quinta-feira, 30 de março de 2017

Versões - LXIV

É discutível que uma remix seja uma versão, ainda que no presente caso ouvir as diferenças entre o original de Nick Curly e a releitura efectuada por Dennis Ferrer permita rapidamente apontar para algo de substancialmente diferente e, portanto, a cair no limbo das versões.

"Underground", Tech House clássico a saber aos 90, editado através da Defected Records.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Dourar a pílula.

Vinte e dois anos depois, os Slowdive regressam aos discos, com um álbum homónimo, que sai no início do mês. A primeira amostra é este "Sugar for the Pill" e deixou-nos a esfregar as mãos de contentes! E uma passagem por Portugal, numa sala como deve de ser, fora dos festivais?

O vídeo é de in/out.

Mas que raio há no ar da Nova Zelândia? - II

Chama-se Aldous Harding e prepara-se para editar "Party", o seu segundo álbum de originais, pela respeitável 4AD. Se esse selo de qualidade já era suficiente para despertar a curiosidade, ao descobrirmos o mais recente single, "Imagining My Man", percebemos que temos de estar muito atentos a esta neozelandesa.

O vídeo é de Charlotte Evans.

terça-feira, 28 de março de 2017

Luz soberba.

O EP chama-se "3 O'CLOCK" e marca o regresso dos Blonde Redhead aos discos. O single de promoção do trabalho é este ""Golden Light", que teve direito a um belíssimo vídeo de Virgilio Villoresi e que merece a vossa atenção pelas técnicas de cores e luz usadas, como o texto abaixo explica:

The video features the RGB optical illusion, a device that also Mario Bava used in his horror masterpieces. There are no post-production effects and everything is handmade, recreated live. The illusion takes advantage of complementary lights to show a red, blue or green drawing each time, depending of the color of the light projected.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Too many quotes will kill you...

Trazemos hoje dois exemplos do enjoo que as ondas de revivalismo começam a causar. Dois projectos europeus, uma dupla alemã: os HAERTS (agora a residirem em Nova Iorque) e o sueco Jens Lekman (que parece que continua pela Suécia). O último é um daqueles tipos que tem merecido o nosso respeito: álbuns interessantes, com letras inspiradas e um apurado sentido pop. Dos alemães, pouco conhecíamos, a não ser que tentavam fazer singrar o seu synth-pop em Brooklyn, a terra do leitinho e mel dos hipters.

Lekman tem um álbum novo, "Life Will See You Now", aqui representado pelo single "How We Met, The Long Version", e os HAERTS têm um single novo, "Your Love". Em comum? Citações sonoras. Descaradas. Pouco subtis. Ou é final dos 70s ou é os 80s. Ou é isto ou é aquilo, mas com as cuecas à mostra. Não há cá vergonha, nem pudor. Tudo bem, fazem música para gente nascida no final do século XX, ou no início do século XXI, que não é obrigada a saber o que é que se ouviu no tempo dos pais. Está bem, está bem.

Não, pá, não está nada bem! Querem brincar ao Kool & The Gang ou à Belinda Carlisle, brinquem, mas ao menos agradeçam-lhes nos créditos finais, sff!



Vídeo de Keyvan Haghighi.



Vídeo de Julian Klincewicz.

sexta-feira, 24 de março de 2017

Colagens.

No outro dia coloquei uma posta sobre uma música dos Digitalism intitulada Pogo. Isso arrastou a minha memória para outro Pogo, neste caso o músico australiano Christopher Nicholas "Nick" Bertke, nome de palco... Pogo!

Fui então ver o que anda o homem a fazer e saiu esta coisa muito actual:



Como se percebe, a característica principal das suas obras é o patchwork musical que serve de técnica de construção de novas peças sobre sons que nos são familiares. Como base a opção é por algo dentro da corrente downtempo, como é o caso do próximo vídeo, com sons que lembram Bent ou Lemon Jelly.

No mínimo diferente!

quinta-feira, 23 de março de 2017

Canções de uma vida.

São cinco discos, cinquenta canções, mais de duas horas e meia de música. De 1966 a 2015, Stephin Merritt canta-nos histórias da sua vida, recordações e experiências no novo "50 Song Memoir". Todos os dias têm saído vídeos a ilustrar as músicas dos álbuns. Como não conseguimos acompanhar uma produção tão exaustiva, nem fazer a cobertura que este trabalho merece, decidimos juntar uns quantos das últimas semanas. Assim, por ordem cronológica temos: "'68 A Cat Called Dionysus", "71 I Think I'll Make Another World", "'85 Why I Am Not a Teenager", "'88 Ethan Frome" e "'92 Weird Diseases".

Os vídeos contam com as contribuições de Alex Petrowsky, Stephanie Beattie, Alex Basco Koch e José Zayas.









Cura musical.

Tal como milhares de pessoas nos lêem diariamente, também eu vou lendo um ou dois escribas musicais que considero terem um mínimo de qualidade que justifique o dispêndio de alguns minutos do (escasso) tempo disponível. É o caso do Vítor Belanciano, um tipo porreiro e que pensa o que escreve.

Saiu ele hoje com um artigo no Público sobre Kelly Lee Owens. E não é que eu já estava para fazer uma posta sobre a rapariga já há algum tempo?! Maravilha! Assim, é só colocar um link para o artigo do Vítor (que é pago para isso) e refastelar-me à espera do gordo e do seu Preço Certo.

Público - Kelly Lee Owens


Italo Disco - XI.

Miro Miroe foi o nome utilizado pelo multi-instrumentista inglês Ian Ritchie, que sob essa designação pôde compor algumas gordurices de Italo Disco nos idos de 80 sem que com isso tivesse de pintar a cara de preto.

Curiosamente, nem a música vinha de Itália nem o estilo se enquadrava plenamente nessa corrente, com longos solos de saxofone e uma cantora ao invés de um cantor (no caso Miss Berenice "Bee" Nally). Do que resultou desta parceria? Três singles, o mais conhecido dos quais este "Nights of Arabia"

quarta-feira, 22 de março de 2017

Panda (mas desta vez não Bear).

Os Gold Panda passaram por Lisboa o ano passado, no âmbito do Jameson Urban Routes, ocasião que serviu para apresentar o terceiro álbum de originais - "Good Luck and Do Your Best" - deste músico britânico, o primeiro a sair pela City Slang.

É um LP bonito e com uma electrónica calma, menos dançante que o seu antecessor, "Half of Where You Live" e mais próximo em termos de estrutura e sonoridade do primeiro álbum de originais, "Lucky Shiner". Soa bem e soa a diferente do que a maioria vai fazendo por terras do IDM.


Mais uma coisinha fantástica da XL.

Já nos habituámos a que a XL Recordings nos vá presenteando com projectos de enorme qualidade, casos dos Radiohead, Lemon Jelly ou Ratatat (sim, parece que também editam uma Adele, mas já diz o povo que no melhor pano cai a nódoa). Os Atoms for Peace é mais um dos nomes da editora, algo que não se estranha em função dos AfP serem, grosso modo, Thom Yorke e sus muchachos. E quem são esses rapazes? Flea dos Red Hot Chili Peppers, Nigel Godrich (produtor de longa data dos Radiohead), Joey Waronker (Beck e R.E.M.) e Mauro Refosco (Forro in the Dark).

"Default" foi single do álbum "Amok", de 2013. Único senão que encontro neste álbum? O poder dizer-se que é um álbum dos Atoms for Peace ou do Thom Yorke. A construção e melodia não foge em nada aos trabalhos a solo do rapaz, o que acaba por desperdiçar um pouco o bom colectivo que se conseguiu reunir à volta deste projecto. Mas o que importa é que é bom e isso... bom, isso é inegável.

sexta-feira, 17 de março de 2017

O que é nacional é massa. - VII

Mira, un Lobo! é o projecto a solo de Luís F. de Sousa (MAU) que hoje vamos ter o privilégio de ver ao vivo no Ginjal Terrasse, em Cacilhas. O músico promove o seu álbum de estreia, "Heart Beats Slow", editado no ano passado. Fiquem com os singles "Serotonin" e "Tramadol", ambos realizados por Chris Lee e Paul Storrie.

Até logo!



quinta-feira, 16 de março de 2017

Curta mas intensa.

Ash Koosha, diminutivo de Ashkan Kooshanejad, brinda-nos com este "Mudafossil", do seu último álbum "I AKA I", editado o ano passado pela Ninja Tune.

Este multi-instrumentista iraniano está agora radicado no Reino Unido, após ter pedido o estatuto de refugiado na sequência do seu papel no filme "No One Knows About Persian Cats", de Bahman Ghobadi, o qual ganhou um prémio no Festival de Cannes de 2009. O filme retrata as vicissitudes de uma banda num país como o Irão, a cena musical underground e a vontade em sair do país para poderem expressar a sua arte livremente.

Realidade virtual, vídeos totalmente digitais e sintetizadores usados até ao seu limite. Uma receita interessante.

Olhe que não, dj, olhe que não...

Chamado à recepção, Dj Ruto posta resposta a desafio lançado por Dj Bruto, sobre a nova produção dos Fujiya & Miyagi:

Não concordo com apreciação efectuada. Stop.
São dois bons EP. Stop.
Com destaque para as músicas "Freudian Slips" no "EP1" e este "Extended Dance Mix" que encerra o "EP2". Stop.
Letras ao serviço da dança. Stop.
Coisas raras nos dias que correm. Stop.
Mas totalmente de acordo com as fontes citadas no artigo. Stop.
Um abraço forte. Stop.
E cumprimentos à família. Stop.



Deixou ainda a indicação, rabiscada num post-it, que o vídeo era de Bob Brown.
Gente atarefada, estes homens da música, sempre a correr...

Lembrei-me, sei lá!

Beeeemmmm, a Kim Wilde! Com certeza uma presença recorrente em alguns dos wildest dreams de muitos teenagers dos 80. Certamente que hoje é uma mera curiosidade para as novas gerações mas este "Kids in America" foi muito forte no início dos anos 80, contribuindo para que a Kim Wilde seja a artista feminina com mais singles no top50 britânico dessa década.

Primeiro single do primeiro e homónimo álbum, este foi sem dúvida o maior sucesso da carreira da rapariga, ainda que "Chequered Love", "Cambodia" e "You Keep Me Hangin' On" tenham também tido boas carreiras a nível mundial.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Todos precisamos de serotonina.

Está para breve a edição do 6º álbum de originais dos britânicos Fujiya & Miyagi, a aparecer nos escaparates lá para 7 de Abril deste ano. Uma eletrónica com influência dos Kraftewerk, elementos de Aphex Twin e da corrente electroclash.

Para já não entusiasmou, mas esperemos pelo que o Long Play nos trará. E o que dirá o DJ Ruto, notório apreciador destes falsos nipónicos!

terça-feira, 14 de março de 2017

Alice no País da Heroína.

Ainda não tinha dedicado uma posta a uma das minhas bandas preferidas dos anos 90. O que se pode fazer? Teenager nos 90 corria-se o risco de ouvir - e apreciar? - uma das muitas bandas de grunge que surgiram nessa década. Mas os Alice in Chains são muito mais do que uma banda de um movimento definido temporalmente. Rock duro, poucas cedências ao comercial, grandes músicos e harmonizações vocais muito bem criadas entre Jerry Cantrell e Layne Staley. E por trás toda uma história de conflitos, drogas, álcool e separações.

Não os vi nos 90 mas ainda os apanhei por cá, no Super Bock Super Rock de 2006, a fechar uma quente noite de Verão que teve também Deftones, Placebo e Tool. Infelizmente já sem o vocalista original, o concerto não defraudou e terminou em beleza uma grande noite de rock.

Para os Alice, o grande carrossel do reconhecimento mundial e mediático começou logo em 1990, com "Facelift", o primeiro álbum grunge a chegar ao Top50 da Billboard e que trouxe muitos novos ouvintes para este sub-género que começava então a surgir. Na verdade, o início não foi fácil, visto que a banda se viu incluída em tours de grupos como os Megadeth ou Slayer, facto que originou muitos assobios e problemas com as audiências dos concertos, que queriam coisas mais pesadas e que ainda não estavam viradas para o som grunge, que só um pouco mais tarde seria um enorme fenómeno, o que aconteceu após a edição de "Nevermind" dos Nirvana.



Em 1992 já as condições estavam lançadas para que "Dirt" tivesse um sucesso enorme a nível mundial, com mais de 5 milhões de cópias vendidas e grandes singles como "Down in a Hole", "Them Bones, "Angry Chair" ou "Would?". Paradoxalmente, a banda passava por uma crise violenta, decorrente do uso excessivo de drogas, álcool e anti-depressivos. A nível da produção, "Dirt" teve também diversos problemas, com o produtor Dave Jarden - que já tinha trabalhado com bandas como Talking Heads, Frank Zappa, Red Hot Chili, Jane's Addiction ou Rolling Stones - a ter muita dificuldade em controlar as dependências dos diversos elementos, em especial do Layne Staley que injectava heroína no estúdio e em plenas gravações. Incrivelmente "Dirt" viu a luz do dia e revelou-se um grande álbum.





O álbum homónimo de 1995, que também ficou conhecido como "The Dog Record" ou "The Dog Album", foi o primeiro sem o baixista Mike Starr - que saíra da banda devido ao consumo excessivo de drogas e que entretanto morreu, em 2011, devido a uma overdose - e o último com Layne Staley como vocalista, visto que após este LP o rapaz nunca mais conseguiu recuperar dos seus maus hábitos acabando por falecer em 2002.

"The Dog Record" tem menos elementos do heavy metal clássico, apostando mais numa produção cuidada, texturas melódicas, variações atonais e extensas trocas entre modos maior e menor. Mas seria o último da banda no seu layout  tradicional.

De notar que para além destes três álbuns, os Alice também tiveram um "MTV Unplugged", editado em 1996 e diversos EPs, nomeadamente "We Die Young" (1990), "Sap" (1992) - donde saiu este "Got Me Wrong" - e "Jar of Flies" (1994).



De 1996 a 2002 há um longo hiato, apenas quebrado pela notícia da morte de Staley. Entretanto, os outros membros da banda vão entrando em projectos paralelos, sendo que o maior destaque vai para os dois álbuns a solo de Jerry Cantrell, "Boggy Depot" de 1998 e "Degradation Trip" de 2002, ambos com uma sonoridade muito próxima da dos Alice in Chains e em própria antevisão ao que seriam os próximos anos da banda.

Desses dois álbuns de Cantrell ficam os singles "Cut You In" e "Anger Rising"





Em 2005 os Alice passam a reunir-se esporadicamente e a tocar algumas músicas com convidados, casos de Phil Anselmo, Maynard James Keenan ou William DuVall. Este último ficaria mesmo como elemento permanente da banda e vocalista principal do álbum de 2009, "Black Gives Way to Blue", um óptimo regresso da banda, com o som típico dos Alice sempre presente.

Escrita em Fá menor, com as guitarras com forte "down tuning" e harmonizações vocais tão comuns nos Alice, "Check My Brain" foi um óptimo aperitivo para o retorno destes colossos do rock.



Chegamos assim ao último álbum da banda até à data: "The Devil Put Dinosaurs Here". Continua a ser Alice in Chains mas um pouco domado de mais para meu gosto. Esperemos pelos próximos capítulos.


segunda-feira, 13 de março de 2017

Na terra dos sonhos.

Uma absoluta delícia o vídeo deste "Red Rainbow", a última amostra a sair de "Bacteria Cult", o álbum de 2016 de Kaada/Patton (a dupla formada por John Kaada e Mike Patton). Na realização esteve Rune Spaans. Sobre a animação:

Based on the short film "The Absence Of Eddy Table," directed by Rune Spaans, the video is steeped in mystery and a sense of adventure, capturing a curious place where dreams and nightmares collide.

A number of collaborators were involved in the making of the original short film, including writer and designer Dave Cooper and producer Eric Vogel of Tordenfilm. Kaada provided score music in several stages, inspired by the progress of the visuals. A lot of the music heard in the completed film can be traced back to Kaada’s initial ideas, which were refined and expanded upon in parallel with the film itself. Patton is Eddy Table and Norwegian actress Ingrid Bolsø Berdal is Snip. In addition to voicing the lead roles, Patton and Berdal each also contributed voices for a myriad of other (and otherworldly) characters for the film.


sexta-feira, 10 de março de 2017

Nome da coisa.

Fim-de-semana!
É o nome que faltava para animar os espíritos.

Aproveitem-no ao som deste "Name For You", dos The Shins, para o novo álbum "Heartworms". O vídeo é de Jon Sortland.

E o sample é de...

"Baba O'Riley", dos The Who, música gravada em 1971 para o álbum "Who's Next", aqui usada com mestria pelos The Chemical Brothers, em "Escape Velocity", do álbum de 2010 "Further".

Doze minutos de electrónica, para servir de banda sonora ao sol que está lá fora.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Dose diária.

Vamos lá tomar a dose diária de Ambient Techno em conjugação com a dose diária de vitamina D. Mais um dia de sol magnífico, a pressagiar cálidas noites de Verão.

Verão esse que nos é proposto neste "Summer" dos Pub, um péssimo nome para se encontrar o que quer que seja da banda no youtube ou no google mas que ainda assim não invalida o óptimo trabalho destes escoceses de Glasgow, editados através da Vertical Form.

Battle Bots.

Mais um programa de puro entretenimento, para desligar o cérebro e passar umas horitas em frente à TV: Battle Bots, batalha entre pequenos robôs que passava (passa?) na Sic Radical. O objectivo? Bem simples: dois robôs numa arena, armados de serras, machados, choques elétricos e afins, tendo como finalidade imobilizar o adversário. Muitas peças soltas, muitas porcas a saltar, muitos geeks da robótica e várias doses de tremoços consumidas.

Certamente que o Battle Bots influenciou este clip dos Little Boots, o nome de palco da senhora Victoria Hesketh, que antes já tinha figurado nos Dead Disco.

"Shake" foi o primeiro single do álbum "Nocturnes", de 2013, e que já tem um sucessor: "Working Girl" de 2015. Mas para primeira apresentação da banda aqui no Duotron preferi este "Shake". De outro modo, como vos poderia falar nas Battle Bots?

quarta-feira, 8 de março de 2017

Sons nostálgicos.

Laetitia Sadier, dos saudosos Stereolab, tem um novo projecto. Dá pelo nome de Laetitia Sadier Source Ensemble e vão editar o seu primeiro álbum no dia 24 deste mês. Chama-se "Find Me Finding You" e o primeiro single é este "Love Captive".

O vídeo é de David Thayer e da própria Sadier.

Deus Rá!

Recuperação do álbum de 2007 dos Digitalism, este "Pogo" é uma canção bem animada, justificada pelo bonito dia com que finalmente os astros nos decidiram presentear.

Para mim traz também recordações de um jogo de computador em que na altura andava a desperdiçar o meu tempo útil: Need For Speed: ProStreet. Agora é mais fazer crescer a cidade e apanhar os cereais. Mas infelizmente sem banda sonora.

Versões... invertida.

Na nossa rubrica versões costumamos apresentar uma música que foi objecto de uma releitura, com maior ou menor sucesso. Invertamos um pouco o conceito, apresentando o original de uma música cuja versão de 1981 se tornou bastante mais conhecida. A versão é dos Soft Cell para "Tainted Love", cujo original é de 1964 e cantado por Gloria Jones.

Todo o potencial da música está lá, mas não posso deixar de preferir a versão dos 80, ainda que o ritmo desta seja contagiante e a voz da diva Gloria seja fantástica.

Em grande e ao vivo!

Esta já tinha sido aqui publicada no Duotron, mas a versão ao vivo gravada o ano passado na WXPN merece ser vista e ouvida. E desde quando "Gone Daddy Gone" cansa alguém!?

segunda-feira, 6 de março de 2017

Mais um. E porque não?

É o segundo best of da carreira de Nick Cave & The Bad Seeds. Intitula-se "Lovely Creatures: The Best Of Nick Cave & The Bad Seeds 1984-2014" e sai no dia 5 de maio. Tem uma edição especial que é um mimo, com DVD, livro de fotografias e ensaios de Cave e dos Bad Seeds.

Dá vontade de perder o amor ao (pouco) dinheiro que há? Ai dá, dá.

Ah, esses jovens festivaleiros!

Os festivais nacionais têm vindo (e muito) a subir de qualidade, com cartazes muito eclécticos e com grandes nomes nacionais e internacionais. Ainda assim cada vez vou menos a festivais. O porquê? A fauna. É pelas pessoas que vão lá por tudo menos pela música. É por isto:

quinta-feira, 2 de março de 2017

Sem vogais.

Os Master-Craft - ou mais concretamente os MSTRKRFT - são uma dupla canadiana que tem vindo a produzir bons álbuns de electrónica, entre os quais destacaria "Fist of God", donde saiu este "1000 cigarettes". Muito conhecidos dos geeks dos jogos de computador, visto algumas das suas músicas fazerem parte da banda sonora de jogos como Saints Row 2 ou Need For Speed: Pro Street, os MSTRKRFT merecem ser lembrados por mais do que o som que estava dar quando atropelei a velhinha ou quando incendiei o lar. Sai um electro com ascendência punk e a lembrar distorções da música de dança que nos remetem para a década de 90.



Saved by the bell?

É o primeiro vídeo da nova fornada que sairá de "Whiteout Conditions", o novo álbum dos The New Pornographers, do qual já aqui falámos.

Se a música era divertida, o vídeo não desaponta. Na realização está Dan Huiting.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Meio século.

27 de janeiro de 1967.

A actuação de uns putos ingleses no evento UFO, realizado no clube londrino The Blarney, é gravada pela Granada Television, para o seu programa "Scene – Underground". Syd Barrett, Roger Waters, Nick Mason e Richard Wright eram os músicos em cima do pequeno palco. Tinham acabado de editar o seu álbum de estreia, "The Piper at the Gates of Dawn", e gozavam de uma crescente curiosidade no meio musical alternativo inglês.

Os sobreviventes desse tempo, Water e Mason, preparam-se para inaugurar uma retrospectiva de cinquenta anos de carreira no prestigiado Victoria and Albert Museum, em Londres, no dia 13 de maio. Chama-se "The Pink Floyd Exhibition: Their Mortal Remains" e promete seguir o sucesso da fantástica exposição sobre a obra de David Bowie, "David Bowie Is", que inaugurou no mesmo museu em 2013, mantendo até hoje o recorde da exposição com maior assistência de sempre.



O vídeo faz parte de uma edição especial intitulada "Pink Floyd - The Early Years 1965-1967 Cambridge St/ation", que será editada no dia 24 de março.