Toca aquela! - VI

Foi a canção banda sonora da estadia no Primavera Sound de 2011.
"The Best Person I Know", dos Cat's Eyes, tocava repetidamente entre concertos, enquanto os roadies preparavam o palco para a banda seguinte.

Voltar a esta música é voltar a Barcelona, com a melhor pessoa que conheço.

Toca aquela! - V

Estávamos em 2007 e este prometia ser um ano de mudanças positivas.
Os Blonde Redhead editavam "23", single promissor que também daria nome ao álbum.
Olhando em retrospectiva, 2007 não nos desiludiu. Nem os Blonde Redhead.

35 anos depois.

Kate Bush subiu ao palco do Hammersmith Apollo Theater, em Londres, onde em 1979 tinha dado o seu último concerto.
As críticas de quem viu e ouviu "Before the Dawn" são unânimes: regresso triunfal, com um concerto/performance teatral surpreendente, ao longo de 3 horas de espectáculo, em que a voz da Sra. Bush não falhou, mesmo com 56 anos de idade. Agora é repetir a dose nos próximos 21 dias.

Do álbum de 1985, "Hounds Of Love", recordamos uma das músicas que foi das mais aplaudidas da noite, "Running Up That Hill".

A cena original.

Com tantos putos a recriar o psicadelismo de finais da década de 1960, era óbvio que, mais cedo ou mais tarde, estes senhores tinham de vir à baila. Odiados por muitos, venerados por imensos, a instituição Pink Floyd é a uma das maiores referências do história rock do século XX.

Não irei-vos maçar com excessiva adoração a estes senhores, nem com dissertações sobre a história da banda. Há trilhentos especialistas de Pink Floy, espalhados pela internet, que providenciam esse serviço muito melhor que este vosso escriba.

O que me interessa mesmo é mostrar-vos como era a coisa genuína, como era a estética sonora e visual e, sobretudo, como se dançava ao som das vanguardas da altura.

Senhoras e senhores, um pedaço de história: os Pink Floyd com "Let There Be More Light", em setembro de 1968, no Le Bilboquet, em Paris.

Really groovy, baby!

Lugar ao sol.

Continuamos a surfar a onda psicadélica, agora com o novo single dos Temples para o seu álbum de estreia, "Sun Structures".
"The Golden Throne" é a melhor canção do disco, na minha modesta opinião. Mas teve direito ao video mais fraquinho que a banda apresentou até agora. Tentativa infantil de fazer uma coisa retro-kitch à la 60's, mas descambaram para o lado camp amador. Nem um vislumbre de maminhas safa a coisa. Fica a canção, verdadeira pérola pop-retro, com uma linha de órgão magnífica.

Montanha abaixo.

Os canadianos Elephant Stone são mais uma banda da vaga pop-retro-psicadélica que por aí anda há uns anos, e que tem nos Tame Impala o seu nome mais conhecido (e talentoso).
Tal como outros projectos musicais, os Elephant Stone ouviram umas doses valentes de Kinks e Beatles (sobretudo as colheitas de final da década de 1960), que os levou a tropeçar na música tradicional indiana e atacarem as lojas de instrumentos vintage.
Chega-nos agora o seu álbum mais recente, "The Three Poisons", editado neste mês.
O single de apresentação, cheio de rebeldia juvenil, é este "Knock You From Yr Mountain".

Groovy, man!

Oh lá lá.

Novo projecto do francês Jean-Benoît "AIR" Dunckel, com o islandês Bardi Johannsson (entre outras coisas, colabora com a francesa Keren Ann no projecto Lady & Bird). Chama-se Starwalker e basicamente é mais do mesmo que Dunckel já fazia nos AIR.
Não deixa de ter a sua piada, mas também não apresenta nada de novo.
Fiquem com mais um video retro-estiloso.

Toca aquela! - IV

Artic Monkeys em 2009.
O terceiro álbum deles dá pelo nome de "Humbug" e esta era a melhor canção do álbum, "Cornerstone".

Gente pitosga.

Ainda de volta das coisas que Stuart Murdoch fez com no seu projecto God Help The Girl, aqui fica outra pérola que não teve direito a aparecer no álbum homónimo, mas que teve edição como single, em 2010.

"Baby, You're Blind", com a voz (e bonita presença) de Linnea Jönsson, dos suecos Those Dancing Days.

Olé!

Da Islândia até ao México, via sintetizadores e computadores.
"México", novo single dos GusGus, para o álbum com o mesmo nome.

Toca aquela! - III

Recordamos o primeiro single, "Come Monday Night", de God Help The Girl, projecto-conceptual de Stuart Murdoch, dos Belle and Sebastian, em 2009. Stuart conseguiu finalmente arranjar financiadores e cast para transpor o álbum ao cinema e transformá-lo numa longa metragem. Confesso que sou fã de todas as coisinhas que Murdoch faz, mas estou algo receoso com o resultado final deste filme.

Para quem tiver paciência para jogar às diferenças, pode ver o video da mesma canção no filme, interpretada pela actriz australiana Emily Browning.

Eu fico-me pelo original e pela voz de Catherine Ireton.

Clash of Titans.

Scott Walker + Sunn O))) = Soused!

É a tempestade sonora perfeita que chega-nos de Londres, onde o lendário Scott Walker gravou um álbum com os reis do Drone-Experimental-Jazz-Metal Sunn O))).
O álbum chama-se "Soused", tem 50 minutos de música distribuidos por 5 faixas.
Promete ser uma obra desafiante de convenções e da capacidade auditiva dos seus ouvintes.

Eu já estou a salivar pelo bicho, só de ouvir/ver este aperitivo...

Toca aquela! - II

"Under the Pressure" é o novo single dos The War on Drugs para o seu mais recente "Lost In The Dream".
Deixemo-nos guiar por esta beleza até casa.

Go Annie!

A nossa guitarrista favorita mostra-nos como se faz magia ao vivo.
Annie "St. Vincent" Clark ao vivo no festival Pitchfork, com a sua "Cheerleader".
De babar...

Toca aquela!

Chama-se "Plus d'Hiver".
Aparece no álbum "Les Retrouvailles", de 2005, e é cantada pela Sra. Jane Birkin.
Yann Tiersen a fechar a nossa tarde.

Pop inteligente.

Voltamos hoje aos Broken Bells de James Mercer e Brian "Danger Mouse" Burton para mostrar como se faz música pop bem pensada e de qualidade. "High Road" foi um dos singles do álbum homónimo de estreia, de 2009, e pertence a uma categoria de músicas que possuem qualidades de encaixe sonoro à primeira audição: melodias trauteáveis que parecem simples, mas que dão um belo trabalho a parecerem fáceis, vocalizações limpas e harmoniosas e, o mais importante, hooks bem conseguidos, que não são mais que pequenas frases musicais, vocais ou instrumentais, que agarram o ouvinte e que ajudam a fixar a música na memória.

Ora vamos lá viciar o vosso dia.

Verão chuvoso.

Para começar esta semana com alguma estaleca, aqui ficam os James, com o novo single do seu mais recente "La Petite Mort". Dá pelo nome de "Curse Curse" e apresenta-nos os James a brincar à música de dança electrónica.
Não é mau. Mas já ouvimos coisas melhores desta gente.

P.s.: curiosidade do video? É todo de produção portuguesa, filmado no Festival Meo Marés Vivas deste ano.

O lado B da coisa. - II

Voltamos a "The Third Eye Centre", último dos Belle and Sebastian, compêndio de lados B e remixes, para ver o video de "Your Cover's Blown", com o toque de midas na mistura dos Miaoux Miaoux.
Divirtam-se com este pesadelo cor-de-rosa.

O que já se sabia.

Novo video para os Arcade Fire.
A música escolhida foi este "You Already Know". Só não sabíamos que o video seria tão "caseirinho".
Mas já vimos muito pior. Pelo menos tem algum sentido de humor.

Euforia contida.

De Brighton, Inglaterra, chegam-nos os Phoria, que lançaram no ano passado o EP "Bloodworks".
Vamos conhecê-los com este "Red".

Viagem de regresso.

Para o meu companheiro de discos que regressa em breve, aqui ficam os desejos de boa viagem.

Gente comum mas cheia de graça. - II

Domingo, o dia do senhor, foi dedicado ao filho dele, J. C..
O novo documentário sobre Jarvis Cocker e os seus apóstolos, encheu de graça a nossa vida comum. "Pulp, a Film about Life, Death and Supermarkets" é um testemunho de vida de uma banda e da terra que a viu nascer, crescer e tornar-se alguém. Divertido, nostálgico, educativo e terrivelmente emotivo, o documentário de Florian Habicht é uma declaração de amor das gentes de Sheffield à sua banda maior e de como o romance se mantém, 30 anos depois da estreia nas lides musicais.

Fica o trailer do filme e "Little Soul", atestado de maturidade e talento dos Pulp, em 1998.

Futuro incerto.

Novo álbum dos meus galeses favoritos, "Futurology". Depois da nostalgia e reflexão do último "Rewind The Film", os Manic Street Preachers vão buscar inspiração a Berlim e à influência que esta cidade teve no contexto musical da década de 1970 e no ressurgimento do poderio alemão na Europa de hoje.
Fica o single que dá nome ao álbum. Não estou deslumbrado por esta e outras faixas que já ouvi.
Mas qualquer coisa que os MSP editem é melhor que 90% da música mainstream que se ouve por aí.

Verdade, verdadinha.

Continua a rodar por aqui o álbum dos Secret Colours, "Positive Distractions".
Chega o mais recente video para "Quite Like You", e chega muito bem, pois é mais um recado acertado lá para casa.

O título diz tudo.

Portanto vou até ali, que estou a precisar dela.

Serviço público - VII

Jeff Tweedy, dos Wilco, tem um novo projecto em que conta com o filho de 18 anos, Spencer, na bateria. Deu-lhe o nome de Tweedy. Original, como podemos ver.
O álbum sai para o próximo mês e chama-se "Sukierae".
A rádio pública norte-americana NPR, à qual devemos tão bons concertos, decidiu convidá-lo a fazer um mini-unplugged, aquando da passagem dos Tweedy pelo festival de folk de Newport deste ano. Juntaram o grupo de músicos, incluindo Jess Wolfe e Holly Laessig dos Lucius, fizeram uma bateria de lixos que por ali se encontravam e tcharan!

Retró-piroso.

São australianos e dão pelo nome de Retiree. Vão lançar o seu EP de estreia para o final do ano .
Por agora brindam-nos com este "Altruisme", um verdadeiro mergulho nas piroseiras sonoras dos 80's.
Bonjour!

O regresso à montanha? - II

A faixa mais "Felt Mountain" do último "Tales Of Us", de Goldfrapp, teve direito a single e video.
"Laurel" é um passeio melancólico pelas sonoridades do primeiro álbum.
Um voltar ao lugar de partida mas com mais cabelos grisalhos.

Versões - XXXII

Ainda a desbravar esse objecto único que dá pelo nome de "Loud City Song", encontramos uma versão etérea do clássico de Barbara Lewis, "Hello Stranger", que chegou a número um da tabela americana de R&B, em 1963. Julia Holter apropria-se da canção e sacode-a do seu ritmo dançante-ó-maroto, esticando a estrutura base da música de uns míseros dois minutos e meio para uns valentes seis minutos e dezasseis segundos, criando uma suave tapeçaria sonora que adorna a voz cristalina de Holter.

Uma senhora cover!

Novo mundo.

Chegou-me aos ouvidos com quase um ano de atraso. Mas, mais vale tarde do que nunca, como se diz.
A norte-americana Julia Holter é uma artista/performer que se estreou nos discos em 2011 com o álbum "Tragedy". Lançou em 2012 o sempre difícil segundo álbum, "Ekstasis". Mas foi no ano passado que nos trouxe o seu melhor disco, "Loud City Song". Disco percorrido por uma suavidade perturbadora, quase à beira do resvalar trágico, tudo alimentado por uma estranha amálgama de jazz, ambient, experimental music e pop barroca.
O primeiro single a ser retirado do trabalho mais recente é este "World", que abre o disco e é uma bela resenha do estado actual da obra da Sra. Holter.

David Lynch, queremos esta senhora a fazer as próximas bandas sonoras dos seus filmes!!!

Depravadice insular.

Para o meu companheiro de armas, que está a gozar umas merecidas férias longe das trincheiras, aqui vai uma música inspiradora para o que fazer no seu love shack.
Trata-se do novo single dos islandeses GusGus, "Obnoxiously Sexual", do mais recente "Mexico".
Não é das melhores faixas, mas cumpre o objectivo.
Adios, muchacho!