quinta-feira, 30 de abril de 2015

Vida de p#ta.

Há dias em que me sinto assim.
Já vendo a arte e talento por tuta e meia, não tarda nada também venderei o corpo.

"Friday Night" de Douze, com Lawrence LT Thompson nas vozes.

Efeméride.

No passado dia 28 de Abril "comemorou-se" o 35º aniversário da gravação do vídeo de "Love Will Tear Us Apart" dos Joy Division, uma das melhores músicas de sempre e cujas letras eram sintomáticas do turbilhão por que passava Ian curtis, nomeadamente o tumultuoso casamento com Deborah Curtis.

O vídeo tem diversos ses importantes, em particular por ser o único clip promocional que os Joy Division produziram, até porque Ian Curtis suicidou-se pouco mais de três semanas após a sua gravação. Em algumas partes a imagem aparece acastanhada, o que parece que foi não intencional. Tem o seu quê de marcante, a par da ausência da típica dança da chuva de Curtis, aqui mais parado do que o habitual, agarrado a uma guitarra Eko de 12 cordas.

Fica a recordação.

Gente com coisas para dizer. II

Martin L. Gore dispensou uns minutos do seu tempo para falar do seu novo trabalho a solo, o instrumental "MG". Já aqui falei dele e, depois de umas quantas audições, posso dizer que tem os seus momentos, mas não é um álbum essencial, embora fã que é fã dos Depeche Mode deve dar-lhe uma audição cuidada.

E aqueles sintetizadores, por Tutatis, aquela parede de sintetizadores, que coisa maravilhosa!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Queremos ver!!

Continuamos numa de divulgar filmes.

Ainda sem data de lançamento entre nós, sendo o cenário mais provável a edição em DVD/Blu-Ray, "Lost River" é a primeira aventura de Ryan Gosling como realizador.

A banda-sonora do filme ficou a cargo de Johnny Jewel, o patrão da editora "Italians Do It Better" e mentor dos Chromatics e Glass Candy. É de lembrar que os caminhos de Jewel e Gosling já se tinham cruzado no filme "Drive", em que Johnny Jewel foi o responsável pela magnífica banda-sonora da película protagonizada por Ryan Gosling. Pode ter sido o nascimento de uma bela parceria, pois por aquilo que nos foi dado a escutar, a banda sonora de "Lost River" promete alimentar o ar surreal e misterioso prometido pelo trailer do filme. E a curiosidade de colocar os actores a cantar até pode ter um final feliz, como esta bonita interpretação de Saoirse Ronan para o tema "Tell Me".



terça-feira, 28 de abril de 2015

Novidades telegráficas. - X

"Reflections" é o novo single dos Django Django para o seu mais recente álbum "Born Under Saturn", que é editado para a semana. Gostei da música. O video tem alguma piada, mas já vi melhor deles.

A Quimigal novamente em força.

Amigo Dj Ruto enviou a este vossa escriba o avanço para o novo álbum dos Chemical Brothers, "Born In The Echoes", a sair lá para Julho deste ano. A malha não é prometedora mas isso nem sempre quer dizer que o álbum, no seu todo, seja mau. Teremos mesmo de aguardar e ver (ou ouvir, no caso).



Deixo-vos ainda com um outro sonoro dos Chemical, na fase áurea dos senhores. Do álbum de 2002, "Come With Us", fica o excelente "Star Guitar", com vídeo dirigido pelo Michel Gondry e uma piscadela de olho a "Starman" do David Bowie.

50 caves da Aústria.

Não é todos os dias que uma plateia de cinema se agonia em colectivo.

Lisboa teve ontem o privilégio de levar com um valente aperto nos tomates, cortesia do documentário que passou no Indie Lisboa "In The Basement", do realizador austríaco Ulrich Seidl.

Entre saudosistas do nazismo, gente demente de toda a espécie, apreciadores de caves como santuários de tempos mais felizes (??!?) e praticantes (fanáticos) de sadomasoquismo e dominação, o filme é um retrato assustador de austríacos aparentemente normais, mas que se transcendem quando descem às suas caves.

Essencial de ver, difícil de aguentar os seus 85 minutos de duração.



P.S.: Nunca mais me venham cá falar da soft-porno-chachada que andou aí a fazer furor pelas salas de cinema e a pôr moçoilas e respeitáveis senhoras a ler manuais de como umas palmadas no rabo fazem maravilhas pelo romantismo moderno. A ficção bem se esforça, mas nunca ultrapassará a demência da realidade.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Pork Recordings.

Nota aqui neste nosso cantinho musical na internet para os Fila Brazillia, dupla de Hull que em cerca de 10 anos editou 9 álbuns, até se separarem silenciosamente lá para os idos de 2004/2005.

Muito ligados à pequena Pork Recordings, também ela de Hull, os Fila produziram do melhor Techno e Ambient Techno da década, sendo que os álbuns "Luck Be a Weirdo Tonight" e "The Life and Times of Phoebus Brumal" têm um cantinho especial na prateleira dos CD's lá de casa.

A propósito, ontem gravei um CD para entregar em conjunto com um trabalho que fiz, sendo que quando o entrego a resposta vem surpreendente: "obrigado, mas os nossos computadores já não trazem leitor de CD". Trazem então o quê, um iphone incorporado? Por deus...!




quinta-feira, 23 de abril de 2015

Ao microscópio.

Os Sound Of Ceres são um projecto dos norte-americanos Karen Hover e Ryan Hover. Também conhecidos pelo seu trabalho nos Candy Claws, a dupla apresenta agora neste novo projecto uma "dream pop" talhada com a ajuda de gente tão respeitável como: Jacob Graham (The Drums), Robert Schneider (membro dos Apples in Stereo e produtor de bandas como Neutral Milk Hotel, Olivia Tremor Control e Of Montreal), John Ferguson (Apples in Stereo) e Ben Phelan (Apples in Stereo).

O primeiro destaque dos Sound of Ceres dá pelo nome de "Bryn Marina" e tem um video, no mínimo, fantástico.

terça-feira, 21 de abril de 2015

O verdadeiro fã.

Nunca fui de cartazes, de gritos ou de histerismos pelas bandas que gostei (ou gosto). O melhor tributo que lhes posso fazer é respeitar os seus trabalhos, comprar os álbuns e ir aos seus concertos.

Os Orbital são uma paixão antiga ainda hoje existente. Dos poucos que já me fizeram sair de Portugal para assistir a um concerto. E a fazer coisas disparatadas típicas de fã incondicional. Como pegar num carro alugado em Londres, com mais dois amigos, e tentar repercutir precisamente o percurso filmado neste clip. Não foi fácil, demorámos umas horitas, perdemo-nos inúmeras vezes, mas genericamente foi feito. Muitas cervejas depois e imensas repetições deste "Never" acho que conseguimos. Faltou a GoPro para registar o feito. Mas ficou nas nossas memórias.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Foi ontem e foi bom!

Os avôs Kraftwerk continuam em forma numa carreira que abrange já cinco décadas.

O público esse continua cada vez pior. Ganzas, cigarros, telemóveis, tablets, conversas infindáveis sobre a telenovela e o casamento da Pimpinha...! Eu para dar 35€ para ver um concerto tenho de pensar muito bem. Há muita coisa boa que eu gostaria de ver mas o tempo ($$$$) não dá para tudo. Agora, quando vou é para ver o concerto. Não para estar a aturar anormais. Se é para aquilo porque é que não vão para Santos beber imperiais a 50 cêntimos?

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Estado de alma. - II

E para finalizar uma semana dos infernos, soltar a alegria de ir passar uns dias com quem importa.
Tudo ao som deste belo video do Sr. Dan Snaith, aka Caribou, para "Can't Do Without You", que já aqui tínhamos rodado.

Estado de alma.

Mais um video bem representativo do meu presente estado de alma.
Já para não falar do humor...

Ariel Pink, com "Jell-O", do seu mais recente "Pom Pom".


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Valentina!!

Mais uma para a banda sonora da aventura espacial que os Public Service Broadcasting decidiram recriar no seu álbum "The Race For Space". Depois de "Gagarin", chega-nos o single "Valentina", homenagem à primeira mulher a ir ao espaço, a russa Valentina Tereshkova, em 16 de junho de 1963, na nave Vostok VI.

As vozes estão a cargo das Smoke Fairies.

O álbum vale muito a pena.

A saudade e a dor.

Depois do Sr. Rice e do seu romantismo exacerbado, atacamos com mais uma posta de levar às lágrimas: o vencedor do álbum "parte-corações-passa-o-Prozac" do ano (pelo menos até agora).

O regresso de Sufjan Stevens ao folk intimista, com o álbum "Carrie and Lowell", dedicado à falecida mãe e ao companheiro dela, o actual gerente da editora fundada por Stevens, a Asthmatic Kitty Records.

Hoje trago a minha faixa favorita, "Fourth Of July", monumento à perda e à despedida, arrepiante diálogo entre Sufjan Stevens e a sua mãe no leito de morte.

Fica a música, o poema e o aviso que isto não é para todos.
Mas a memória e a saudade daqueles que nos fazem falta merecem homenagens assim.



The evil it spread like a fever ahead
It was night when you died, my firefly
What could I have said to raise you from the dead?
Oh could I be the sky on the Fourth of July?

Well you do enough talk
My little hawk, why do you cry?
Tell me what did you learn from the Tillamook burn?
Or the Fourth of July?
We’re all gonna die

Sitting at the bed with the halo at your head
Was it all a disguise, like Junior High
Where everything was fiction, future, and prediction
Now, where am I? My fading supply

Did you get enough love, my little dove
Why do you cry?
And I’m sorry I left, but it was for the best
Though it never felt right
My little Versailles

The hospital asked should the body be cast
Before I say goodbye, my star in the sky
Such a funny thought to wrap you up in cloth
Do you find it all right, my dragonfly?

Shall we look at the moon, my little loon
Why do you cry?
Make the most of your life, while it is rife
While it is light

Well you do enough talk
My little hawk, why do you cry?
Tell me what did you learn from the Tillamook burn?
Or the Fourth of July?
We’re all gonna die

Para ela. - V

É todo para ela.
Prelúdio daquilo que ela vai ver e ouvir no Primavera Sound. Não lhe garanto companhia, pois a agenda de concertos é intensa e o Sr. Rice não é das minhas escolhas óbvias, mas logo se vê...


segunda-feira, 13 de abril de 2015

O tipo que dá tudo.

É uma das bonitas surpresas de 2015. O novo disco do projecto de Connor O’Brien, Villagers, chama-se "Darling Arithmetic" e já o tínhamos antecipado aqui.

Às primeiras audições percebe-se que é um disco muito pessoal, muito belo e de uma honestidade desarmante. Hoje chega-nos o segundo single e segunda faixa do disco, "Everything I Am Is Yours". O video tenta fazer jus à qualidade da música, mas esforça-se demasiado e borra ligeiramente a pintura. Mas a canção é uma bela canção.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Beleza rara.

"Tropic of Cancer" é o novo single de Panda Bear, extraído do seu mais recente "Grim Reaper".
É a minha canção favorita do álbum e uma das minhas candidatas a canção do ano.
Momento sublime da discografia de Noah Lennox, aka Panda Bear, é uma carta de amor aos trejeitos vocais que Brian Wilson criou para os seus The Beach Boys.

O video é a alucinação habitual que Panda Bear e os seus comparsas Animal Collective nos habituaram, com a particularidade de este ser realizado por outro Animal Collective, Dave Portner, aka Tex Avery.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Versões - XLVIII

O nosso passarinho preferido, Andrew Bird, decidiu homenagear os The New Pornographers, com uma versão quase folk-country de "Fake Headlines", do álbum de 1995 "Mass Romantic".

E por falar nos The New Pornographers, quem é que os vai ver em junho, quem é?
Ah pois é...

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Novidades telegráficas. - IX

Continuamos a cheirar o oriente com os Blur. Novo single, "Lonesome Street ", para "The Magic Whip", que sai no dia 27 deste mês. Gostei mais do single anterior.

THAT'S JUST SILLY - XXV

O 2 em 1.
Dois videos, dois.
Para os novos singles dos franceses Moodoïd, "Heavy Metal Be Bop 2", e para os ingleses The Vaccines (que começam a ser regulares nesta secção de tontices), com a música "Dream Lover".

Qual deles o mais tonto, não sei. Mas que são ambos divertidos, são!



Novidades telegráficas. - VIII

Mais um single para o novo álbum dos Hot Chip. Chama-se "I Need You Now" e o video é melhor que a canção.

De regresso de terras do imperador Akihito.

O novo single dos We Have Band chama-se "Out The Woods" e o video conta com as TOMATO, uma trupe dançante da prefeitura de Chiba, no Japão. Como estivemos a menos de 100 kms de Chiba, achei que era um bom video para ilustrar o (custoso) regresso ao mundo ocidental.