sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O ano dos regressos.

Já tem três mesitos de idade, mas não quero deixar passar ao lado o novo álbum dos The Racounters, "Help Us Stranger", que marca o regresso da banda aos LPs após um hiato de onze anos.

Bom e sólido rock é o que nos oferecem os The Racounters e Jack White. Parecem felizes por estarem novamente juntos e isso reflecte-se na música. Fiquem com "Sunday Driver", single do álbum.

Se 2020 nos trouxesse mais coisas como esta, vivíamos felizes.

Óptimo vídeo para o single "Two Halves" do novo álbum de Richard Dawson, intitulado "2020", o qual foi lançado hoje, 11 de Outubro, através da Weird World / Domino Records.

Dawson, compositor e multi-instrumentista Geordie, traz-nos aqui um conjunto de excelentes canções, no seguimento das boas propostas que nos tinha trazido com "Peasant", de 2017.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Quando a banda que abre é a que de facto queres ver...

Os Danko Jones dão hoje um concerto em Portugal, ao abrirem para os Volbeat. Se sobre estes últimos não tenho muito a dizer, já o power rock que os canadianos Danko nos têm vindo a oferecer há cerca de duas décadas merece uma revisitação, nomeadamente para ouvirmos o mais recente álbum da banda, editado em 2019 e intitulado "A Rock Supreme".

De "We Sweat Blood" (2005) fiquem com este impaciente "I Want You".

Para ver e ouvir no Coliseu de Lisboa, mais logo.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Bodas de ouro.

Há 50 anos atrás era lançada mais uma das obras-primas dos The Beatles, no caso "Abbey Road", o décimo primeiro álbum de estúdio da banda.

Para além da famosa fotografia da capa, este foi o último álbum em que os 4 Beatles estiveram simultaneamente em estúdio. Aliás, muito se debate se será este ou "Lei It Be" o último verdadeiro álbum da banda, algo que tem originado inúmeras discussões, mais ou menos calorosas.

Fiquemos com uma das contribuições de George Harrison para este álbum, "Here Comes The Sun".

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

R.I.P. - XXIII

Os The Cars foram das melhores coisas que vieram dos States em termos de New Wave, corrente muito mais forte na Europa, na altura (e desde sempre) muito mais avançada em termos musicais do que o país dos rednecks. A par deles talvez valha a pena ainda destacar os B-52's, Talking Heads, Devo, Oingo Boingo e pouco mais.

Vem isto a propósito do falecimento de Ric Ocasek, uma das vozes dos The Cars, tarefa que dividia com Benjamin Orr, o qual também já morrera, de cancro, em 2000.

Muito fortes no final dos anos 70 e inícios dos anos 80, os The Cars deixam-nos dois álbuns muito conseguidos, em especial o primeiro, "The Cars", ainda que o segundo não seja de descurar, "Candy-O". Na verdade, alguns dos maiores sucessos dos "The Cars" vieram de outros álbuns, como "Tonight She Comes" do "Greatest Hits" (1985), "Shake It Up" do álbum homónimo de 1981 ou "Drive", de "Heartbeat City" (1984).

Deixo-vos dois singles dos "The Cars", uma com a vocalização a cargo de Ocasek e outra por Benjamin Orr.





sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Finalmente!

É verdade!

Muitos acreditavam que tal já não aconteceria, mas os Tool lá conseguiram ultrapassar as suas guerras com a editora e temos, portanto, novo álbum desta icónica banda norte-americana, intitulado "Fear Inoculum".

Este "Invincible" é um dos singles do álbum, lançado no passado dia 30 de agosto, e que a banda prontamente disponibilizou na íntegra na sua página no youtube.

Escusado será dizer que o álbum já foi aclamado pela crítica (excepção feita à obsoleta Rolling Stone, que lhe deu 3,5/5) e está em número 1 em diversos países, incluindo Portugal. Não gosto muito de unanimismos, mas quando as coisas são realmente boas, o que fazer?...

terça-feira, 25 de junho de 2019

Tumbalatum.

E para continuar com melodias bonitas, alegrando este tímido Verão, a brilhante "Tonight", da dupla sueca Koop, do já longínquo ano de 2001, para o álbum "Waltz for Koop". Há quase uma década que temos poucas notícias destes senhores, pelo menos em termos de álbuns de estúdio. Percebe-se. O que o povo agora quer é tumbalatum e forró. Siga.

Um regresso esperado.

O Senhor Nitin Sawhney regressa a Portugal, lá para o final do ano, para mais um concerto que se prevê memorável e onde poderemos, certamente, apreciar a genialidade deste músico indo-britânico que, há mais de 25 anos, nos proporciona melodias brilhantes como este "Tides", do álbum de 1999 "Beyond Skin".

Um concerto a não perder!

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Things that make you go hmmm

São músicas novas que nos levam a fazer uma posta, mas sem grande convicção.

Fujiya & Miyagi, "Flashback", o single que dá título ao novo álbum (melhor faixa do disco: "For Promotional Use Only"). O vídeo é de David Best & Pete Fijalkowski.




Metronomy, "Lately" e "Salted Caramel Ice Cream", do álbum "Metronomy Forever". Os novos singles têm uns sintetizadores engraçados, mas ficam-se por aí. Os vídeos são do responsável máximo da banda, Joseph Mount.






Devendra Banhart, "Kantori Ongaku", o single que apresenta "Ma", o novo disco do músico e que sairá a 13 de setembro. O vídeo é de Juliana e Nicky Giraffe.




CASSIUS, "Don't Let Me Be", para o novo álbum "DREEMS". Sai sexta-feira, dia 21. O vídeo é de Emma Le Doyen.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Conto de fadas em formato XXL

Os nossos rockers psicadélicos favoritos preparam-se para lançar mais uma bomba de purpurina sob a forma de álbum conceptual. Chama-se "The Kings Mouth", é lançado no dia 19 de julho e marca o regresso dos The Flaming Lips ao registo sonoro mais doce da época de ouro da banda: "The Soft Bulletin" e "Yoshimi Battles the Pink Robots".

Narra a história da vida de um monarca gigante e da sua morte para salvar os seus súbditos. Parece tonto, é bem tonto, mas é um verdadeiro conto de fadas sonoro como só estes 'passados da marmita' sabem fazer...

O primeiro avanço é este "Giant Baby".

Gu gu, dá dá!

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Na banheira.

Chama-se "Autonomy" e marca o regresso da dupla australiana/norte-americana The Golden Filter.

O álbum será editado a 5 de julho, mas já aí temos duas amostras para sacudirmos o corpo: a faixa que dá título ao álbum e "Coercion", cujo vídeo foi realizado por Agnes Haus.



quarta-feira, 12 de junho de 2019

As políticas que importam. - Oh, Norman!

Ressuscitemos este cantinho de bom gosto com "Norman and Norma", o novo single dos The Divine Comedy para o recém editado "Office Politics".

Já ouvimos o álbum e é uma caixinha de surpresas: cheira a álbum conceptual, centrado na temática da vida laboral, tem sintetizadores e vocoders e é repleto de subtilezas estilísticas e sonoras. Mas, para mais explicações, remetemo-nos para o comunicado que o próprio Neil Hannon enviou para a nossa redacção e que reproduzimos na íntegra mais abaixo.

Mas antes, "Norman and Norma" (vídeo de Raphaël Neal) e um mimo para os fãs lusitanos: três concertos em Portugal! 7 de novembro na Aula Magna (Lisboa), 8 no Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra) e 9 no Theatro Circo (Braga).



MEMO: All departments / DATE: 3rd April, 2019.

To whom it may concern,

I told you I would make a double album one day!

Nobody believed me.
Jeff Lynne, eat your heart out...

It has synthesisers. And songs about synthesisers.
But don't panic. It also has guitars, orchestras, accordions, and songs about love and greed.
Phew...

It is peopled with a shiny new cast of my imaginary friends (and enemies):

East Anglian lovers and historical re-enactors, Norman and Norma.
Sir Hillary Oldmoney, a complete banker if ever there was one.
The outrageously selfish 'Opportunity' Knox. He jumps queues, annoys party goers and would kill for a promotion.
Christine, who makes excellent photocopies but whose office romance has gone south.
A pair of furniture removers and part-time minimalist composers named Philip and Steve.
Even a certain Billy Bird has squirrelled his way back into proceedings.

But the central characters in Office Politics are the machines.
Machines that do this, machines that do that. Machines that will smother us all in our sleep.
Perhaps the raging battle of instrumentation and musical genres on the album is a subconscious reflection of this conflict.
Perhaps this increasingly crazy world has sent me scurrying to the new wave and synthpop of my youth for comfort.
Perhaps I was just bored.

I'm sorry it's all so crazy. I do try to make normal pop records.
But it always seems to wander off into odd territories when I'm not concentrating.

All I can say is...
I told you I would make a double album one day!!!

Signed: Neil Hannon, Head Of Communications

> Neil; you can call it a double album if you want (and it is double vinyl) but it all fits on one CD, and I don’t think a double download is even a thing? Thanks, Production. <




quarta-feira, 17 de abril de 2019

Carnucha da boa!

Esta sexta-feira, que já é santa para muitos, será ainda mais abençoada com o lançamento de "Serfs Up", o terceiro álbum dos ingleses Fat White Family.

O projecto encabeçado por Lias Kaci Saoudi e com Saul Adamczewski (Insecure Men) de volta à banda, já lançou três singles de promoção do novo trabalho. E a coisa está muito bem encaminhada: entre o disco de "Feet", o glam rock de "Tastes Good With The Money", com uma participação especial de Baxter Dury, e o rock à la The Bad Seeds de "When I Leave", ficámos cheios de apetite para o banquete de carne gorda que será servido dia 19!

O vídeo de "Feet" foi realizado por CC Wade e "Tastes Good With The Money" por Róisín Murphy. Sim, essa mesmo. E com uma bonita homenagem aos Monty Phyton!





terça-feira, 16 de abril de 2019

As políticas que importam.

Chama-se "Office Politics" e é o 12.º álbum dos The Divine Comedy, do Sr. Neil Hannon. Tem edição marcada para dia 7 de junho.

O primeiro avanço é este "Queuejumper" que tresanda a Sparks. O que não é mau, muito pelo contrário. Mas já sabem que temos uma fixação doentia pelo talento e obra do Sr. Hannon, sobretudo pelas suas composições mais orquestrais e arrebatadoras. Mas, como não desdenhamos uma boa pop (à moda antiga), vamos ter de andar por aí alegremente a cantarolar:

I jump the queue,
I jump the queue,
I jump the queue,
Because I'm smarter than you...


segunda-feira, 8 de abril de 2019

Música para afastar gente.

"A Bath Full of Ecstasy" é o título do novo disco dos Hot Chip, que tem data de edição marcada para dia 21 de junho. O primeiro single é este "Hungry Child".

O vídeo é de Saman Kesh e tem uma premissa bem engraçada. Espreitem:

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Fáceis de encontrar, difíceis de largar.

Temos um carinho especial pelos The National.

Da descoberta da banda norte-americana através de "Alligator", o seu terceiro álbum de originais, lançado em 2005, ao primeiro concerto em que os vimos, na Aula Magna, a promover "Boxer", de 2007, e que deu direito a uma ida às urgências de Sta. Maria, os The National foram aquele segredozinho bem guardado. Era só nosso, apenas o partilhávamos com os amigos mais próximos e que confiávamos ter um bom gosto musical. Era ao som de "Fake Empire" que se dançava com quem se partilha a vida.

Mas "Boxer" foi grande demais para a nossa pequena discoteca. Alguém o roubou, alguém o emprestou, alguém o pôs a tocar e foi o fim do nosso segredo. Deixámos o mundo conhecê-lo e fizemos outros felizes. Os The National ficaram mais conhecidos, globalizaram-se, mas não deixaram de fazer grandes álbuns: "High Violet" (2010), "Trouble Will Find Me" (2013) e "Sleep Well Beast" (2017).

Chegados a 2019, sabemos que o nosso segredo terrivelmente mal guardado tem um novo disco. Chama-se "I Am Easy to Find" e vai ser lançado a 17 de maio, com direito a uma curta-metragem do escritor/designer gráfico/realizador Mike Mills, que já fez vídeos para os Air, Les Rythmes Digitales, Blonde Redhead, The Divine Comedy e Pulp, assim para citar uns quantos. As longas metragens "Thumbsucker", "Beginners" e "20th Century Women" também são dele. É outro tipo por quem também temos um carinho especial.

Vai daí, com tanta coisa boa junta, achámos que seria hora de mostrar o que os The National andaram a fazer com Mike Mills. E que envolveu também a actriz sueca Alicia Vikander. Fiquem com o trailer da curta e o primeiro single do álbum, "Light Years".

Vá, contem aos vossos amigos com bom gosto que o nosso segredo continua vivo e a fazer-nos sorrir.




sexta-feira, 29 de março de 2019

Napalm para cima deles.

Os Rammstein estão de regresso, com novo álbum e novo single. Como habitualmente, nada é deixado ao acaso e a provocação vai até aos limites. Parece que aquilo lá pela Alemanha tem provocado algumas reacções efusivas...

Mas bom, já nada admira. No outro dia uma ministra sueca apareceu de rastas e foi acusada de apropriação cultural. Ou então o caso de uma representação de uma tragédia grega em que os actores pintaram a cara de preto e foram acusados de racismo.

Portanto, Beyoncé, Rhianna, Mariah Carey, é favor usar carapinha pois cabelos esticados é uma apropriação cultural que estão a fazer. E brasileiros com restaurantes de sushi? Apropriação cultural.

O melhor é fazer como os Rammstein em concerto: napalm para cima deles todos e assistir de bancada a isto a arder.

segunda-feira, 25 de março de 2019

R.I.P. - XXII

Murro no estômago: perdemos Scott Walker.

Aos 76 anos de idade, desaparece um dos artistas norte-americanos que melhor combinou a luz e a escuridão na criação de peças musicais.

Nascido Noel Scott Engel, foi com o apelido artístico de Walker que o mundo o descobriu e venerou. Formou os The Walker Brothers, em 1964, com John Maus e a Gary Leeds, que também se tornaram Walker. Entre 1965 a 1967, conquistaram os tops mundiais com clássicos pop, chegando a rivalizar com os The Beatles nos tops ingleses. Mas Scott Walker não era fã do estrelato nem da fama popularucha, e, em 1967, decide começar a compor e a gravar a solo. Edita quatro álbuns absolutamente essenciais: "Scott" (1967), "Scott 2" (1968), "Scott 3" (1969) e "Scott 4" (1969), todos sob a sombra de Jacques Brel, de quem Scott era um fã assumido.

Os The Walker Brothers voltam a reunir-se em 1975 e, ao fim de dois álbuns banais, decidem assumir toda a escrita e composição de "Nite Flights", álbum maior de 1978. Scott Walker ensaia nesse álbum novos métodos de trabalho e de criação, que o inspiram para a sua futura obra a solo. A pop é afastada do seu repertório, o rock alternativo e os movimentos avant-garde entranham-se na obra de Walker. As duas décadas seguintes apenas testemunharam dois discos de originais, "Climate of Hunter" (1984) e "Tilt" (1995). Este último é uma obra fascinante, visceral e difícil, que cruza o rock industrial com música clássica. "The Drift" (2006), "Bish Bosch" (2012) e "Soused" (2014) são obras de maturidade da veia experimentalista iniciada em "Tilt", discos de difícil audição para o ouvinte comum, mas referências musicais únicas para inconformistas e melómanos.

Scott Walker compôs também bandas sonoras para "Pola X" (1999), de Léos Carax, "The Childhood of a Leader" (2016) e "Vox Lux" (2018), ambos de Brady Corbet.

Na hora da despedida, recordamos momentos marcantes da obra de Scott: "After The Lights Go Out", de "The Sun Ain't Gonna Shine Anymore" (1966), "It's Raining Today", de "Scott 3", e "Farmer in the City (Remembering Pasolini)", de "Tilt".





quarta-feira, 20 de março de 2019

Versões - LXXIV

Parece que têm havido umas queixas sobre a extrema erudição deste blogue, que está afastado das correntes musicais actuais e que não conecta com a juventude deste país.

Ainda não vamos começar com a publicação dos grandes Flo Rida, Akon ou Don Omar. Mas, dando passos pequeninos, recordamos duas grandes bandas do passado, os Vengaboys e os Aqua. Quem mais poderia ter versos tão eloquentes como estes:

"Boom boom boom boom
I wanna double boom
And spend the night together
Together in my room"

Era bonito, não era? Mas não vai ser. Versão das The Prettiots para dois sucessos de Verão dessas bandas do Euro-Dance. Acompanhem estas meninas, que ainda só têm um álbum, "Funs Cool", mas que parecem ter jeito para a coisa.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Coisas que nos fazem felizes. - III

Hoje à noite vai haver romaria para ver Ólafur Arnalds no Coliseu dos Recreios.

Fiquem com o vídeo de "Doria", uma das peças que ouviremos mais logo, do álbum "Island Songs", de 2016. O vídeo é de Baldvin Z. Espreitem também um dos pequenos vídeos que documentam a actual digressão, gravado no dia 10, no Theatro Circo de Braga.



terça-feira, 12 de março de 2019

R.I.P. - XXI

Faleceu hoje, com 90 anos, um dos maiores bateristas do século XX, Hal Blaine. Nascido a 5 de fevereiro de 1929, nos EUA, Harold Simon Belsky 'Hal Blaine', é um herói desconhecido, pois fez a sua carreira como músico de sessões de gravação, integrando a genial Wrecking Crew, um colectivo de músicos de estúdio que assegurou a música de alguns dos maiores clássicos da pop moderna.

"Be My Baby" (The Ronettes); "I Get Around", "Help Me, Rhonda" e "Good Vibrations" (The Beach Boys); "Mr Tambourine Man" (The Byrds); "These Boots Are Made for Walkin'" (Nancy Sinatra);
"Mrs. Robinson" e "Bridge Over Troubled Water" (Simon & Garfunkel); "Strangers in the Night" (Frank Sinatra). Estes são apenas alguns dos hits que tiveram Hal Blaine na bateria, que contava com mais de 35 mil gravações no seu currículo.

Se estes inícios de bateria não vos causarem arrepios, então estão prontos para fazer tijolo...



sexta-feira, 8 de março de 2019

Eco-disco.

Johnny Marr, a parte tragável dos The Smiths, tem tido uma actividade profícua nos últimos tempos. Depois de ter lançado no ano passado o seu quarto álbum a solo (incluindo o que gravou com os The Healers), "Call the Comet", temos agora um single isolado, eventualmente a incluir num próximo LP que Marr já disse estar em fase de preparação.

"Armatopia" debruça-se sobre um tema actual: as alterações climáticas e as políticas incongruentes que os governos de diversos países do mundo têm assumido sobre esta temática. Em entrevista à NME, Marr aponta já que o seu próximo álbum será um "eco-disco", com a ecologia e o ambiente como temas centrais. "Armatopia" soa a New Order, o que não é necessariamente mau (sendo que, neste caso, também não é necessariamente entusiasmante). Aguardemos pelos capítulos que se seguem.

Girl power!

A estrela do vídeo de "We've Got To Try", o mais recente single dos Chemical Brothers, tem quatro patas, chama-se Shadow e é uma bela cadela. Mais uma vez, é bem mais entusiasmante o vídeo do que a música. A realização esteve a cargo de Ninian Doff.

O álbum "No Geography" sai no dia 12 de abril.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Primeiro flop do ano?

Já há data de lançamento para o novo disco dos Vampire Weekend: dia 3 de maio. Tem como título "Father of the Bride" e uma capa aleijadinha de feia.

Também já tivemos direito a conhecer três músicas do álbum e o entusiasmo é zero. Fiquem com "Harmony Hall" (o primeiro single e que já teve direito a vídeo, realizado por Emmett Malloy), "Big Blue" e "Sunflower".






Lidar com a perda.

Chama-se "Why Hasn’t Everything Already Disappeared" e é o mais recente álbum dos Deerhunter, projecto de Bradford Cox. A faixa de abertura do disco e o primeiro single a ser extraído do álbum, "Death in Midsummer", é uma reflexão sobre o falecimento de pessoas próximas de Cox, sobretudo a morte do ex-baixista da banda, Josh Fauver, em 2018.

O vídeo é de Marisa Gesualdi

Mais uma sofrida cantautora.

Primeiro LP do projecto The Japanese House" da britânica Amber Bain, "Good at Falling" teve lançamento no passado dia 1 de Março, sendo este "Maybe You're the Reason" um dos singles de avanço. Traz-nos ambientes similares ao que Bain tinha proposto nos EPs que tem vindo a lançar desde 2015, num indie pop com algumas raízes folk. Ainda assim, falta algo às paisagens que os "The Japanese House" nos propõem para que este projecto saia da mediania. Ouve-se mas não convence.

segunda-feira, 4 de março de 2019

R.I.P. - XX

Depois do Mark Hollis parece que não poderia receber uma outra notícia tão má, em termo musicais, num tão curto espaço de tempo. Mas bom, há poços que têm sempre um fundo a seguir ao outro, e para mim isto é bater no manto terrestre.

Os The Prodigy acompanharam todos os meus teen years, pelo que ver o Keith Flint desaparecer é chocante. Não vale a pena dizer muito mais. Fica apenas uma profunda tristeza.

Fica uma conversa entre ele e Richard Russell, o dono da XL Recordings, que editou a maioria dos álbuns dos The Prodigy, assim como o icónico "Firestarter", música que deu a conhecer a muita gente estes techno-terroristas ingleses.




Telemóveis.

Como gostamos de ser um blog sempre em cima do acontecimento e a par das novidades, não podemos passar ao lado do fenómeno Conan Osiris. Pronto, está falado.

Depois do momento escatológico do dia, falemos sobre o foco central deste nosso espaço: música, pessoas que sabem cantar, compositores. Palhaços é no Circo Chen.

Um dos melhores temas da música popular portuguesa, vencedor do Festival da Canção de 1967, canção composta por Nuno Nazareth Fernandes, letra de João Magalhães Pereira, na voz de Eduardo Nascimento.

Telemóveis? Vai à Phone House.

sexta-feira, 1 de março de 2019

Versões - LXXIII

Quando se fala em história da música electrónica, o tema da série inglesa Doctor Who, de Rob Grainer, executado em colaboração com outra pioneira, Delia Derbyshire, é um marco obrigatório. Estávamos em 1963, altura em que os primeiros sintetizadores comerciais eram apenas objectos de ficção científica. Para a história fica um processo de gravação único e um tema que, ainda hoje, é reconhecido por muitos melómanos. O nosso reconhecimento a estes geniais precursores, assim como a uma série icónica.



Bem mais recente é a versão dos Orbital, single para o álbum "The Altogether", de 2001. Respeita, no essencial, o tema original, ainda que inclua pormenores típicos dos manos Hartnoll.



Finalmente, e para quem tiver algum tempo, sugere-se a visualização deste documentário, uma pequena homenagem à senhora Delia Derbyshire, uma "unsung heroine" da história da música electrónica.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Versões - LXXII

"Californian Son" é nome do próximo álbum de Morrissey e será totalmente composto por versões de originais de outros músicos. Para a recriação das doze músicas que compõem o disco, Morrissey contou com vários colaboradores, entre eles Billie Joe Armstrong (Green Day), Ed Droste (Grizzly Bear), Ariel Engle (Broken Social Scene), Petra Haden e LP, cuja voz podemos ouvir nesta versão de "It's Over", original de Roy Orbison.

Não ficámos impressionados. Nem convencidos.
Basta ouvir o original abaixo, interpretado ao vivo pelo Sr. Orbison e uns 'amigos', em 1988.



terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Italo Disco - XIV

Blasfémia! Chamar aos grandes Electric Youth Italo-Disco?! Metê-los no mesmo caixote do lixo que essa praga electrónica que nos sujou os anos 80! Calma! Eu até gosto dos Electric Youth, mas nem tudo é branco ou preto, há umas tonalidades a permear o espectro musical daquilo que entendemos, genericamente, como Electrónica. E, acima de tudo, nunca esquecer que, em música, a revolução é muito complicada. Tudo se desenvolve por evolução, mistura, corte e costura.

Portanto, este bonito "Faces" não é nada mais do que uma versão acelerada de outro "Faces", neste caso dos Clio, banda encabeçada por Maria Chiara Perugini (ligada, igualmente, aos Clio & Kay).

O OMO pode lavar mais branco, mas o tempo ainda é mais eficaz.



R.I.P. - XIX

Such a shame!!

Que enorme tristeza ver partir o Senhor Mark Hollis, vocalista e entidade criativa por trás dos Talk Talk. Um génio musical, é cedo demais que o vemos partir e foi também cedo demais a sua "desistência" do mundo musical, cansado de conferências de imprensa, campanhas opacas das editoras, numa lavagem onde só sobrevivem os mais abjectos.

Os Talk Talk deixaram-nos 5 álbuns de estúdio - The Party's Over (1982), It's My Life (1984), The Colour of Spring (1986), Spirit of Eden (1988) e Laughing Stock (1991) - havendo ainda um álbum a solo, de 1998, simplesmente intitulado "Mark Hollis". Deixaram-nos também músicas fantásticas e intemporais, como este "Such a Shame"



"It's My Life"



"Life's What You Make It"



ou "Talk Talk"

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Vida insular.

É hoje editado o novo álbum de Yann Tiersen. Chama-se "All" e foi gravado em The Eskal, o novo estúdio/residência que o músico francês criou numa discoteca abandonada, na pequena ilha de Ushant. O primeiro single é este "Tempelhof" e o vídeo capta a actuação do músico no referido estúdio e a passear pela ilha.

Digam lá se não foi uma sexta-feira cheia de coisas bonitas?

A riqueza do éter.

É uma das grandes notícias de 2019: a reedição de "I Trawl the Megahertz", álbum de 2003, escrito e composto por um dos mais fascinantes músicos ingleses a surgir na década de 1980, Paddy McAloon.

Mais conhecido pelo nome do seu projecto musical, os Prefab Sprout, McAloon atravessou uma fase dramática em 1999, quando sofreu de uma deslocação da retina nos dois olhos, que lhe causou cegueira temporária. Foi durante o período de convalescença, em que o músico estava forçado ao exílio doméstico, que surgiu a inspiração para "I Trawl the Megahertz", como podem ler no press release da editora:

(...) Taking comfort from shortwave radio transmissions including various chat shows, phone-ins and documentaries, McAloon began work on what was to become his most personal and unique record to date – the orchestral exploration that is ‘I Trawl The Megahertz’.

Writing much of the music on his laptop, the largely instrumental album marked a huge shift from the music with which McAloon had come to be known. Aided by co-producer Calum Malcolm and composer David McGuinness, the album’s orchestration was brought vividly to life by Mr McFall’s Chamber, a musical ensemble formed by members of the Scottish Chamber Orchestra and the Scottish Ballet.

At the heart of ‘I Trawl The Megahertz’ is the 22-minute opening title track. A meditation on isolation and heartache, with spoken word vocals from Yvonne Connors reciting poetry inspired by Paddy McAloon’s ventures into the ether.
(...)

A edição remasterizada será lançada pela Sony Legacy no próximo mês de março. Para nosso (e vosso) deleite, aqui ficam as duas primeiras faixas do álbum: a peça central do disco, "I Trawl the Megahertz", e "Esprit de Corps".





A propósito deste lançamento, a editora deixou o seguinte texto a contextualizar a criação do álbum em 2003:

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

A agenda dos tempos que correm. - IV

Encerramos hoje o desvendar de "Agenda" , o mais recente EP dos Pet Shop Boys. A quarta e última canção do disco é esta "The forgotten child".

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Coisas que nos fazem felizes. - II

Miúdos islandeses a dançar ao som de "ekki hugsa" (traduzido para português dá uma espécie de 'não penses'), o último single a ser retirado do belíssimo "re:member", de Ólafur Arnalds. Já sabem, 13 de março: Coliseu dos Recreios!

O vídeo é de Arni & Kinski.

A agenda dos tempos que correm. - III

"What are we going to do about the rich?" é o terceiro tema de "Agenda", descrito por Neil Tennant como: a sort of mock-protest song. We’re talking about extreme rich – oligarchs and that kind of thing. The super-rich. Chris Lowe acrescenta: The ones that don’t pay any tax.

É talvez o menos conseguido dos três temas já conhecidos de "Agenda", mas segue a linha de forte crítica social e política que os Pet Shop Boys adoptaram no seu novo EP.

O melhor trabalho dele até agora?

"My Finest Work Yet" é o novo (e melhor de todos?) álbum de nosso assobiador preferido, Andrew Bird. Sai dia 22 de março e o primeiro single é este "Sisyphus". Não é o melhor single dele até agora, mas tudo bem, já conhecemos o humor do músico norte-americano, portanto emitiremos o nosso julgamento quando ouvirmos o álbum todo.

O vídeo é de Matthew Daniel Siskin e conta com Bird na actuação.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Les fréres Gondry vs The Chemical Brothers.

Chama-se "Got To Keep On" e é o novo single dos The Chemical Brothers para o seu mais recente trabalho "No Geography". Data de lançamento: 12 de abril.

Mas passemos ao que verdadeiramente importa: o vídeo de "Got To Keep On", que foi realizado pelos irmãos Olivier e Michel Gondry, este último colaborador de longa data da dupla inglesa. São três minutos de pura diversão visual da família Gondry ao serviço das batidas dos irmãos Quimigal!

O regresso dos Weezer.

"Zombie Bastards" é single para o novo álbum dos norte-americanos Weezer, a lançar no próximo 1 de Março. 13º álbum de originais, volta a adoptar o nome da banda como título, sendo reconhecível, como em situações anteriores, por uma cor. Se já tivemos o Blue Album, o Green Album, o Red Album ou o White Album, para este está reservada a cor preta.

Pelas amostras não vamos regressar aos Weezer do Blue Album ou do Green Album. Mas não deixa de ser audível e do pouco Indie Rock que nos vai chegando da terra do Uncle Sam.

A agenda dos tempos que correm. - II

Depois da sátira política, os Pet Shop Boys atiram-se à redes sociais com "On social media", o segundo tema do EP "Agenda". Canção e vídeo absolutamente deliciosos.

Toca a tuítar, dar laiques e postar tudo! Axetague: o que é que pode correr mal?

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

A agenda dos tempos que correm. - I

Chama-se "Agenda" e é o novo EP dos Pet Shop Boys.
A propósito do novo trabalho, Neil Tennant afirmou: It contains three satirical songs and one rather sad song. I think it’s because of the times we’re living through.

As quatro músicas novas serão divulgadas online a partir de hoje, uma por dia. Aqui, no estaminé, vamos dar a conhecer os quatro temas, começando pelo primeiro que foi lançado hoje e que tem o brilhante título de "Give stupidity a chance".

Possível novo hino para os EUA? Itália? Reino Unido? Brasil? Hungria? Venezuela?
A lista é longa...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Quase bíblicos.

Os belgas dEUS regressam, uma vez mais, a Portugal, no caso para dois concertos comemorativos do 20º aniversário do lançamento de "The Ideal Crash", o seu terceiro álbum de estúdio, originalmente editado em 1999, do qual um dos destaque foi este "Instant Street".

O Hard Club, no Porto, e o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, fazem assim parte de uma digressão com 20 espectáculos, onde serão tocadas as 10 faixas do álbum, entretanto remasterizado e com nova edição em vinil. Tudo a antecipar o oitava álbum de originais, com lançamento previsto para o corrente ano.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Lembrado hoje.

"Remind Me Tomorrow” é uma das primeiras boas surpresas de 2019. Lançado no dia 18 de janeiro, o novo álbum de Sharon Van Etten traz-nos uma colecção de histórias pessoais da artista norte-americana, bem escritas e musicadas.

Fiquem com os singles "Comeback Kid" (vídeo de Jonathan William Turner), "Jupiter 4" (vídeo de Katherine Dieckmann) e o 'springsteeniano' "Seventeen" (vídeo de Maureen Towey).







sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Feels like HOME.

Randy Goffe aka HOME é um DJ e produtor norte-americano, originário do estado da Flórida, cujo som engloba influências da electrónica dos anos 70 e 80, que muito ficam a dever ao synthwave, assim como tendências mais recentes como o vaporwave.

"Hold" é um exemplar perfeito daquilo que nos propõe Goffe. Seja no Bandcamp ou no Souncloud, vale a pena pesquisar por outras sugestões de HOME.



quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Bassheads.

Elegância e leveza nas construções musicais electrónicas é o que nos propõe Lorin Ashton, produtor e DJ norte-americano que se apresenta sob o nome Bassnectar.

Noise vs. Beauty é o oitavo álbum de originais deste projecto, do qual consta este "Ephemeral".

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Os nossos políticos.

Os Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs, também conhecidos como Pigsx7’s, são uma banda inglesa que voga entre o Heavy Metal dos anos 70, algo de Motorhead e novas correntes mais ligadas ao Stoner, como QOTSA ou os portugueses Miss Lava.

Este GNT, do segundo álbum de originais, "King of Cowards" (Rocket Recordings, 2018) parece indicar um som bem mais acessível que o primeiro longa duração da banda, "Feed the Rats".

A primeira audição a este novo álbum tem sido muito positiva, com destaque para a brilhante "A66". A manter um olho sobre o que estes senhores vão fazendo, agora que o Rock está praticamente esquecido nos States.

A actriz cantadeira.

Emmanuelle Seigner já nos habitou a diversas incursões pelo mundo da música, como o comprovam os seus álbuns "Dingue" (2010) ou "Distant Lover" (2014). A actriz de "Frantic" ou "The Ninth Gate", ambos realizados pelo esposo, Roman Polanski", contribui com a sua voz para esta canção dos The Limiñanas, intitulada "Shadow People", do LP de 2018 homónimo ao single.

Não será propriamente pela sua carreira musical que Emmanuelle será recordada, mas neste caso a contribuição é bastante interessante, num registo sonoro global a fazer lembrar os Black Rebel Motorcycle Club.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Ritmos urbanos.

O álbum chama-se ">>>" e é o terceiro longa duração dos Beak>, o projecto de Geoff Barrow (Portishead), Billy Fuller e Will Young.

"Brean Down" é o mais recente single. Não percam também a actuação da banda na KEXP. Quer a música, quer a conversa são de primeira qualidade.



Ácidos a rodos.

6 de maio de 1968.
Os Pink Floyd actuam em Roma pela primeira vez.
Levam o seu primeiro álbum de originais "The Piper at the Gates of Dawn", Syd Barret já não os acampanha e é substituído por David Gilmour.
"Interstellar Overdrive" é uma das quatro músicas que a banda apresenta.
O resto é história. E muito psicadelismo!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Wherever we are, what we hear is mostly noise.

A citação é de John Cale e serve de entrada a "STUMM433", uma nova compilação da Mute Records. A novidade está aqui, mas, dada a importância do projecto, justifica-se a colagem da explicação:

We are delighted to announce our latest release in the MUTE 4.0 (1978 > TOMORROW) series: STUMM433, a box set collating an unprecedented selection of Mute artists past, present and future, out in May 2019.

From The Normal, the artist that started Mute, to the label’s newest signing, K Á R Y Y N, STUMM433 will feature a huge array – over 50 – of Mute artists including Depeche Mode, Yann Tiersen, Liars, Silicon Teens, Irmin Schmidt and many more, all presenting their own interpretation of one piece of music: John Cage’s game-changing composition, 4’33”.

4’33” is among the most important of all contemporary music compositions. Composed and premiered in 1952, 4’33” is a piece for any instrument or combination of instruments. The score instructs the performer or performers not to play their instrument for the duration of the piece (generally four minutes and 33 seconds). As challenging and thought-provoking now as it was when it was premiered, 4’33” completely changed popular thinking on silence, sound, composition and listening.


O primeiro destaque de "STUMM433" ficou a cargo dos Laibach e da sua versão readymade dos famosos quatro minutos e trinta e três segundos de John Cale, gravada durante uma instalação/performance da banda com a artista croata Vlasta Delimar, na galeria Bačva, em Zagreb, a 28 de agosto do ano passado.



Agora é só divulgarem a versão dos Depeche Mode que nós já temos título para a posta: "Enjoy The Silence"!

Desmotivador.

São várias as frases que podem ser aplicadas após a visualização deste clip:

- Esta canção inspirou-me a desistir de tentar aprender a tocar guitarra;
- Se tentasse, conseguia fazer uma cover da parte vocal desta música;
- Má altura para tentar deixar as anfetaminas...

E por aí fora.

"CAFO", uma loucura de técnica dos Animals as Leaders, com especial destaque para o guitarrista principal, Tosin Abasi, que parece fazer tudo o que quer daquele instrumento. Do álbum homónimo, já de 2009, editado através da Prostethic, espantem-se com este hino à técnica guitarrística.

Pelas ondas da rádio - XXX - edição islandesa

Não é demais lembrar que temos o privilégio de receber o islandês Ólafur Arnalds no Coliseu dos Recreios, dia 13 de março. Para embalar a malta para uma quinta-feira bonita mas fria, aqui fica mais uma actuação do músico, desta vez no Iceland Airwaves 2018 da KEXP.

E por falar em dias bonitos e frios, mais uma fotografia da bela terra do Sr. Arnalds.



terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Porque há coisas que não têm explicação.

"Girl with Basket of Fruit", é o título do décimo quarto álbum dos Xiu Xiu, projecto artístico do norte-americano Jamie Stewart. Os primeiros singles de promoção do novo disco são estes "Scisssssssors" e "Pumpkin Attack on Mommy and Daddy".

Ambos os vídeos foram realizados por Angela Seo e Anna Lian Tes.



sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Quase, quase novidade.

Ainda é muito cedo para haver grandes novidades de 2019, pelo que em termos de música mais recente continuamos a cingir-nos ao que foi editado em 2018.

"Infinity Games" marcou o regresso dos The Black Queen aos álbuns, depois do LP de estreia "Fever Daydream", de 2016. Os ex-The Dillinger Escape Plan e Nine Inch Nails apostam numa synthwave levezinha, de fácil audição, de mastigar e não deitar imediatamente fora.

"Thrown into The Dark" foi o primeiro single para este último álbum de 2018. Vamos ouvir.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Foi na cidade italiana de Gallipoli...

Regresso do projecto Beirut, de Zach Condon, com "Gallipoli", o quinto álbum de originais, cuja edição está agendada para dia 1 de fevereiro.

Já há três músicas novas para se ouvir, com o destaque maior a ir para "Gallipoli", o tema que dá título ao álbum. "Landslide" é a faixa que teve direito a vídeo, realizado por Eoin Glaister, com a participação do actor irlandês Ian Beattie. Acabamos com um instrumental, "Corfu", em jeito de 'muzak'.







QuePop?

O jornalista(?) Luís Guerra publicou, há uns dias, o seguinte editorial no Blitz. Caso não queiram ler todo o artigo, deixo-vos apenas as letras gordas: "Os números não mentem: o rock está a morrer".

Poderíamos, igualmente, falar na morte lenta do Blitz, uma múmia do jornalismo musical, cuja qualidade se foi desvanecendo à mesma velocidade dos maravilhosos cabelos dos anos 80. Mas peguemos antes nos números, que são da consultora Nielsen: nos EUA, "a preponderância do hip-hop/R&B é óbvia, com 7 dos 10 primeiros lugares no ranking de artistas com melhores resultados em 2017 a pertencerem a este território musical".

Parece que Kendrick, Drake ou Eminem dominam os tops no país que elegeu, democraticamente, Donald J. Trump. Daí a extrapolar-se que o Rock morreu ou que os europeus são todos rednecks vai um longo caminho. O Blitz comporta-se como o Correio da Manhã e há que aceitar a linha editorial que definiram. Eu decidi nunca ler a Nova Gente, o mesmo acontece com o Blitz.

Não obstante, e rebuscando no relambório do jornalista, há factos que, na verdade, nos devem fazer reflectir. Ou, se preferirem, basta ligar a rádio e ouvir a prevalência de estilos como reggaeton, R&B e afins. É mau, é muito mau, mas a lavagem cerebral é permanente, ajustada às ambições e inteligência da geração Geordie Shore.

Infelizmente, olha-se para o lado e as aberrações não deixam de proliferar. Parece que está muito na moda o K Pop, uma corrente vinda da Coreia do Sul que tem tido muito sucesso na Europa e nos States, e cujos princípios básicos são... zero. Uma trampa a soar a americanice mas com umas miúdas orientais de saia curta e aparência tamagotchi. O vídeo que está a seguir tem 487 885 916 visualizações no Youtube. Não há mais nada a dizer.

Italo Disco - XIII

Gripe? Então tomem lá uma boa xaropada.

Gazebo, nome artístico de Paul Mazzolini, foi mais um dos artistas que vogou a corrente do Italo-Disco nos anos 80, neste caso com avultado sucesso, como o comprovam as mais de 8 milhões de cópias que este "I Like Chopin" vendeu em todo o mundo.

Não sei se Chopin ficaria muito feliz com a associação do seu nome a esta peça musical, mas que é um bom expectorante para a tosse, isso parece-me ser inegável.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

No mínimo... diferente.

"Real People, Not Actors" é uma das músicas do recente "Am I Using Content Or Is Content Using Me?" da dupla Raime, composta por Joe Andrews e Tom Halstead.

Experimentações musicais que apontam para uma evolução do som dos Raime para além daquilo que eles nos ofereciam sob o alias Yally.

Agora vou só ali ligar para o programa da Cristina... pode ser que ela me atenda. Até já.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

O concerto do ano?

Este ano que ainda agora entrou tem já um ponto alto em perspectiva: o concerto dos Tool no Altice Arena, expectavelmente já com musicas do novo álbum.

Assim, a correr, passaram 10 anos desde o último álbum de originais, "10,000 Days", e mais de 20 sobre a obre-prima "Ænima", do qual escolhi este "Eulogy". Ansiamos sofregamente pelo regresso do Sr. Maynard & Co. Que seja em grande!

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Toma lá, 2018!

Que 2019 seja um bocadinho melhor, se faz favor.

Jonathan Bree, "Fuck It", o quinto single do álbum "Sleepwalking".
O vídeo é também da responsabilidade do músico.