sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Operadores de aparelhos electrónicos.

O projecto Operators é mais um dos sete ofícios do canadiano Dan Boeckner, que vai partilhando o seu talento por bandas como os Wolf Parade, Handsome Furs e Divine Fits. Desta vez Dan decidiu dar uma perninha pela electrónica dançante. O resultado foi "EP1", lançado no verão passado, com cinco canções. Chega-nos agora uma canção nova, "Ecstasy In My House", que mantém a toada dançante.



Podem também confirmar a qualidade dos Operators, ao vivo, na KEXP.
"It's all live!" diz Dan no final da sua performance. E nós concordamos.
Pop electrónica assim, feita no momento, sabe sempre melhor.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Métodos de trabalho.

Panda Bear, o "nosso" lisboeta adoptado, apresenta uma viagem pelo processo de criação do seu último álbum de originais, "Panda Bear Meets The Grim Reaper", co-produzido por Pete Kember (mais conhecido por Sonic Boom), ao mesmo tempo que vai passeando por uma Lisboa chuvosa.

Curioso documentário, em modo caseiro-low-fi, com divertidas imagens do Jardim Zoológico.

Escapatória. - III

Míseros raios de sol tentam furar o céu cinzento com que acordámos hoje.

"A Daisy Through Concrete" é a banda sonora apropriada para a cena.
Os Eels, de Mark E. Everett, têm um novo álbum ao vivo, no Royal Albert Hall, gravado no verão passado. Será editado em disco e dvd lá para abril, e seguramente brilhará nas colunas lá de casa.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Compêndio Pop.

Mais um para os Slow Club.
Desta vez é a música de abertura do disco, "Tears Of Joy". Já tivemos uns cinco singles de promoção ao álbum, mas que fazer? "Complete Surrender" é um verdadeiro manancial de boas músicas pop.



terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Rua Sésamo "on acids".

Mais uns australianos a surfarem a onda do psicadelismo. Os Pond são uma banda de Perth e partilham parte dos seus membros com os Tame Impala. Apesar de existirem há mais tempo que os Impala, os Pond ainda não atingiram os patamares de fama e reconhecimento que a banda de Kevin Parker obteve com os álbuns "Innerscope" e "Lonerism". Mas, com a edição de "Man It Feels Like Space", o quinto álbum de originais dos Pond, o estatuto de figuras máximos do psicadelismo australiano ostentado pelos Tame Impala pode estar em risco.

E, como prova do pontapé-na-cabeça que é este novo trabalho, aqui fica o single homónimo.
O video, bem, o video é o Egas, o Becas e o Poupas no comboio ao circo, depois de uma valente dose de cogumelos mágicos...



O regresso dos tecno-terroristas.

Novo álbum dos Prodigy, com data de lançamento prevista para 30 de Março de 2015. O single de avanço é este "The Day Is My Enemy" e vai buscar os Prodigy mais barulhentos e Techno, que não me parece ser a melhor versão da banda. Os hinos "No Good Start The Dance", "Voodoo People" ou "Breathe" não enveredavam por esta agressividade sonora, antes procurando associar uma melodia cativante a brutais mudanças rítmicas.

É uma amostra, mas não augura grande coisa. Aguardemos, pacientemente.

Sonhar acordado.

É estranho, desconcertante e terrivelmente viciante.
"Pom Pom", último de originais de Ariel Pink, continua a dar-nos motivos para acharmos que a memória corrosiva do legado de Frank Zappa está bem viva e tem gente competente a tratar dela.

Aqui fica o novo single de promoção desse trabalho singular, "Dayzed Inn Daydreams".

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Punk pateta.

Em casa do DJ Ruto abordou-se recentemente o falecido Jimmy Savile, figura que a maioria parecia desconhecer. Apesar de não ser uma personagem de grande fôlego aqui no nosso rectângulo, o avô Savile era um apresentador de destaque no Reino Unido, sendo figura de proa da BBC e do programa musical Top of the Pops. Para além dos milhões que angariou para beneficência, Savile era também um famoso divulgador de música, o que lhe valeu o título de Sir e uma grande legião de fãs. Todavia, após a sua morte em 2011 surgiram rumores de actividades menos consentâneas com esta aura de herói. Parece que o senhor gostava de coisas tenrinhas. Infelizmente não eram frangos mas sim criancinhas. É só procurarem por Jimmy Savile scandal no google e vão ter muitas entradas sobre o assunto.

Savile era tão querido que mereceu mesmo esta música de outros avozinhos, no caso os The Toy Dolls, banda de Punk/New Wave que sobreviveu até aos nossos dias com um estilo de punk cartoonizado ou punk pateta como eu lhe chamo.

Fiquem pois com os avozinhos marotos.

Venha a Primavera!

E com ela os sons dançantes e vontade de rumar para as praias e para as noites bens quentes e cheias de coqueteles. É isso que apetece com este "J.A.W.S.", single do músico e produtor Lxury, uma das primeiras aquisições da Method Records, a editora criada pelo manos Disclosure. Siga p'ra bingo!

Arrepios - II

Hoje deu-me para aqui.

Benjamin Clementine ao vivo, nas sessões da Deezer.

Arrepios.

E não são de frio.

Benjamin Clementine dá-nos novamente a alegria de descobrir algo especial, uma feliz reencarnação da voz de Nina Simone, um encontro sensível com a emoção de Antony, uma força maior que a fragilidade de Chris Garneau, tudo junto numa figura impressionante. Podemos encher esta posta de todo o género de clichés comparativos e mesmo assim não estaremos a tirar qualidade ao talento do Sr. Clementine.

"Cornerstone", um dos singles a ser editado do álbum "At Least For Now", que saiu este mês, é a amostra perfeita para voltar à pele de galinha.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Mais uma do arquivo.

Aproveitando a excelente posta (mais uma) do meu companheiro DJ Ruto que nos trouxe o mais recente trabalho dos Archive, vou ao baú buscar uma mais antiga deles, com produção bem suja a lembrar os Sonic Youth (atenção, é um elogio) e a corroborar o que o meu comparsa diz: são uma trupe de muitas caras e vestimentas, sempre em constante mutação ainda que por vezes sem os resultados ambicionados, por eles e pelos fãs.

"Men Like You" foi single com "Meon" mas não chegou a fazer parte do álbum de 2002, "You All Look The Same To Me".

Dança dança.

O auge do House francês talvez já tenha passado mas ficaram-nos grandes recordações uma das quais os Modjo, talvez mais conhecidos pelo seu êxito "Lady (Hear Me Tonight)". Mas para mim a música que melhor me recordo é este "Chillin'", carregada de bom ritmo, boa disposição, uma cabeça/bola de espelhos e samples do clássico "Le Freak" dos Chic.

A colaboração entre Romain Tranchart e o vocalista Yann Destagnol, o duo que sustentava os Modjo, durou pouco mais de três anos. Aproveitaram (e bem) o balanço dado pelo sucesso do "Croissant" House e deixaram-nos umas malhas que ainda hoje são bem dançáveis.

Nomes e mais nomes.

Há nomes de bandas que são simplesmente estúpidos. Ou por que não significam nada ou porque é impossível fazer uma pesquisa no google e encontrá-los ou sei lá. Ao menos os TEED (Totally Enormous Exctinct Dinosaurs) diferenciam-se nisso e muito mais. O nome é absurdo mas pelo menos não passa despercebido. E numa época em que temos de conviver com tantos "aka", ficarmos reconhecidos pelo nome não é nada mau. Já lá vai o tempo em que nos podíamos chamar U2 e conseguíamos passar entre os pingos da chuva.

A voz do senhor Orlando, o mentor dos TEED, tem algo de Jeremy Greenspan (dos Junior Boys). Associado a uma excelente produção do álbum "Trouble", donde saiu este "Household Goods", temos motivos para continuar a seguir este projecto.

THAT'S JUST SILLY - XXI

Tema novo dos The Vaccines. Tanto a música, "Handsome", como o video são uma tontice pegada.

Bruno Aleixo e Co., roam-se de inveja.


Começam a chegar as novidades de 2015.

"You", do canadiano HRMXNY, já anda a circular por aí há algum tempo. Finalmente decidiram dar-lhe um vídeo adequado, promoção necessária para o EP "In Time" lançado já este ano. Um Deep House relaxante para todo o povo aqui do Duotron.

Festa anual.

Southern Culture on the Skids, essa instituição norte-americana do rockabilly, tem um novo EP, "Party At My Trouse", resultado de uma colaboração com Fred Schneider, dos The B-52s.

Não sei porquê, mas achei que este era o tema ideal para começar o dia. Especialmente o de hoje!

Ele sabe para quem é.

Parabéns, meu Amigo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Canjinha.

Aqui vai um caldo sonoro, bem mexidinho, para animar o meu companheiro de discos que foi atacado por umas viroses da época.

Seth Troxler e Phil Moffa, com "Blue Rawls". O video, sacado da década de 1920, é um mimo extra.

As melhoras, amigo!

Escapatória. - II

Mais um dia cinzento, mais um plano de fuga.

Hoje a escapatória é ao som do último single a ser extraído do álbum a solo de Karen O, vocalista dos Yeah Yeah Yeahs, "Crush Songs". A música dá pelo nome de "Day Go By" e o video, carregado de nostalgia de verão, está a cargo de wiissa, dupla de criativos composto por Vanessa Hollander e Wilson Philippe.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Dissonância.

O minimalismo é chato, não é? Então ouçam um dos melhores pianistas do Século XX, o canadiano Glenn Gould, a tocar uma peça de um dos maiores compositores do século XX, o austríaco Anton Webern. Não deixa de ser curioso que esta interpretação fantástica venha pelas mãos do chamado "profeta de Beethoven". Na verdade, Gould alicerçou a sua carreira na execução exímia de peças de Beethoven. E se para este último a regra era preferível ao caos, Webern inverte o conceito, apoiando o Modernismo musical em escalas seriais e no dodecafonismo, ainda que Beethoven fosse um dos seus heróis.

Minimalismo, Dodecafonismo, Shakira. A música é realmente fantástica.

Minimal.

Música Ambient minimalista. Muita gente fica chocada com isto, com comentários tão inteligentes como "isso soa sempre igual" ou "esse tipo provavelmente nem tocar um instrumento sabe". Não se percebe, portanto, o motivo pelo qual essas mesmas pessoas gostam de um quadro completamente amarelo exposto no Tate ou de um livro de poesia com uma página em branco, outra página com duas palavras, outra página com uma palavra e um desenho e... acho que dá para perceber. Não gostam, não ouvem. Sempre me pareceu uma boa política.

"Angel Echoes", single do álbum "There is Love in You", o quinto dos Four Tet, editado pela Domino Records.

Bichos citadinos.

Continuam a chegar os novos álbuns.
Hoje é a vez dos Modest Mouse trazerem-nos ""Strangers To Ourselves", o seu sexto álbum de originais. O single que abre as (suaves) hostilidades é este "Coyotes". E o video, baseado numa história verídica, traz um simpático bicho a passear por Portland, via ferrovia local.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Versões XLIVI

Ainda a propósito do disparate Blue Monday Day e, pegando na posta anterior do meu mui venerado companheiro de discos, Dj Bruto, revelo mais uma cover do monumento sonoro que é "Blue Monday", dos New Order. Desta vez, a possível blasfémia está a cargo dos The Cloud Room, que se safam com alguma graça, pois optam por uma abordagem mais despida e inquietante, que sabe guardar aquele baixo pujante para o último minuto da versão.

Quase, quase New Order.

Falando em New Order... Foi já em 2005 que vi os New Order ao vivo no Super Bock Super Rock, em palco no mesmo dia que a aberração Black Eyed Peas e ensanduichados entre Loto e os Gift! Mau demais para ser verdade, não fora o competente concerto tocado pelos New Order, com uma setlist que incluia "Waiting for the Sirens' Call", "Krafty" ou "Love Vigilantes", para além dos expectáveis "Regret", "Bizarre Love Triangle" e "True Faith".

A banda lá continua , sem o fulgor de outros tempos, apoiados em Bernard Sumner, Stephen Morris e Gillian Gilbert. Mas lá está, para além da falta de juventude falta também Peter Hook, o outro cabecilha da quadrilha. Sem Hook os New Order não são a mesma coisa e o inverso também é verdade. Veja-se, por exemplo, o que Peter Hook and the Light andam a fazer.

Não obstante, há esforços a solo que se aproximam bastante do original. Exemplo disso foi o álbum de 1997 dos Monaco, que juntou Peter Hook a David Potts, o único elemento que tinha sobrado dos Revenge, um outro projecto paralelo de Hook.

Digam lá se este "What Do You Want From Me?" não soa mesmo a um single dos New Order?

Blue Monday

Parece que hoje é o Blue Monday Day. Se não sabem o que é isso vejam este link do Observador. Uma estupidez, certamente. Para mim são Blue Monday todos aqueles em que tenho de vir trabalhar.

Associação directa para esta quase-notícia é o hino dos New Order, aquela música de que já vos falei e que é impossível de melhorar. Por isso, toda e qualquer versão fica abaixo do original. E aquelas que melhor desempenho têm são as que quase nada mexem. Foi essa a boa opção dos entretanto já extintos Rabbit in the Moon.

Ideias para 2015.

A música é uma porcaria, mas o video tem um sentido de humor mórbido, mesmo daquele que gostamos por aqui.

O regresso dos The Wombats, com "Greek Tragedy", o primeiro single de avanço para o mais recente álbum, "Glitterbug". O pérfido video é da autoria de Finn Keenan e é um compêndio do que todas as groupies deviam fazer às boys bands e afins.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

THAT'S JUST SILLY - XX

Konnichiwa!

(vénia)

Hoje damos início ao estágio de preparação para a operação "Sol Nascente".

Primeiro exercício: pop-retro japonesa!
Chay, com a versão curta do êxito「あなたに恋をしてみました」(sei lá o que é que quer dizer!!!).

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Serviço público - VIII

O lendário produtor Daniel Lanois continua a promover o seu mais recente trabalho "Flesh and Machine".

Hoje vamos vê-lo a brincar com botões, ao vivo, nos já bem conhecidos Tiny Desk Concerts da NPR, acompanhado de dois grandes músicos: Brian Blade, na percussão, e Jim Wilson, no baixo.

Jazz electrónico? Anda lá perto...

Escapatória.

Neguemos a visão que a janela apresenta.
Imaginemos que não estamos rodeados de computadores, nem secretárias, nem pessoas chatas.

Estamos aqui, no novo single dos Peals, "Floating Leaf", do seu mais recente álbum "Walking Field".
E estaremos durante oito minutos e dez segundos de descontração e relaxamento.

Até já!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Do latim rapum.

Amigo Ruto, não me dês ideias tristes. Bem sabes que este cérebro está preso por dois neurónios interligados por um fio com uma resistência cem vezes inferior ao nylon...

Rabos. Sim é o tema desta posta. Nós pensamos muitas vezes nessa parte anatómica feminina (ouvi dizer que os homens também a têm apesar de ser algo que desconheço). Mas não somos os únicos. Há uns que tentam juntar algo semelhante a música para justificar umas miúdas imberbes a abanar uma dessas coisas que do outro lado do Atlântico denominam como bunda. Um dos maiores peritos nisso é o Holandês/Norte-Americano Armand Van Helden. Musicalmente está tudo dito (não há nada a dizer). Vídeos? É so procurar no anúnciotube.

Nova vaga francesa.

O meu comparsa DJ Ruto é muito gentil mas o Sr. Étienne de Crécy e rabos são tão bem abordados por ele como por mim. Aliás, quando há qualidade não é difícil falarmos sobre as coisas, verdade?

Pegando ainda que muito ligeiramente na deixa, fiquemos por terras dos Francos para abordar os Djedjotronic aka Jeremy Cottereau. Começou, como de certeza muitos outros, por ouvir os álbuns do pioneiro Jean Michel Jarre, ainda que tenha sido a descoberta do catálogo da mítica Warp Records que o fez querer compor como muitos dos artistas editados por essa label.

Editado em 2013 através da Zone Records, o EP "Abyssal Zone" traz-nos uma electro oldskool misturada com batidas techno, cujo primeiro single é apoiado por um vídeo estranho mas que conjuga na perfeição com a música. Mesdames et Messieurs, Djedjotronic.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Sacré Bleu! - V

Le "ferrenche tateche" (french touch) a retourné, mes amis!

O regresso de Étienne de Crécy, com o terceiro volume da saga "Super Discount", é já no dia 19 deste mês. O primeiro single, que já anda aí a dar cabo de traseiros, é este "Hastag My Ass", com um video que não deixa créditos por rabos alheios. Aliás, se é para falar de Étienne de Crécy, house music e senhoras a abanar rabos, passo a palavra ao meu companheiro de discos, Dj Bruto.
Ele é que é o connaisseur dessas áreas, eu sou apenas um entusiasta.



Se quiserem conhecer um pouco mais da história de Étienne de Crécy e dos seus comparsas nas aventuras "Super Discount", é verem o documentário que se segue, em inglês com sotaque francês.
Très amusant!!

Música virtual.

17:40 e ainda há luminosidade lá fora. Não há nada pior do que entrar e sair do trabalho ainda com as luzes da noite, sinónimo de que passamos demasiado tempo encafuados em escritórios a fazer não sei o quê para não sei quem.

Não pensemos pois muito nisso e aproveitemos para relaxar, eventualmente ao som deste "I'm God", dos Clams Casino. "Dos" ou "do", pois o Clams Casino é só um rapaz, que mistura música no sótão da casa dos pais e que através do seu computador brinca com temas já existentes. Exemplo perfeito da desconstrução musical que atravessamos e que redundará por certo em máquinas a fazer música para humanos, à la Wachowski Brothers.

Boca doce.

Foi um dos nomes que causou mais burburinho durante 2014.
Temos agora oportunidade para dissipar dúvidas, pois Ghost Culture lançou o seu álbum de estreia homónimo, no início deste mês. Do synth pop à lá Depeche Mode dos 80s, passando pelo techno e electro pop, Ghost Culture colocou o seu nome no mapa da música electrónica com o seu primeiro single, "Mouth". Seguiram-se "Giudecca" e, por último, "Arms".

Por aqui ansiamos em pôr as mãos, e ouvidos, no álbum e dissecarmos o bicho como deve ser.
Enquanto tal não acontece, recordamos "Mouth".

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Uma grande verdade.

Everybody likes to talk shit.
O novo single de Matthew E. White, "Rock 'n' Roll Is Cold", não poderia ter um verso mais certeiro.
Como primeiro avanço para o sempre difícil segundo álbum, "Fresh Blood", não está nada mau, não senhor. Vamos estar atentos a esta edição, que sai lá para março.

O video que apresenta a canção é o típico lyric video que agora está na moda, mas com uma animação engraçada.

Confirmem que o subwoofer está ligado.

Anidea é daquelas músicas que merece todo o nosso sistema sonoro a funcionar em perfeitas condições. As paisagens musicais criados pelos Guido não se assemelham a nada do que por aí anda, dificultando a aborrecedora tendência de se ter que comparar sempre algo a alguém. É o retorno a um dubstep mais orgânico e menos saltitante, este último tão do agrado das Ibiza e Magaluf deste planeta.

A minha.

"Housewife" é uma grande malha de Daan, compositor e produtor belga que aqui acertou em cheio na conjugação entre melodia, ritmo e inserção de componentes estritamente electrónicas. O restante trabalho do senhor é duvidoso, com coisas mais aceitáveis e outras nem por isso.

Agradeçamos-lhe, ainda assim, por este hino electrónico.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Beleza sintética.

"3Jane" é o mais recente single a ser retirado do álbum 'The Future's Void', de EMA (ou Erika M. Anderson), lançado no ano passado.
O video é realizado por Y2K.

Um pequeno encanto para servir de banda sonora à contemplação da luz invernal que banha a capital neste momento.

Batuques.

Espantamos o frio com Man Forever, projecto de Kid Millions, que se aliou a So Percursion, ensemble de percussão composto por Eric Cha-Beach, Josh Quillen, Adam Sliwinski e Jason Treuting, para criarem o álbum "Ryonen", lançado recentemente pela Thrill Jockey Records.

Apreciem esta manhã solarenga ao som dos tambores do single "The Clear Realization".

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Toca aquela! - XII

Voltar a 1991, à loucura do Acid House e ao monumento sonoro que é "Screamdelica", o álbum que voltou a colocar o rock nas pistas de dança.
Os Primal Scream com "Don't Fight It, Feel It".

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Há festa? - III

Há festa e há boa música neste novo "Girls in Peacetime Want to Dance".
Há muito boa música, aliás!
Ao contrário das minhas suspeitas iniciais, os sintetizadores não ofuscaram a graça dos Belle & Sebastian. O álbum é bom e recomenda-se para danças loucas e para danças mais calmas, que podem ser feitas ao som deste lindíssimo "The Cat with the Cream".

Mais logo, a menina dança?

Um(a) Imperial, sff.

Aqui vai um artista com potencial para agradar ao meu companheiro de discos, o distinto Eng. Dj Bruto: chama-se Michael Imperial (nudge, nudge), cria música electrónica de qualidade, principalmente no ramo da House, e chama-se Michael Imperial!! A subtileza nunca foi o meu forte...

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Restrição ou a falta dela.

Nasceram em plena euforia do trip-hop, na Inglaterra que celebrava o cruzamento de estilos musicais. 22 anos após a estreia com o álbum "Londinium", oito álbuns depois, não sei quantas mutações sonoras e mudanças de músicos, os Archive regressam com um trabalho novo, que será editado para a semana, com o nome de "Restriction".

Os quatro temas que foram dados a conhecer, como cartão de apresentação do novo álbum, e no qual se inclui este "Feel It", mostram uma banda a tentar manter o legado, mas a não convencer muito.  E não é preciso recuar muito para encontrar os Archive a fazerem grande música. Basta voltar a 2009 e ouvir o single "Bullets" do álbum "Controlling Crowds I-III".



sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Bonne année!

Começamos 2015 com sons de 2014.

E começamos em francês, com um dos projectos mais desafiante que a pop gaulesa apresentou-nos nestes últimos anos. Chamam-se Moodoïd e são uma espécie de primo mais freak dos suecos Goat.
Projecto de Pablo Padovani, filho do músico de jazz Jean-Marc Padovani, os Moodoïd praticam um som aparentemente alicerçado na pop psicadélica, que, quando menos se espera, salta para cima de estilos como a chanson française, soul, jazz e world music e dá uma ninhada de músicas tresmalhadas e rafeiras, difíceis de catalogar, mas divertidas de ouvir. E de ver, como poderão constatar nos videos que seguem.

Meninas e meninos, convosco, do álbum de estreia dos Moodoïd, "Le Monde Möö", os singles "La lune" e "Les chemins de traverse". Gosto particularmente da serpente-pila.