quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Títulos xaroposos. III

Mais duas músicas de "Love Is Magic", o novo álbum de John Grant. "He's Got His Mother's Hips" e "Touch & Go" são as novidades que foram apresentadas hoje e que fazem subir as expectativas em redor do novo trabalho de Grant.



terça-feira, 28 de agosto de 2018

Não escapem a isto.

O norte-americano Ian Svenonius é uma alma antiga. Daquelas bem conservadas em formol de rock, garage rock, punk, soul, religião e teoria política. Sim, é uma mistura estranha, mas estamos a falar do mentor de bandas com nomes tão fascinantes como Nation of Ulysses, The Make-Up (que, segundo Svenonius, 'inventaram' o som Gospel Yeh-Yeh), Weird War, XYZ, Chain and The Gang e, mais recentemente, os Escape-ism.

Nesta última encarnação, Ian Svenonius convocou o espírito dos Suicide e enfiou-o no cadáver dos The Cramps, baptizando-o de Escape-ism. Com já três álbuns lançados no ano passado, o incansável Svenonius chega a 2018 com 50 anos feitos e sem perceber o significado do verbo abrandar, pois já tem marcado para dia 7 de setembro o lançamento de "The Lost Record", o quarto disco dos Escape-ism.

Familiarizem-se com a doutrina Svenonius através dos singles "Bodysnatcher" e "Nothing Personal".

Os vídeos são da fotógrafa Alexandra Cabral.



segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Feios, maus e deliciosamente inseguros. - II

"Insecure Men", o álbum homónimo de estreia da banda de Saul Adamczewski e Ben Romans-Hopcraft continua a ser a referência discográfica mais inconveniente de 2018. Para não haver dúvidas do que afirmamos, fiquem com o mais recente single "Cliff Has Left the Building", dedicado a Sir Cliff Richard. O vídeo é de Niall Trask.



Para quem quiser descobrir um pouco mais de que massa são feitos estes homens inseguros, fiquem com a atuação da banda na sexta-feira passada, no Rock en Seine, em Paris.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Coisas que nos fazem felizes.

Islândia.
Reiquiavique.
Ólafur Arnalds a falar sobre o seu novo álbum, "Re:member".
E também metem Londres no pacote!
Happy days!

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Shimmering neon lights (...)

Os Soft Cell de Marc Almond e de David Ball acordaram de uma longa hibernação de 15 anos e presentearam os fãs com duas músicas novas. Chamam-se "Northern Lights" e "Guilty (‘Cos I Say You Are’)” e podem ser encontradas na nova compilação da banda "The Singles - Keychains & Snowstorms", que será lançada no dia 28 de setembro.

Para já, fiquem com "Northern Lights". Não é genial, mas comparada com o lixo musical que diariamente dá à costa, a nova música dos Soft Cell é uma sereia bem apetitosa.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Robôs dóceis.

Há projectos musicais difíceis de definir, seja pela falta de congruência entre álbuns, por serem algo tão diferente que é impossível catalogá-los ou simplesmente porque estão, de facto, a criar algo de novo, que só posteriormente será definido pelos experts na matéria - isto é, pessoas como o DJ Ruto e o DJ Bruto!

Esta banda é um caso em que, apesar do eclestismo musical, a diferenciação é conquistada através das roupas, vídeos e conceito cénico. Os Steam Powered Giraffe inserem-se numa subsubsubcorrente denominada steampunk, combinando música, robôs, ballet, pantomina, comédia e tudo o mais que possa entreter o menino e a menina.

É preciso ver e ouvir uns vídeos desta rapaziada para perceber o que eles pretendem transmitir. Não é fácil...

Do álbum "The 2¢ Show", fiquem com "Honeybee", com destaque para a fantástica voz de suporte de The Spine (David Michael Bennett), um dos mentores do projecto e o melhor robô de todos.

Sem turistas e sem coca.

Será só em Novembro que "No Tourists" verá a luz do dia, o sétimo álbum de estúdio dos britânicos The Prodigy. Longe vão os tempos em que os álbuns destes tecno-terroristas geravam enorme expectativa, mas isso tem a ver com modas e o excesso de novas bandas e músicas com que diariamente passámos a ser bombardeados. Na verdade, um álbum dos U2 ou dos Metallica também já não cria o mesmo nível de ruído do que o faria na década de 80 ou 90.

"No Tourists" já tem um single de avanço, este "Need Some1", filmado em Manila por Paco Raterta. Segue um guião similar a "Smack My Bitch Up" e em termos musicais é uma continuação do que a banda nos vem oferecendo. Não entusiasma, mas pelo menos mantém a máquina a rolar.

Como "remixer" o Liam é, sem dúvidas, fantástico. mas é melhor deixar a coca e regressar aos tempos dos sintetizadores analógicos que contribuíram para o som único dos The Prodigy na década de 90.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Uma década revista e amplificada.

Os franceses Justice preparam-se para celebrar 10 anos de carreira com "Woman Worldwide", um álbum de revisão da matéria dada pelo duo, mas com novo tratamento de estúdio. Fica o teaser da coisa e a versão musculada de "Chorus", do último álbum de originais "Woman".

O álbum sai na próxima sexta-feira, dia 24.



sexta-feira, 10 de agosto de 2018

It's alive!

Sim, drum and bass não é os estilo mais na moda neste momento. O pessoal quer é funk carioca e reggaeton. Mas há um cantinho em mim que não se consegue desligar desta batida veloz e de loops infindáveis.

"Though Guys Don't Dance" é o terceiro álbum de originais do músico e produtor galês Lincoln Barrett, aqui no seu projecto High Contrast. Fiquem com "If I Ever", segundo single para este álbum de 2007.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Títulos xaroposos. II (edição canina)

Já tínhamos dado a notícia aqui. Hoje apresentamos o vídeo oficial para "Love Is Magic".

Duotron memória.

"Marilú", dos Ena Pá 2000, no álbum "Enapália 2000", lançado em 1991.

Porquê?

Porque é preciso.



(O vídeo de "Marilú" foi exibido pela primeira vez no saudoso "Popoff", da RTP 2. Emitido entre setembro de 1990 e agosto de 1993, este programa foi responsável pela educação musical de muitos portugueses, com apresentação de Sofia Morais. Tempos mais saudáveis...)

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Partículas de prazer.

Continuamos pela Islândia, que deve estar com uma temperatura bem mais simpática que por aqui.
E continuamos com o Ólafur Arnalds e o seu belíssimo "Particles", que conta com a presença da sua conterrânea Nanna Bryndís Hilmarsdóttir (Of Monsters and Men). A música pertence ao álbum "Island Songs", de 2016.

O vídeo é de Baldvin Z.

Serviço público - IX

Não nos cansamos de querer mostrar ao mundo como um islandês de 32 anos de idade pode ser um dos mais talentosos músicos do século XXI. Ólafur Arnalds visitou os estúdios da NPR e nós ficámos a salivar pelo concerto de 13 de março do próximo ano.

Deixamos aqui um excerto das palavras do músico e apresentador da NPR, Bob Boilen, quando explica aquilo que presenciou nos estúdios da sua rádio:

About ten minutes into the performance Ólafur looked behind him at the two pianos, looked to the NPR crowd and said, "well I guess you're all wondering 'what and why,' to which there's no easy answer." He hit the keys on his electronic keyboard and the two pianos behind responded with cascading, raindrop-like notes. "What I can say," he continued, "is that I've spent two years and all of my money on this — to make my pianos go bleep-bloop." What Ólafur was referring to is software that he and his coder friend, Halldór Eldjárn developed. A computer, loaded with this musical software (which Ólafur calls the Stratus system), "listens" to Ólafur's keyboard performance and responds by creating patterns that are musically in tune with the chord or notes Ólafur performed.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Aparelhos dentários.

Como sabem, aqui no Duotron não aceitamos pedidos, mas concedemos em algumas questões desde que partilhemos do mesmo gosto. Fale-se, por isso, do Sr. Damon Gough, mais conhecido como Badly Drawn Boy, rapaz que anda desaparecido das lides musicais mais que teve uma entrada fulgurante no novo milénio, com 4 álbuns de grande sucesso, editados através da XL.

"Once Around the Block", de "The Hour of Bewilderbeast" (2000), num dos momentos altos da carreira do autor.

O negro nele.

A compilação chama-se "Memento Mori (Anthology 1978-2018)" e reúne alguns dos melhores momentos da carreira de Barry Adamson. Nascido em 1958, o inglês é músico, produtor, fotógrafo, cineasta e escritor. Possui um currículo de fazer inveja a qualquer um: foi baixista nos Magazine, nos Buzzcocks, nos famigerados The Birthday Party de Nick Cave e Mick Harvey passando depois a ser parte integrante dos The Bad Seeds, colaborou com os Visage e Pan Sonic, remisturou gente tão ilustre como os Depeche Mode, The Jon Spencer Blues Explosion e os Grinderman. David Lynch e Danny Boyle convidaram-no a colaborar nas bandas sonoras de "Lost Highway" e "The Beach", respectivamente.

A solo editou "apenas" nove álbuns de originais e oito EP. "Oedipus Schmoedipus", de 1996, é considerado um dos melhores álbuns da década de 1990.

Recordamos aqui dois momentos chave da carreira a solo de Adamson: a estreia em 1989, com o álbum conceptual "Moss Side Story", espécie de banda sonora para um filme noir inexistente, que tinha esta versão deliciosa do tema de abertura do filme "The Man With The Golden Arm", de 1955, composto por Elmer Bernstein. Depois ponham o volume no máximo para acolher a faixa de abertura de "Oedipus Schmoedipus", o contagiante "Set The Controls For The Heart Of The Pelvis", que conta com a voz de Jarvis Cocker.

Façam o favor de descobrir Barry Adamson.