segunda-feira, 30 de julho de 2018

Super Super!

Esta coisa dos super-grupos ou super-bandas é por ondas: num ano podem aparecer 4 ou 5 projectos, noutros 1 ou mesmo nenhum. Na realidade, na maioria dos casos de super não há nada. Veja-se, a título de exemplo, o super-grupo elencado na lista que existe sobre esta temática na Wikipedia, para o ano de 2018: LSD, composto por Diplo, Sia e Labrinth. Quem? O que é que estas pobres almas fizeram pelo progresso da música? Labrinth? Uma coisa que tem um álbum de estúdio editado?

Tempos houve em que super-grupo designava isso mesmo: um conjunto de artistas, reconhecidos pelo seu trabalho a solo ou em outras bandas, que se juntavam para criar um novo projecto.

Compare-se os fantásticos LSD com os Traveling Wilburys, super-grupo criado no final dos anos 80 e que incluía: George Harrison (The Beatles), Roy Orbison, Tom Petty (com os seus saudosos Heartbreakers), Bob Dylan e Jeff Lynne (Electric Light Orchestra). Os pobres LSD certamente que não pediram para serem rotulados de super-grupo, mas com a lista de membros dos Wilburys é muito complicado alguém poder vir a calhar nessa categoria.

O percurso dos Wilburys foi curto, em função da morte de Roy Orbison. Entretanto, também George Harrison e Tom Petty faleceram, o que limita o contributo da banda a dois álbuns de estúdio. Ainda assim, os suficientes para deixar uma marca na história da música.

"Last Night", do álbum de 1988 "Traveling Wilburys Vol. 1".

A resistência ainda anda por aí. - II

"People Give In" é o mais recente single dos Manic Street Preachers. A faixa que abre o álbum "Resistance Is Futile" é um daqueles hinos de intervenção rock a que os galeses nos habituaram, aqui exibido com toda a energia que os Manic colocam nos seus concertos.

Inspirador!

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Heroes to Zeros.

Foram das bandas mais inovadoras e divertidas de finais do século XX, princípios do século XXI. De 1996 a 2004, os escoceses The Beta Band deram-nos música que combinava rock, pop, folk, trip-hop, electrónica e muito humor. "The Three E.P.'s", "The Beta Band", "Hot Shots II" e "Heroes to Zeros" são discos essenciais para se saborear o que eram os cozinhados sonoros da banda e que merecem ser escutados outra vez e outra vez e outra vez.

Também era gente que confeccionava bons vídeos. Desconcertantes e divertidos, são um retrato fiel do que é o som The Beta Band aplicado ao visual. Mesmo quando fazem um vídeo de dez minutos só a gozar com o seu local de origem.





quinta-feira, 19 de julho de 2018

Olhem quem está de volta!

Ainda há uns tempos questionávamo-nos sobre o que era feito de Chan Marschall, mais conhecida pelo seu nome de guerra: Cat Power.

A resposta chegou hoje, com a notícia do regresso da artista norte-americana aos discos. Chama-se "Wanderer", é editado a 5 de outubro e sucede a "Sun", que datava de 2012. Para já, temos como aperitivo este "Wanderer (Intro)" e ficámos com muita curiosidade para ouvir mais!

O vídeo é de Greg Hunt.


Fantasma que estás aí, fala comigo.

Richard Reed Parry (Arcade Fire) prepara-se para lançar dois álbuns a solo. O primeiro disco, "Quiet River of Dust Vol. 1", sairá a 21 de setembro. O segundo disco, "Quiet River of Dust Vol. 2", será lançado no equinócio da primavera de 2019. Os fãs de Arcade Fire podem ir pregar para outra freguesia, pois as composições que o músico canadiano se prepara para lançar pouco têm a ver com o trabalho desenvolvido na banda.

Segundo Parry, estes discos são colecções de gravações que o músico fez inspirado por uma viagem ao Japão, mitos budistas, canções de folk britânica e outros misticismos.

Para já, temos direito a duas canções do primeiro álbum, "Sai No Kawara (River of Death) / On the Ground”, reunidas num só vídeo, realizado por Parry em colaboração com Caleb Wood. A propósito do vídeo e da canção "On the Ground", fiquem com a explicação do músico:

I told director Caleb Wood the story—of being alone in this magical environment of giant cedar trees and hearing a loud chorus of powerful harmony singing that sounded inexplicably identical to my late father’s folk band the Friends of Fiddler’s Green, who were the soundtrack to my entire childhood and upbringing.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Títulos xaroposos.

O mais recente disco de John Grant foi baptizado de "Love Is Magic" e será editado dia 12 de outubro. O primeiro single é a música que dá o título ao álbum. Esperávamos mais do norte-americano. Aguardemos por mais músicas.

O vídeo-karaoke é de Kieran Evans.


O cliente com mais pontos acumulados. - IV

Na longínqua década de 1980, tivemos o saudoso Vasco Granja a trazer-nos pérolas alucinadas do cinema de animação de países do bloco Soviético, EUA e do Canadá, cortesia da National Film Board of Canada. Muitos dos fãs dos programas televisivos do Sr. Granja eram putos – como os proprietários deste estaminé – que só queriam os Looney Tunes e se estavam a borrifar para obras avant-garde da ex-Checoslóvaquia ou para a mais recente animação do Norman McLaren.

Hoje, a ultrapassar a crise dos quarenta e a aceitar que a conta da farmácia tem de ser grande e regular, já pouco ligamos ao Bugs Bunny e ao Wile E. Coyote. Ganhámos um apurado sentido estético e uma arrogância de fazer inveja a muitos adolescentes. No entanto, ainda sabemos reconhecer um filme de animação digno de ser escolhido pelo Vasco Granja para um dos seus programas.

Assim, meus amiguinhos, fiquem com o vídeo de "Date Night", realizado pelo canadiano Chad VanGaalen para o último single de Father John Misty e do seu "God's Favorite Customer".

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Máquina do tempo. - II

Estávamos em 1978 e o álbum chamava-se "Q: Are We Not Men? A: We Are Devo!". "Uncontrollable Urge" era a faixa que abria o álbum e que nos acolhia no tresloucado mundo dos norte-americanos Devo.

40 anos depois trazemos os Devo, essa música e a saudável loucura da banda ao vivo em Oakland, California, no Burger Boogaloo 2018.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Sabor tropical.

Para aqueles sortudos que nos tempos mais próximos vão viajar para uma ilha qualquer (olá, sócio), aqui fica "Canopée", o mais recente single da dupla francesa Polo & Pan, ainda a promoverem o seu último álbum de originais, "Caravelle".

O vídeo foi realizado por Bleu Garou.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Italo Disco - XII.

Quem se lembra do Festival de Música de Sanremo? O avô do abominável Festival da Eurovisão tem já uma idade provecta, sendo que a primeira edição data de 1951. Transmitido em Portugal pela RTP, o certame chegou a ter concorrentes de peso, como o brasileiro Roberto Carlos, que ganhou em 1968, ou os italianos Toto Cutugno e Eros Ramazzotti, vencedores em 1980 e 1986, respectivamente.

O original deste versão em inglês concorreu à edição de 1984, na voz de Fábio Vanni e sob o título "Lei Balla Sola". Mas acabou por ser "Letter From My Heart" a ter sucesso a nível europeu, cantada por Steve Allen.

Onde é que vai o Festival de Sanremo... quase extinto da memória dos portugueses. Ficaríamos tão felizes se o mesmo acontecesse com o Festival da Eurovisão e os Xutos & Pontapés...

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Lugar garantido.

O bilhete para ver o islandês Ólafur Arnalds no Coliseu dos Recreios, dia 13 de março de 2019, já está religiosamente guardado lá em casa. Não é caso para menos, pois não é todos os dias que temos oportunidade de ver e ouvir um dos compositores europeus mais interessantes, numa sala com boas condições sonoras, como oferece o número 96 da Rua das Portas de Santo Antão.

O novo álbum chama-se “re:member" e é editado no dia 24 de agosto. O terceiro single é este "saman". O vídeo é de Matthias Maercks.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Para sonhar.

Os Wild Nothing, de Jack Tatum, têm novo álbum (ou melhor, vão ter, pois "Indigo" só sai a 31 de Agosto), através da editora de sempre da banda, a Captured Tracks.

Ainda é cedo para perceber ao que eles vêm, mas o single de avanço, "Letting Go", demonstra que a banda continua a trilhar os mesmos caminhos do Dream Pop, ainda que pareça um regresso a uma sonoridade mais próxima de "Gemini", o primeiro LP dos Wild Thing, já de 2010.



Por falar em "Gemini", recorde-se este óptimo "Chinatown", um dos momentos áureos da banda:

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Sombrio.

Banda sonora para um dia como este.

É tipo: "não me incomodem".

"Dark Side of My Room", para a dupla alemã Extrawelt, do álbum "Schöne Neue Extrawelt".

R.I.P. - XVII

Dois RIPs num dia é sobejamente penoso, tanto para mais que um deles é de um membro de uma óptima banda portuguesa, os Sétima Legião.

Teclista da banda, Ricardo Camacho foi também produtor de muitas álbuns de conhecidos artistas da música portuguesa dos anos 80, casos de António Variações, GNR, UHF, Diva ou os próprios Sétima Legião.

Do álbum "De um tempo ausente" (1989), deixo-vos este excelente "Por Quem Não Esqueci".

R.I.P. - XVI

Faleceu ontem o músico e produtor norte-americano Richard Swift, com 41 anos de idade. Sabia-se que o artista estava muito doente e que até estava a decorrer uma recolha de fundos online para suportar os custos dos tratamentos médicos.

Swift fez parte dos Shins e dos Black Keys, tendo produzido faixas para Kevin Morby, Sharon Van Etten, Laetitia Sadier (Stereolab), Damien Jurado e Foxygen, para citar os mais conhecidos.

Descobrimo-lo a solo em 2005, com a reedição dos seus dois primeiros álbuns ("The Novelist", de 2003, e "Walking Without Effort", de 2005) em "The Richard Swift Collection Volume One", de onde retirámos "Beautifulheart". Destacamos também "Kisses For The Misses", do álbum "Dressed Up For The Letdown", de 2007, e encerramos com "The Atlantic Ocean", do álbum homónimo de 2009.

Os vídeos são da autoria de ulysses///onasis.







segunda-feira, 2 de julho de 2018

Nuvens fofinhas.

Os The Orb têm novo álbum, o décimo quinto da carreira do duo Alex Paterson e Thomas Fehlmann. Depois dos dois grandes momentos de inspiração que foram Moonbuilding 2703 AD (2015) e COW / Chill Out, World! (2016), o single de apresentação para "No Sounds Are Out of Bounds" é esta xaropada "Rush Hill Road", música vocalizada, a fazer lembrar as canções de encantamento da serpente das Sugababes.

Não faz jus ao historial da banda e a músicas icónicas como "Little Fluffy Clouds". E é um single que não reflecte algumas virtudes deste novo álbum.



Temos portanto momentos péssimos, como neste "Wolfbane":



E momentos conseguidos, como em "Doughnuts Forever":



E como recordação, o tal "Little Fluffy Clouds", do álbum de 1991 "The Orb's Adventures Beyond the Ultraworld".

Alegremos o dia!

Se chove, é porque chove, se faz calor... é porque faz calor. E são as barragens, os incêndios, a seca severa ou extrema. O português nunca está satisfeito com a meteorologia. É bom que nos preocupemos com isso em vez de pensar que o nosso ordenado mínimo está abaixo dos 600,00€ ou que Francisco Louçã tem um momento de comentário numa televisão generalista, sinal claro que qualquer radical fanático pode ter o seu espaço de vómito semanal.

Deixemos, pois, as tristezas para trás, com uma das bandas mais animadas de todos os tempos: os B-52s, de Kate Pierson, Fred Schneider, Keith Strickland e Cindy Wilson.

Formados em Athens, Georgia, em 1976, a banda editou 7 álbuns de estúdio, o último dos quais já de 2008. A ausência promove a saudade, pelo que proponho uma visita a um single de cada um dos LPs originais destes malucos saudáveis. Por certo que a manhã terminará mais animada.

De "The B52s" (1979), "Rock Lobster".



De "Wild Planet" (1980), "Private Idaho"



De "Whammy!" (1982), "Song For A Future Generation"



Saltemos "Bouncing Off the Satellites" (1986), pois foi um tiro completamente ao lado, e retornemos com "Cosmic Thing" (1989) e o hino "Love Shack".



De "Good Stuff" (1992), "Tell It Like It T-I-Is".



Terminemos com "Funplex" (2008) e o single homónimo.