíduos aqui do estaminé. Portanto, toca a espreitar e a apreciar.

P.S.: os parabéns ao Canal 180 por este belo trabalho que tem desenvolvido com a Pitchfork. O que é nacional é bom e recomenda-se.

Melancolia. O tempo a isso obriga. - III

Esta já seria uma música melancólica e triste. Mas a realidade dos Sparklehorse e em especial do seu mentor, Mark Linkous, ultrapassa tudo isso. Uma vida de drogas, depressão e acidentes parvos encaminhou-o ao suicídio, em 2010.

Do melhor álbum dos Sparklehorse, "Vivadixiesubmarinetransmissionplot", fica este "Sad & Beautiful World".

Melancolia. O tempo a isso obriga. - II

Boa deixa que o meu companheiro de discos aqui semeou e que eu vou regar de imediato.
Melancolia e este tempo. Contextos ideais para trazer os Tindersticks de volta, banda fétiche do lado mais escuro do romantismo.

Do álbum de 2012, "The Something Rain", "A Night So Still" com direito a lareira e tudo, para tornar a coisa mais aconchegante.

Melancolia. O tempo a isso obriga. - I

Bem sei que falar sobre as questões meteorológicas parece um desbloqueador de conversa ou sintoma de falta de temática. Mas com as quantidades de precipitação desde o início do Verão, não é possível fugir ao assunto. E faz-nos procurar conforto em músicas melódicas e tristonhas, lareiras e escalfetas, boa comida e bebida.

Tempo pois aos Marble Sounds, banda belga conhecida pela criação de ambientes calmos e algo melancólicos.

O trabalho dos outros.

Will Holland é o Dj inglês responsável pelo projecto Quantic, assim como pela Quantic Soul Orchestra e pelos The Limp Twins. Para além de músico dos sete instrumentos (guitarra, baixo, piano, órgão, saxofone, acordeão, percussão), Holland é também um exímio sampler, aproveitando o que de melhor outros músicos vão fazendo para incorporar nas suas composições. Não é pois de estranhar que em termos estilísticos os Quantic divaguem sobre sonoridades funk, jazz, soul, bossa nova, downtempo e afins.

Este "Not So Blue", do álbum de 2002 "Apricot Morning", editado através da Tru Thoughts, é um dos temas mais conhecidos da banda. Esperam-nos três minutos de jazzy breakbeats envoltos num ambiente downtempo que os Quantic são peritos em criar.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Pelas ondas da rádio - IX

Owen Pallet e banda, no mesmo formato que o vimos este ano no Lux, foram à "nossa" KEXP mostrar com quantos paus se faz uma grande canção.

Registo fabuloso com uma boa entrevista. A ver com atenção e devoção.

P.S.: "In Conflict", o último álbum de Owen, aproxima-se cada vez mais do topo da minha lista de melhores álbuns de 2014.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Sentimalista a sério!

Já tinha falado dela aqui.
É uma daquelas valsas malditas, canção sofrida, puta que a pariu de boa música!
Assim, com asneiras e tudo.

Gente com o sentimento à flor da pele, esta é "Sentimentalist", de Sondre Lerche, o mais recente single a ser retirado de "Please", o último de originais do cantor-compositor norueguês.

Pena o video não estar à altura da música.

Liquid D&B.

Para muitos o Drum'n'Bass está morto e enterrado. Felizmente que nem todos os compositores/produtores pensam assim, pelo que de quando em vez temos novos lançamentos e boas surpresas. É o caso do recente trabalho de Influe, intitulado Autumn of Chill e editado pela Just Chill Out Records.

Um álbum para navegar...

Bem lá no alto.

Mais uma espreitadela no DVD "Depeche Mode Live in Berlin - A Film by Anton Corbijn". "Should Be Higher" é do último de originais dos DM, "Delta Machine", e é das poucas músicas desse álbum que se pode dizer que em nada envergonha o longo património histórico e sonoro da banda de Basildon.

O DVD é editado no domingo, dia 16 de Novembro. Vai entrar na "dvdteca" lá de casa, certamente, mas quando estiver a um preço acessível.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Isto soa-me a...

Já os ouvimos na banda sonora do filme "Drive".
Na altura davam-se a conhecer através da canção "Real Hero", em colaboração com College.
Os Electric Youth são uma dupla canadiana, compostos por Austin Garrick, responsável pelo som, e Bronwyn Griffin nas vozes.

Lançaram há pouco tempo o seu primeiro álbum de originais, "Innerworld", e hoje vamos ver e ouvir o segundo single extraído desse álbum, "Runaway". Lembramos também a tal canção que os catapultou para a ribalta, tocada ao vivo.

Os Electric Youth não inventaram a pólvora, nem trazem nada de novo. Recriam um som que fez história nos 80's e souberam copiar as influências certas. Pelo menos que ajudem as gerações mais novas a descobrir a boa música que se fazia na década dos exageros.



quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Versões XXXIX

Foi um dos hinos trágico-ó-cómicos dos 80's.
Escrita por George Michael e Andrew Ridgeley, "Careless Whisper" era a balada/slow/música de apalpanços favorita de qualquer festa e boite de há 30 anos atrás.

O germânico Get Well Soon, incluiu no seu mais recente EP, "Greatest Hits", uma nova versão do clássico dos Wham, retirando o lado cómico à canção e juntando o decadente ao trágico. O video é também uma (quase) versão do "Carrie", de Stephen King, mas em ambiente sénior e sem a telecinésia.

O resultado final é engraçado, mas, enquanto cover, nada bate esta.

Pomposidade.

As electrónicas retro de sabor melancólico estão na moda. E, pelos vistos, as histórias sobre o futuro da humanidade, cuja salvação passa por outros planetas, também estão (olá, "Interstellar").

A combinação destas duas modas está presente no video da música "New Atmosphere", de NZCA LINES, artista inglês que fez a sua estreia na indústria musical em 2012.

A canção não é má. O video é que é pomposo demais, embora exiba algumas ideias com piada.
É claro que são todas roubadas de filmes de sci-fi das décadas de 1970/80. Apenas levaram umas roupagens mais vistosas e modernas. O habitual, diga-se.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Uma parte de um todo.

Não, ainda não é o novo álbum dos Radiohead mas mata-nos as saudades das ambiências por eles criadas. Evitem-se, ainda assim, as comparações e foquemo-nos no segundo álbum a solo de Phil Selway, o baterista dos Radiohead. O primeiro avanço para o álbum Weatherhouse é este "Coming Up For Air", ao qual já se seguiu um segundo single, "It Will End In Tears".

Um vídeo criativo, com utilização inteligente do zoom, melodia agradável e produção imaculada fazem deste Weatherhouse um álbum a ouvir. E a plena demonstração de que os Radiohead são muito mais do que o génio Tom Yorke.

Há festa?

Os Belle & Sebastian começam a mostrar material do novo álbum, "Girls in Peacetime Want to Dance", que será lançado em janeiro do próximo ano.

Para já não estou muito entusiasmado com a primeira música, "The Party Line", aqui em registo ao vivo, em Paris, no Pitchfork Music Festival. Pode ser que esta mudança para a pista de dança, via electrónicas, resulte noutras faixas do álbum. Aguardemos para ver se há festa da rija e miúdas a dançar...

Iggy is the man!

"He's Frank" é um dos singles do álbum de estreia dos The Brighton Port Authority, editado em 2009. E quem são os BPA? Nada mais nada menos do que um outro nome para Norman Cook, também conhecido com Fatboy Slim, Pizzaman, Yum Yum Head Food e muitas outras coisas.

Esta música tem o atractivo de nos trazer ainda uma lenda viva do rock, o Sr. Iggy Pop. Em termos musicais não há nada a assinalar, mas é sempre bom ouvir novamente o frontman dos The Stooges.

Conflitos interiores.

Owen Pallet volta ao seu "In Conflict", último álbum de originais, para nos dar a conhecer o single homónimo. O video integra dois temas do álbum: o instrumental "---> [1]", que mostra excertos dos livros "The Paris Diary" e "The New York Diary", do compositor e escritor norte-americano Ned Rorem, vencedor do prémio Pulitzer em 1976, e a curta metragem para a música "In Conflict".

Já vimos videos melhores do sr. Pallet, mas a música salva tudo.

Muse no NOS.

Os Muse foram anunciados como os primeiros cabeças de cartaz do NOS Alive do próximo ano. Ainda que o último álbum tenha deixado um pouco a desejar, os britânicos são sempre um valor seguro, com espectáculos muito conseguidos e grande base de fãs no território nacional.

Até à realização do festival muita água passará debaixo da ponte, mas os festivais de Verão do próximo ano já começaram a mexer...

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Versões XXXVIII

Os She & Him, de Zooey Deschanel e M. Ward, vão lançar um álbum de versões, no início de dezembro, intitulado "Classics". O nome e a temática não primam pela originalidade, mas a estes dois desculpa-se tudo.

Ainda não há video oficial, mas não queríamos deixar de colocar esta versão de "Stay Awhile", música composta por Mike Hawker e Ivor Raymond, e imortalizada pela voz da diva Dusty Springfield.

Cultos para todos os gostos - II

A referência aos Cults na posta anterior deixou saudades de voltar a ouvi-los.
Vai daí, toca a colocar uma actuação recente dos Cults, bem intimista, no Holy Mountain em Austin, Texas, no âmbito de festivais que a Pitchfork vai organizando.

Ver para aprender. - III

Isaiah Seret é o nome que se segue na "Director ID", série documental do Canal 180 e da Pitchfork.
Tivemos este realizador por cá via Cults, Devendra Banhart e MGMT.

Continuamos (orgulhosamente convencidos) no caminho do bom gosto.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Próxima saída: Baixa.

Mais um canadiano a visitar-nos.
Desta vez é Jeffrey Innes, com o seu projecto a solo High Ends. O álbum de estreia chama-se "Super Class" e saiu no mês passado. O single mais recente é este "Downtown".

Vamos lá passear à baixa.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

No campo é um descanso.

Ainda há uns dias falámos dos Metronomy a propósito do realizador Daniel Brereton e dos videos que ele concebeu para a banda.
Hoje foi lançado o novo video para o single "The Upsetter", o terceiro a ser lançado do último álbum deles, "Love Letters".
Desta vez a realização é de Daren Rabinovitch e, para não variar, é mais um belíssimo video, apesar de ser marado dos galhos, se me é permitido fazer um trocadilho botânico.

Appetizer.

Os Slow Club voltam à nossa companhia, com mais um single para o seu último álbum, "Complete Surrender". Desta vez a escolha (gastronómica) caiu na faixa "Everything Is New".
O video tem um conceito simples mas divertido.

Para abrir o apetite antes do almoço.

A vida sem ele não era a mesma coisa.

Ariel Pink, nome de guerra do norte-americano Ariel Marcus Rosenberg, é um daqueles OVNIS que merece ser descoberto e seguido.

Com uma carreira desde de 2002, lança agora o seu décimo álbum, de nome "pom pom". As referências musicais são imensas e é difícil catalogar a obra de Ariel Pink. Digamos que é música alternativa tornada comercial mas demasiado envenenada para ser de fácil digestão, tudo graças a letras desconcertantes e trejeitos musicais que confundem o ouvinte menos exigente. Para comprovar estas teorias, fiquem com "Picture Me Gone", o single mais recente a ser lançado pela editora de Pink, a 4AD. Mistura de hino comercialóide dos 80's, com vocalizações quase a roçar as lições de Brian Wilson para os seus Beach Boys e percursões espaciais.
Mas depois a letra da música e o video de promoção deixam um sabor estranho na boca.
São questões de paladar. Nós, por cá, gostamos.
E muito!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Business as usual.

Mais um video dos OK Go, mais uma gigantesca produção. Literalmente.
Entre raparigas dançarinas vestidas de colegiais, brinquedos Honda e coreografias loucas terminando em sequências de padrões (olá, Japão, até daqui a quatro meses), os OK GO voltaram a deslumbrar com o novo single "I Won't Let You Down". A música continua a ser o elemento decorativo e não o foco principal, mas paciência. Há coisas bem, mas bem, piores.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Ver para aprender. - II

A série documental "Director ID", colaboração do Canal 180 e da Pitchfork, está de volta para dar destaque a mais um realizador de videoclips, que – vá-se lá saber porquê – tem trabalhos espalhados aqui pelo estaminé. O nosso bom gosto é reconhecido além fronteiras...

Desta vez vamos conhecer Daniel Brereton, que fez pequenas maravilhas de animação (e não só) para bandas como Metronomy (e aqui também), Django Django e o Connan Mockasin.

Não me perguntem porque razão a narração é feita em português e não é o próprio realizador a falar... Maravilhas da Google saber as nossas localizações e carregar conteúdos dobrados conforme o país??
Dispenso.

Drone.

Definição de Drone: estilo de música minimalista que se caracteriza pelo uso repetido das mesmas notas ou clusters musicais.

É isso que nos propõem os Fuck Buttons, banda inglesa de Bristol composta por Benjamin John Power e Andrew Hung, em actividade desde 2004.

Muito elogiados pelos seus concertos, os Fuck Buttons não fazem uma música fácil de agradar. Este cruzamento entre noise e electrónica tem algumas reminiscências com bandas do movimento post-rock, com longos desenvolvimentos e conceitos de improvisação típicos do jazz. Não foi decerto por acaso que foram convidados para abrir concertos dos Mogwai no Reino Unido, EUA e Canadá.

Do seu último álbum, Slow Focus, temos este "Stalker".

Dor de cotovelo. - V

Os Elbow continuam a promover o seu último de originais, "The Take Off and Landing of Everything", lançando mais um single, "Charge", a quarta música do álbum a ter direito a uma curta-metragem, bem ao estilo narrativo dos videos anteriores. Vale pelo trabalho fotográfico.

Entrevista.

A Noyzelab fez uma excelente entrevista com o Sr. Richard D. James, aqui na pele de Aphex Twin. Go check it out: http://noyzelab.blogspot.co.uk/2014/11/syrobonkers-part1.html

Olha o gelado fresquinho!

Helado Negro, projecto do norte-americano, descendente de equatorianos, Roberto Carlos Lange, faz a estreia cá em casa, via KEXP. O novo álbum deste artista chama-se "Double Youth", é cantado em inglês e castelhano, e é uma miscelânea de estilos e tendências sonoras.
Para já, fiquem com este "Invisible Heartbeat", para começar bem a manhã.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

O álbum fénix.

Para fechar a semana em beleza, um regresso ao melhor álbum de 1998: "Deserter's Songs", dos Mercury Rev. Da banda que, em 1993, enquanto tocava no palco secundário do festival Lollapalooza, foi acusada de ter o volume alto demais (para não falar no ruídoso demais) e a roubar protagonismo às bandas do palco principal (olá, Tool), tendo sido literalmente arrastada para fora do palco e o som desligado à pressa, até à rendição global por parte da crítica musical e fãs à genialidade do "Deserter's Songs". E tudo graças a uns tipos ingleses, que ficaram fãs aquando da primeira audição do álbum e o decidiram promover junto de toda a imprensa especializada que conheciam. Quem são esses ingleses, perguntam vocês? Uns arruaceiros quaisquer chamados The Chemical Brothers.

"Deserter's Songs" era para ser o álbum de despedida dos Mercury Rev. A banda estava em fase de desintegração, falidos, com problemas de drogas, relações terminadas, sem baterista, o guitarrista fugido para um mosteiro, o vocalista e mentor Jonathan Donahue tentava recuperar de depressões agudas e, como cereja no topo da desgraça, estavam sem editora. Era preciso pegar em toda esta loiça partida e voltar a colar os cacos de alguma maneira. Toda a energia negativa acabou por ser canalizada de uma forma surpreendente nas gravações das primeiras faixas do álbum, que decorreram nas montanhas Catskill, no estado de Nova Iorque, onde Donahue e o guitarrista Sean “Grasshopper” Mackiowiak decidiram reatar a amizade de longa data e dar mais uma oportunidade à banda. É certo que contavam com outra personagem única da música alternativa norte-americana na banda, Dave Fridmann. Na altura, Fridmann era o baixista da banda e dava os primeiros passos como produtor. E, no processo de recuperação da banda, descobriram que tinham como vizinhos os músicos Garth Hudson e Levon Helm, dos The Band, que, voluntariamente, deram uma mãozinha em algumas canções. Daí em frente a banda lá se endireitou e concluíram as gravações de "Deserter's Songs", que teve as suas "masters" gravadas em película de filme de 35 mm, bizarria sonora que Dave Fridmann explicou dizendo que this unique process gave the music an intentionally “weird sound”, while enhancing the “cinematic bent” of the music. O álbum foi editado pela V2, que, na altura, decidiu arriscar a contratar os Mercury Rev, apesar do passado tumultuoso da banda.

O resto é história, com o álbum a ser elogiado, tocado e vendido mundo fora. Até cá tivemos uma música de "Deserter's Songs", a faixa "Endlessly",  a rodar loucamente como banda sonora de um anúncio de uma operadora de telecomunicações.

Termino esta declaração de amor a "Deserter's Songs" com "Opus 40", um dos singles do álbum, que teve direito a video realizado por outro tipo desconhecido, um tal de Anton Corbijn.

Bons sonhos.

Bu!

Para aqueles que celebram as vésperas do dia dos finados, aqui fica uma música propícia para essas comemorações.

Do álbum "Enter The Slasher House", Avey Tare, parte integrante dos Animal Collective, com o seu projecto Avey Tare’s Slasher Flicks, a dar-nos este "Catchy (Was Contagious)".

Histórias do gato obeso. - II

Voltamos à Fat Car Records para recordar mais uma bizarria histórica, de uma banda que é considerada, actualmente, como uma das mais importantes da cena alternativa norte-americana, os Animal Collective.

O álbum chama-se "Sung Tongs", é de 2004, o quinto da carreira da banda, e foi considerado pela crítica como um dos melhores desse ano. Apesar de uma aproximação ao revivalismo folk que começou nesse ano, todas mutações sonoras, instrumentos utilizados e vocalizações levam a que "Sung Tongs" seja ainda uma verdadeira ave rara no panorama musical actual. Senão comprovem com este "Who Could Win A Rabbit".

Pelas ondas da rádio - VIII

Simian Mobile Disco, ao vivo na KEXP, a promover o novo álbum "Whorl". Dois tipos, com ar de nerd, sentados à volta de toneladas de sintetizadores e sequenciadores, em puro deleite de fazer música a partir de botões, teclas e fios. O sonho de qualquer aficionado de música electrónica.

Vale a pena ver os quase 35 minutos desta actuação e perceber a construção de sons, melodias e ritmos sem o uso de computadores. Demonstração de quão orgânica e especial a música electrónica consegue ser.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Mantra.

Dave Grohl + Josh Homme + Trent Reznor.
Música concebida para a banda sonora do documentário de Dave Grohl, "Sond City".

Palavras para quê?

Histórias do gato obeso.

A Fat Cat Records é uma editora inglesa que iniciou actividades no ano de 1997. Dedica-se às franjas mais alternativas e tem um belo lote de artistas que representa, ou representou, tais como: Sigur Rós, Múm, Animal Collective, Frightened Rabbit, The Twilight Sad, Vashti Bunyan, entre outros.

Hoje damos a conhecer um dos trabalhos editados, "Go Go Smear the Poison Ivy" álbum de 2007, dos islandeses Múm, gente de vozes delicó-suaves e instrumentações estranhas, cheias de "blips, blops e bzzs", à falta de melhor descrição. O single que teve direito a video foi este "They Made Frogs Smoke Til They Exploded". E se acham o título bizarro, então vejam a animação...

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Para terminar o dia.

E para isso nada melhor do que algo dançável mas não muito. Fiquem com os Swayzak e este "Japan Air", do álbum de 2000 "Himawari".

Muito repetitivo para alguns? Certamente. É por isso que eu gosto.

THAT'S JUST SILLY - XVII

O duo australiano de música electrónica Flight Facilities lançou este mês o seu primeiro álbum de originais, "Down To Earth". É o género de disco que vive de nomes de gente conhecida e "talentosa" que dão voz às composições dos Flight Facilities, que andam a lançar singles orelhudos para as pistas de dança da moda e a viver de airplay nas rádios, desde 2010. Nada contra, há gente a fazer coisas muito piores do que estes senhores e a terem mais notoriedade.

Hoje decidi dar-lhes uma oportunidade, sobretudo graças à participação do humorista e músico norte-americano Reggie Watts, na música e video do último single "Sunshine".
É uma tontice pegada, mas eu simpatizo com tipos gordos dançarinos.

Novidades do norte. - II

E ao quarto single, os GusGus apresentam "Airwaves", a melhor canção do seu último de originais, "Mexico". O video é simples, prático e não compromete.


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Toca aquela - VIII.

Por vezes as bandas ficam marcadas por uma determinada música. Ou é um one hit wonder ou nos concertos estão sempre a dizer "toca aquela" ou sei lá. O certo é que dos norte-americanos Berlin me recordo sempre do "Take my breath away" e por isso fujo deles a sete pés. O que não é justo, pois antes dessa balada azeiteira os Berlin foram dos poucos grupos do outro lado do Atlântico a tentar combater a hegemonia europeia, designadamente inglesa.

Sem dúvidas que nos anos 70 e 80 foram as bandas britânicas a puxar a carroça, mas os movimentos synthpop e new wave tiveram seguidores nos States e os Berlin são prova disso.

De 1982, do álbum "Pleasure Victim, fiquem com "Metro" e a giríssima Terri Nunn.

A tríade.

Dou-vos três nomes: Brian Eno, Karl Hyde e Warp Records. Se os colocarmos num saco, misturarmos e daí ver o que resulta, decerto será algo interessante, ou não?

Sim e não. O álbum de 2014 "Someday World", colaboração dos dois músicos acima referidos e lançado pela Warp, tem momento bons (nunca muito bons) e momentos maus (nunca muito maus). Mas de Eno e do vocalista dos Underworld espera-se sempre muito e daí talvez algum defraudar das expectativas.

Fica a base para uma colaboração que, espera-se, venha no futuro a dar ainda maiores proveitos.

Haja esperança.

Há novo álbum para os Zoot Woman, o acabadinho de chegar "Star Climbing". O primeiro avanço é este "Don't Tear Yourself Apart". Confesso que para primeiro single estava à espera de um pouco mais, mas o álbum tem virtualidades e se acertarem nos próximos singles a coisa vai lá.

O reconhecimento devido.

Atirar para cima da mesa o nome de Daniel Lanois pode equivaler a um encolher de ombros colectivo. Poucos saberão quem é este canadiano de 63 anos.

Agora se disser nomes de álbuns como: "The Joshua Tree", "Achtung Baby", "So", "Us", "Oh Mercy" e "Time Out of Mind", muita gente reconhecerá prontamente U2, Peter Gabriel e Bob Dylan. E o que é que o Sr. Lanois tem a ver com tão influentes músicos? Foi apenas o produtor destes e de outros grandes álbuns, desde a década de 80 até à actualidade.

Agora que estamos esclarecidos quanto à identidade e principal ocupação de Daniel Lanois, vamos conhecer o seu trabalho enquanto músico, especialmente agora que ele tem um álbum novo, "Flesh and Machine". E quem, aos 63 anos, ainda está disposto a arriscar um single deste calibre, merece toda a nossa atenção. É claro que o video também ajuda...

Senhoras e senhores, Daniel Lanois com "Sioux Lookout".

De cabeça à roda.

Foi o filme-documentário-concerto sensação do Indie 2013, na modesta opinião deste vosso imodesto Dj. "Turning", de Charles Atlas, capta a digressão de Antony and the Johnsons em 2006, onde o músico e banda tiveram a companhia, em palco, de 13 mulheres muito especiais, que posavam numa plataforma giratória, ao mesmo tempo que eram filmadas e tinham essas filmagens projectadas numa tela no fundo do palco.

O filme vai ser finalmente editado em DVD e a banda sonora em CD, no dia 11 de novembro.
A vossa discoteca/"filmoteca" precisa desesperadamente de receber esta prenda.

Para alegrar os nossos ouvidos.

E para alegrar os nosso corações, o Sr. Chris Garneau vem visitar Lisboa, no dia 2 de novembro, e irá actuar no Conservatório Nacional. Traz um novo álbum na bagagem, "Winter Games", quatro anos depois de ter editado o fabuloso "El Radio".
Fiquem com o single mais recente, "Our Man".

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Silêncio que se vai cantar um clássico.

Em vésperas da edição em DVD de mais um concerto dos Depeche Mode, recordamos o clássico dos clássicos da discografia destes cinquentões ingleses de Basilton. O mestre holandês Anton Corbijn volta a filmar Dave Gahan, Martin L. Gore e Andrew Fletcher no seu elemento natural, o palco. Apesar de ter sido a tour mais fraquinha dos DM que já vi (resultado de um álbum menos conseguido e de absurdas versões de algumas músicas), continuam a milhas de distância de grande parte da concorrência que tenta roubar-lhes o trono da Synth-Pop.

Senhoras e senhores, "Enjoy The Silence", ao vivo em Berlim, com as magníficas projecções de Anton Corbijn em fundo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Bugatti!

Tiga está de volta com o tema "Bugatti", single de avanço para o novo álbum que deverá sair ainda este ano. O video da música, realizado por Helmi, é uma verdadeira delícia e vai directamente para o top 5 de melhores videos de 2014.

Ora acelerem lá este bicho.

Mais logo... - III

O Sr. Fujiya e o Sr. Miyagi vêm finalmente conhecer o burgo. Ou melhor, vamos finalmente ver os Fujiya & Miyagi ao vivo. A banda inglesa vem tocar à terceira noite do Jameson Urban Routes e a malta já tem o ingresso há uns meses.

O novo "Artificial Sweeteners" saiu este mês e vem cheio de sintetizadores e batidas dos 80's.
E, como é tradicional nestes falsos nipónicos, o resultado final é bem bom.
Agora é tirar as teimas ao vivo.

Wax on, wax off!

Versões XXXVII

Uma música fantástica de um grande senhor revisitada por um grupo de, também eles, grandes senhores. "Space Oddity" revista pelos Tangerine Dream, para o seu álbum de 2010 "Under Cover - Chapter One". Trata-se de um álbum de covers onde os TD evocam David Bowie, Alphaville, REM, Kraftwerk, Leonard Cohen e outros.

Continuo a preferir o original mas é sempre bom retornar aos TD.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Retornando aos clássicos.

Faz mais de 20 anos que os Orbital se juntaram a Michael Hazell, da editora Kudos Records, para formarem os Golden Girls. Dessa colaboração resultou um dos álbuns mais importantes da cena dançante, donde saiu este Kinetic, uma música que rivaliza em importância com Chime ou Belfast dos Orbital. Finalmente, a música de dança saía do circuito underground e chegava às discotecas de cidade e às playlist das rádios mais comerciais.

Esta música foi remisturada dezenas de vezes mas fiquemo-nos pelo original que ainda é a melhor versão.

Clash of Titans. - II

aqui falamos deste projecto.

Chega-nos hoje o primeiro postal ilustrado da colaboração. Dá pelo nome de "Brando".
Não esperem música comercial nem um video convencional.
Como diria a Dorothy, no "Wizard of Oz": "Toto, I've a feeling we're not in Kansas anymore".


Reciclagem.

Quem não se lembra do Curtis Stigers, no início dos anos 90, a cantar o sucesso "I Wonder Why" com o seu bonito cabelo comprido? Bom, podem não se lembrar mas que foi um sucesso internacional foi. Felizmente que a carreira de Stigers nunca se fixou nesse soul pop bacoco, existindo desde sempre um percurso paralelo na vertente do jazz. E, novamente felizmente, foi nessa área, como cantor, que Curtis Stigers se fixou. Uma reciclagem interessantíssima de um novo Michael Bolton para uma das vozes masculinas de jazz que mais aprecio.

Do álbum de 2014, Hooray for Love, fiquem com este "You make me feel so young", com a participação de Cyrille Aimée.

Cenas do bairro.

Noah Lennox, mais conhecido como Panda Bear, parte integrante dos Animal Collective, e tipo que se apaixonou por (e em) Lisboa, tem um EP novo que dá pelo nome de "Mr Noah". Que também é o nome da música que apresenta o disco novo.
A ouvir com atenção.

Mais logo... - II

Vamos finalmente testar a capacidade vocal (e dançarina) de Samuel T. Herring e da música dos seus Future Islands.
O festival Jameson Urban Routes trará também outros projectos que merecem a nossa atenção, mas isso é outra conversa. Hoje é dia destes senhores.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Versões - XXXVI

A publicidade tem servido ao longo dos anos como um forte condutor da promoção musical. Notoriamente, há bandas e canções que nunca teriam a visibilidade que tiveram/têm caso não fizessem parte de um qualquer spot publicitário. Exemplos bem recentes são os das operadores de telemóveis, sempre muito associadas a eventos musicais e que tornam viral uma determinada música em função da quantidade enorme de passagens desses anúncios em rádios e canais generalistas ou por cabo.

O presente caso tem duas vertentes: a de uma música que se tornou mais conhecida devido a um anúncio, no caso à marca Levi's, e o aproveitamento e reciclagem que se faz de sonoridades antigas.

Comecemos então pela música de Tony Hatch, inglês compositor de música para teatro e televisão mas também produtor, pianista, etc. Nos 70 teve um sucesso menor com este "Sounds of the 70s", lançado sob o nome Tony Hatch & The Satin Brass e ainda na onda das Big Band, cujo ocaso não demorou muito a ocorrer.



Passemos depois rapidamente para o início do novo milénio e para a troupe de DJs filandesa cujo nome artístico é Pepe Deluxé. Em 2001 a Levi Strauss utilizou o single "Before You Leave" numa campanha mundial da empresa, o que fez com que a música ascendesse aos tops em diversos países.

Agora ouçam a música do Tony Hatch e em seguida a dos Pepe Deluxé. Notam alguma coisa?

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Ver para aprender.

O seu trabalho tem sido alvo de exposição e admiração aqui no estaminé.
Já cá o tivemos via St. Vincent, Cults e Spoon.
O realizador de videoclips musicais, Hiro Murai, apresenta-se e à sua obra, num mini documentário cheio de grandes ideias.

Ânsias.

A dois dias de um dos concertos mais esperados da reentré, aqui ficam os Future Islands para as 4AD Sessions, com "Lighthouse", com direito a cordas, sopros e viola acústica.

Street art.

Começamos este dia de calor nada outonal com cores e sons de verão, cortesia da colaboração do dj e músico guatemalteco Meneo com o artista plástico espanhol Okuda.

A música dá pelo nome de "El Jardín" e é um verdadeiro jardim de delícias sonoras e visuais, com o video a ser filmado nas ruas de Madrid. E qual é o mal de começar o dia com maminhas ao léu??!?

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Ao final do dia.

Os The Durutti Column, verdadeira instituição sonora de Manchester, com mais de 36 anos de carreira e mais de duas dezenas de álbuns lançados, regressou este ano aos discos com "Chronicle XL". Vini Reilly, principal mentor do projecto, continua a não desapontar com o material que vai editando. Senão vejam e oiçam o single "Free From All The Chaos", colaboração dos Durutti com Caoilfhionn Rose. Coisa simples e bela, como o final de tarde que está.

Nós adorávamos o tipo.

E, pelos visto, o céu também. "Heaven Adores You" é um belo documentário sobre a vida e a obra do "cantautor" norte-americano Elliott Smith, que morreu em 2003, com dois golpes de faca no coração,  sem nunca se ter percebido se terá sido suicídio ou assassinato, já que o resultado da autópsia foi inconclusivo.

Todo o filme é assombrado pela espantosa obra musical de Smith, que é acompanhada visualmente ora pelas magníficas paisagens naturais do estado do Oregon, ora pelo desalento cinzento da cidade de Portland, onde Smith começou a tocar em diversas bandas, mais tarde a solo, e a ganhar notoriedade. Entre testemunhos de amigos, familiares, músicos e gente que privou com Elliott Smith, a música sai sempre a ganhar, quer pelo lado mais lo-fi das gravações caseiras, quer pelas actuações de Smith em diversos concertos e eventos. Já para não falar na tão badalada actuação nos Óscares em 1998, quando viu a sua canção "Miss Misery" nomeada para melhor canção original do filme "Good Will Hunting", de Gus Van Sant. E quem ganhou o Óscar nesse ano? Pois, o vómito musical da Celine Dion para o "Titanic". Hollywood no seu melhor...

Fiquem com o trailer do documentário e uma das composições musicais preferidas deste vosso Dj, "No Name #3", do álbum de estreia de Elliott Smith a solo, "Roman Candle", de 1994.






Um verdadeiro prazer.

O inglês Baxter Dury tem um novo trabalho, "Its a Pleasure", e foi editado hoje.
Como podem ver pelo single de apresentação, "Pleasure", temos novo maluco para seguir!

Contemplemos.

Se há verbo que consigo aplicar às músicas dos Explosions in the Sky é contemplar. Há uma melancolia gerida de forma soberba por este quarteto texano, sempre em modo instrumental, conjungando guitarradas melódicas com acessos furiosos da bateria, à la Sonic Youth.

Este "Your Hand in Mine" é a quinta e última faixa do CD The Heart is not a Cold Dead Place, tendo ficado conhecida por fazer parte da banda sonora do filme "Friday Night Lights", realizado por Peter Berg e com Billy Bob Thornton no papel principal.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Cala-te!


Versões - XXXV

Já que falámos do Sr. Lanegan, não esquecer as imensas colaborações às quais tem emprestado a sua magnífica voz.

Uma dessas colaborações tem um lugar especial no gosto deste vosso Dj, pois é feita com uma velha paixoneta musical, a escocesa Isobel Campbell. Fez parte dos Belle and Sebastian desde a sua formação até 2002. Depois seguiu com os seus projectos, entre os quais três álbuns que editou com Mark Lanegan. Mas voltaremos a esta loura tímida numa próxima posta, para já vamos ouvir a versão que Campbell e Lanegan fizeram de "Rambling Man", original de Hank Williams, incluída no álbum "Ballad of the Broken Seas", de 2006.

Atenção que o video é uma badalhoquice pegada.

Rádio fantasma.

Mark Lanegan (Screaming Trees, Queens of the Stone Age, entre outros) tem álbum novo, com a sua Mark Lanegan Band, que vai ser lançado dia 21 deste mês.
Chama-se "Phantom Radio". E, às primeiras audições, parece bom.

Fiquem com o video do single "Sad Lover", se bem que uma das faixas mais curiosas do álbum é "Floor of The Ocean", que colocamos a seguir. Tem um certo vibe Joy Division. Deve ser do baixo.






Anda cá Óscar!

Parece que a próxima cerimónia de entrega dos Óscares será apresentada pelo Neil Patrick Harris, entre nós mais conhecido pela série "Foi assim que aconteceu". Qualquer escolha, inclusive o sapo Cocas, seria melhor do que a aberração Helen DeGeneres e a sua odiável selfie. Para além do mais, mantemo-nos dentro da mesma linha: ela gosta de mulheres, este gosta de homens. Bem ao estilo de Hollywood e da sua máquina de enculturação.

Mas parece que o rapaz nem é mau neste perfil de apresentador. Vejam a propósito a cerimónia de abertura dos Tony de 2013.

Calças molhadas.

Os Pissed Jeans são uma banda norte-americana de Allentown, Pennsylvania. Editaram o seu primeiro álbum, "Shallow", em 2005. Foi com esse álbum que captaram a atenção da editora Sub Pop que tratou dos colocar no mapa do rock alternativo interessante.
Chega-nos agora a reedição remasterizada desse álbum, promovida decentemente com o novo video do clássico instantâneo "Boring Girls".

Para quem não os conheça aqui fica o aviso: os Pissed Jeans são (muito) barulhentos, feios e estupidamente divertidos.
O resto é por vosso conta.



Acharam mau? Óptimo, então fiquem com o ainda (melhor) pior "Bathroom Laughter", do álbum "Honey", de 2013.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Descida aos infernos.

"Colour Yr Lights In" foi um dos singles de promoção de "Until In Excess, Imperceptible UFO", último de originais dos The Besnard Lakes. Não é uma banda de audição "amigável". Requerem disposição apropriada e um amor incondicional a uma pop contaminada por harmonias sacadas aos Beach Boys, que depois são despedaçadas por guitarras abrasivas em crescendos, na melhor tradição da escola pós-rock.

Antes e depois - II.

Se no outro dia abordámos aqui no Duotron os Ultravox, não podíamos deixar passar a oportunidade de falar na sua banda siamesa, os Visage. Projectos com origem nos finais dos 70, ambas tiveram reconhecimento do grande pública no início da década de 80. Pioneiras na utilização massiva de sintetizadores e figuras de destaque das correntes New Wave e SynthPop, os Ultravox e os Visage partilhavam mais do que isso: alguns elementos dos Ultravox foram essenciais no sucesso dos Visage.

Billy Currie, conhecido essencialmente pelo seu envolvimento nos Ultravox, foi o primeiro teclista dos Visage e a principal força criadora dentro do grupo. Para além deste, também Midge Ure, vocalista dos Ultravox, ajudou a compor e produzir muitas das músicas do primeiro álbum, também ele chamado Visage. Mais, "Fade to Grey", o grande sucesso da banda, foi composto por Billy Currie, Midge Ure e por Chris Payne, um experimentado músico que colaborava frequentemente com Gary Numan.

Temos portanto uma promiscuidade muito grande entre as duas bandas coisa que, como se sabe, nem sempre dá bom resultado. Ainda hoje, Steve Strange, vocalista e um dos criadores dos Visage, discorda da atribuição da autoria de "Fade to Grey" apenas a Currie, Ure e Payne, argumentando que colaborou na escrita da letra e na ideia de incluir vocalizações em francês ao longo do single. Questiúnculas à parte, ficou uma grande música, que marcou definitivamente a década e que já tinha aqui sido postada pelo nosso Dj Ruto.



Mas as muitas similitudes entre as bandas não ficam por aí. Tal como os Ultravox, os Visage também regressaram aos álbuns no novo milénio, após 29 anos de interregno, com Heart and Knives, de 2013. A colagem ao antigo som da banda é notória, ainda que o primeiro single, este "Shameless Fashion", soe propriamente mais a Human League do que a Visage.




terça-feira, 14 de outubro de 2014

Versões - XXXIV

Comemorando os 25 anos da Merge Records, uma das editoras que tem merecido o meu crescente reconhecimento, a Google Play está a oferecer 25 músicas da editora, onde se destacam umas quantas versões de artistas mais novos da editora de velhos clássicos editados pela Merge.

E quem é que a Merge representa? Bem, velhos conhecidos daqui como os Arcade Fire, Spoon, The Divine Fits, She & Him, Camera Obscura, Caribou, Destroyer e os nossos mui estimados The Magnetic Fields, de Stephin Merritt.

Portanto, quando aparece uma cover de uma música do génio Merritt, as nossas orelhas arrebitam com o potencial (ou falta dele) do bicho. Fiquem então com a versão de "Strange Powers" pelo projecto Telekinesis, incluída na tal oferta da Google Play. Não é nada do outro mundo, mas tem uma certa candura e lo-fi que merece, no mínimo, um olhar carinhoso e um ouvido simpático.
O original pode ser escutado a seguir.



OVNI

O novo projecto da norte americana Mary Timony (Helium, Wild Flag e outros) dá pelo nome de Ex Hex. Timony pegou no título do seu terceiro álbum a solo, editado em 2005, para baptizar este novo projecto.

Continuam as guitarras ao alto e todo o espírito punk neste novo "Rips", álbum de estreia das Ex Hex, editado na semana passada. O primeiro single é este "Waterfall".

Cabras do mundo, uni-vos!

Hoje, para vossos deleite, decidimos apresentar-vos uma nova banda que cruza World Music com o psicadelismo, os Goat.

Estas cabras malucas que nos chegam da Suécia (as drogas locais estão cada vez melhores) foram a sensação dos festivais mais alternativos de 2014, sobretudo graças às suas espalhafatosas apresentações ao vivo, em que aparecem todos mascarados, cheios de referências étnicas, qual descendência bastarda dos Tinariwen com hippies viciados em LSD.

Têm um álbum novo, "Commune", e apresentam-no com este "Hide from the Sun".



Para melhor perceberem as comparações acima referidas, espreitem o video dos Goat ao vivo no Union Transfer de Philadelphia, com a faixa "Gathering of Ancient Tribes".

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Antes e depois - I.

O regresso dos Ultravox às gravações em 2012, com o álbum Brill!ant, seguiu-se a um interregno de 28 anos da estrutura mais clássica da banda, composta por Chris Cross, Midge Ure, Warren Cann e Billy Currie. O primeiro single, homónimo ao álbum, veio acompanhado por um bom vídeo, ainda que a música já pouco tenha a ver com o vanguardismo dos Ultravox de finais de 70 e inícios de 80.



Dois nomes grandes da música britânica destacaram-se nos Ultravox: John Foxx e Midge Ure, ambos vocalistas da banda, ainda que em períodos diferentes. É já na fase deste último que saem os singles de maior sucesso, nomeadamente Vienna, o grande sucesso comercial da banda. Fiquemos assim com um antes e um depois.



Começar em força.

63 minutos de grande música para começar esta semana a dançar entre os pingos da chuva.
Caribou ao vivo em Pula, Croácia, a mostrar os novos temas do seu mais recente "Our Love", mas fazendo do álbum anterior, "Swim", a peça fulcral da actuação.
E aquela "Sun" extendida ao longo de 10 minutos é uma verdadeira pancada nos neurónios.

Para ver e ouvir com o volume no ponto incomoda-vizinhos.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Em loop.

Mais uma pérola pop para os Broken Bells.
Fiquem, nesta bela manhã, com o video para "After the Disco", single homónimo do álbum editado em fevereiro deste ano.
Mais um grande video para os Broken Bells.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Fácil??

Fácil, o caraças!

Belíssimo video para o mais recente single de Son Lux.
Vai pelo nome de "Easy" e parece tudo menos fácil.
O bondage a vir ao de cima, pela obra de Carolyn Weltman.
Quem achar piada ao género, pode espreitá-la aqui.

Já sabem, o álbum chama-se "Lanterns", é bom e já anda por aí.

Memórias. - II

Do novo "Our Love", aqui fica o single com o mesmo nome, "Our Love".
Caribou a levar-nos até à pista de dança das memórias.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Pequeno raio de sol.

Para alegrar os espíritos neste dia molhado e cinzento.

Os Tweedy de Jeff e Spencer, pai e filho, nesta empresa familiar que deu à luz o belíssimo álbum duplo "Sukierae".
O single chama-se "Summer Noon". E é bem bonito.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Eu quero ser uma lenda.

Acabadinho de ser lançado, "Please" é o sétimo álbum de originais do músico multi-instrumentalista norueguês, Sondre Lerche. Mais um talento a sair da cidade de Bergen, Sondre Lerche anda nestas andanças das músicas pop desde os seus 19 anos de idade, quando lançou "Faces Down", álbum recheado de pop doce e bem intencionada, onde citava músicos como Beatles, Beach Boys, Prefab Sprout e A-ha. Passados 13 anos e seis álbuns depois, Lerche continua a dar-nos uma pop bem feita, mas que foi amadurecendo e que está a ficar mais refinada.

Embora ainda não tenha digerido o novo álbum todo como ele deve ser escutado, há duas músicas que merecem destaque instantâneo: primeiro, este single, "Legends", e o próximo single, "Sentimentalist", faixa de recorte clássico, qual torch song, escrita por um Jacques Brel que andou a ouvir os Suicide. Mas deixemos esse single para quando houver video.

Mais logo? Esperemos que sim...

Ontem andou a passear por Lisboa.
Esperemos que não se tenha constipado, nem visto algo sobre confecção gastronómica de animais que tivesse chocado o seu lado diva...

Hoje queremos que seja algo deste género, Morrissey a ser o músico Morrissey.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Eternas comparações.

O álbum chama-se "Playland" e o primeiro single é "Easy Money".
Johnny Marr está de volta aos discos. Já conhecemos aquela guitarra de ginjeira.
Resta saber se tem mais alguma coisa para oferecer.

Curiosidade maliciosa: o álbum vai ser editado no dia 6 de outubro, o mesmo dia em que Morrissey inicia, em Lisboa, a tour de promoção para o seu último "World Peace Is None of Your Business".

Stephen Samuel Gordon

A homenagem possível neste nosso cantinho ao músico inglês Stephen Samuel Gordon, mais conhecido por The Spaceape. Um cancro estúpido (como o são todos) levou-o precocemente, ontem, dia 2/10.

Ligado à editora Hyperdub, tinha no seu currículo inúmeras colaborações e um percurso muito eclético pelos sons dançantes da música.

Em colaboração com Kode 9 e do álbum de 2011, Black Sun, fica este "Black Sun (Partial Eclipse Version)".

Italo Disco VIII

Dan Lacksman. O nome provavelmente não vos diz nada. Mas se vos falar nos Telex e em colaborações com artistas como Patrick Hernandez, Plastic Bertrand, Sparks, Yellow Magic Orchestra, Hooverphonic, Viktor Lazlo ou David Bowie então talvez a pessoa vos mereça um pouco mais de atenção.

O projecto individual mais importante do belga terá mesmo sido os Telex, que lançaram os sucessos internacionais "Spike Jones" e " Moskow Diskow". Mas mesmo antes dos Telex, Dan criou os Transvolta, muito na onda do Italo-Disco e a beber pargas de inspiração nos primeiros trabalhos de Giorgio Moroder.

O lado B deste single - "You are Disco" é basicamente uma extensão deste single, "Disco Computer". Por vezes perguntamos onde é que os músicos vão buscar a sua inspiração. Os Air e Daft Punk devem ter andado por aqui...

Douradinhos.

Depois das manhãs retro-disco, chega a sexta-feira pontapé na tola!

Os Liars de volta à nossa companhia, com a sua bela confusão de álbum, "Mess", a dar cartas no panorama do rock mais experimental e vanguardista. Hoje lançam-nos essa granada sonora que dá pelo nome de "I'm No Gold", servida de mais um video fantástico, a cargo de Laurie Lynch.

Não se assustem com a cara tresloucada de Angus Andrew. É marado, mas muito bom de ver e ouvir.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ácidos. Vários.

A cena dançável de hoje é-nos trazida pelo britânico Luke Vibert, personagem que já anda nestas coisas da música desde finais dos anos 80. Do álbum de 2009, We Hear You, editado pela Planet Mu, escolhi este "House Stabs". Muitos samples conhecidos como dos The Orb ou DJ Hype fazem desta faixa uma homenagem ao que de melhor se vai fazendo na área do Acid House.

Inevitável.

Tinha de ser.
Não podíamos falar deles e do álbum de 1979, e não pôr qualquer coisinha a tocar.
Os deuses nórdicos ABBA e o seu "Does Your Mother Know", do álbum "Voulez-vous".

Vai, música, vai! - IV

E chegámos finalmente a "Impressions", o novo dos Music Go Music.

"Tell Me How It Feels" foi a minha escolha para a melhor música do álbum. Se dúvidas houvesse da dedicação destes norte-americanos ao património sonoro dos ABBA, aqui está a prova que os Music Go Music ouviram muitas vezes o álbum "Voulez-Vous", de 1979.

Ainda não há video oficial para a música, mas um bicho destes tem de ser mostrado ao mundo.



P.S.: Por falar nos ABBA, aqui vai uma bela surpresa: vão editar o registo de uma actuação ao vivo, "Live At Wembley Arena", de 1979. E, pelas notícias que nos chegam, vem com um original que ainda não tinha sido lançado – "I"m Still Alive".

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Viagens sonoras.

Se tiverem um tempinho e paciência para ouvir muito Electro Industrial e IDM, então peguem em dois álbuns de Stendeck, nomeadamente Sonnambula (2009) e Scintilla (2011), e viajem pelos sons hipnóticos e paisagens cinemáticas criadas por um universo de sintetizadores a cargo deste músico Suíço.

A decisão é vossa. Se comprarem o bilhete, quem sabe qual será o vosso ponto de chegada.

O melhor para o fim.

Pôr um disco a tocar e ouví-lo, de princípio ao fim, é uma nobre arte em vias de extinção.
Requer tempo e disposição. Mas quando a coisa corre bem e achamos, na nossa eterna inocência, que somos os primeiros a descobrir algo genuinamente bom, quais pioneiros sonoros, a vaidade pelo feito transforma-se em arrogância do género "Eu sei uma coisa que vocês ainda não sabem"!

Pois bem, eu (e mais uns quantos milhares) sabemos uma coisa: o novo álbum dos The Drums,"Encyclopedia", é genuinamente bom e tem uma daquelas faixas finais que provoca o efeito "cereja no topo do bolo": quando achamos que a coisa não pode melhorar mais, levamos com este "Wild Gease" e ficamos a ver estrelas (ou gansos).

A maldição do primeiro álbum.

Porque é que será que tantas bandas lançam o primeiro álbum, têm grandes vendas, e depois nunca mais conseguem repercutir essa fórmula de sucesso? A maldição do primeiro álbum é muito comum, talvez por falta de qualidade das bandas, talvez pela voracidade da nossa sociedade que quer sempre novidades, talvez por algumas músicas colocarem as bandas em topos para os quais não estão habilitadas a escalar.

Parece-me ser esse o caso dos Marcy Playground, com esta conseguida canção pop que é "Sex and Candy", mas que a partir daí pouco mais fizeram. O álbum que lhe sucedeu, Shapeshifter, foi uma desilusão, assim como os seguintes.

Fiquemos pois com sexo e doces (quem não gosta!) que ficamos muito bem.