quinta-feira, 31 de outubro de 2013

The Color of Pomegranates.

Banda sonora perfeita dos Juno Reactor para o vídeo que acompanha a música e que são excertos do fantástico filme de Sergei Paradjamov, The Color of Pomegranates, também conhecido por Sayat Nova. Nele se conta a história da vida de um poeta arménio - Sayat Nova - ao mesmo tempo que se louva a cultura da Arménia, tantas vezes pressionada e em risco de desaparecimento fruto de invasões e muitos anos de opressão. Como o youtube não permite a incorporação do vídeo no blog, dêm um salto até esse site do demónio e vejam a obra-prima de Paradjamov: http://www.youtube.com/watch?v=v8LY2VgiikE

Quanto aos Juno Reactor, são um dos expoentes do Trance e em God is God percebe-se porquê.

Electro-elegance.

O duo germânico Booka Shade é conhecido por incorporar elementos techno, pop, ambient e funk nas suas músicas essencialmente house. Definidos como electro-elegance dada a fluidez e minimalismo das suas melodias, esta dupla é o também o exemplo da evolução que muitas bandas fazem e fizeram dentro dos diversos estilos da música de dança, como é o caso dos "meus" Underworld. Night Falls, do segundo álbum, Movements, de 2006. Ambient e Chill-Out para uma tarde veranil.

David Bowie + James Murphy = Yeah!

Aqui fica o video de Bowie para a remistura de "Love Is Lost", de James Murphy, que a baptizou de "Hello Steve Reich Mix".
Atenção aos pózinhos de "Ashes to Ashes" que se houve lá pelo meio.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Sacré Bleu! - IV

Êtes-vous française?
Non, je suis américaine.
Uma das protegidas de monsieur Bertrand Burgalat e a artista mais interessante da Tricatel, é uma americana, Elinor Blake, que dá pelo nome artístico de April March. Eu sei que tinha prometido falar dos franciús, mas esta senhora tem a produção do monsieur Burgalat e uma boa parte dos seus álbuns são cantados em francês, cheios de referências da Chanson Française e do Yé Yé.
Não acreditam?
Então vejam o postal ilustrado de Paris (olá, casal Bruto&Bruta) do video de "Mignonette"(o som não é fabuloso, mas tinha de colocar esta pérola kitsch), single de promoção do álbum "Chrominance Decoder", de 1999.



Em 2002, April March, lançou o seu melhor álbum até à altura, "Triggers", com uma produção soberba de monsieur Burgalat.



Em jeito de brincadeira dizemos adieu com um dos pontos mais altos da carreira desta madame, comercialmente falando, na banda sonora do filme de Quentin Tarantino, "Deathproof", com esta versão "adaptada" de um original de Serge Gainsbourg, "Laisser Tomber Les Filles", rebaptizada de "Chick Habit".

Super, uéh!





Sacré Bleu! - III

Où ést la piscine?
Lá-bas?
Merci!
Outro tipo que tem passado relativamente longe do território português, assim por uns milhares de quilómetros, é Bertrand Burgalat. Músico, compositor, produtor e visionário-ó-retro encarregue da editora Tricatel, Burgalat é um tipo apaixonado pelo cruzamento das sonoridades pop dos anos 60 e 70, com a Chanson Française, o Yé-Yé e as tendências retro/easy-listening. Tudo coisas boas que me agarraram logo a meio da década de 90. Enquanto meio mundo andava extasiado a ouvir o novo som francês que emergiu nessa década, graças aos Daft Punk, Étienne de Crécy, Saint-German, Phoenix, AIR (que fizeram dois primeiros álbuns geniais e depois foi sempre a descer, mas havemos de voltar a estes monsieurs), entre outros, eu descobria o potencial do piroso-retro graças ao Monsieur Burgalat.
Depois de imensas colaborações e produções, inclusive com algumas das bandas referidas anteriormente, o seu álbum de estreia, "The Ssssound of Mmmmusic", de 2000, conquistou-me de vez, graças a faixas como esta, "Ma Rencontre":



Burgalat não tem parado e o seu último álbum, "Toutes Directions", de 2012, mantém o género, com o aprofundar da personagem sonora que criou.

Sacré Bleu! - II

Et deux croissants, s'il vous plait.
Continuamos a nosso passeio par la belle France.
La Femme é uma banda de putos franceses, dentro do espírito hipster que tanto está na moda, que cruzam referências do surf rock com o psicadelismo dos anos 60. O seu álbum de estreia, lançado este ano, intitula-se "Psycho Tropical Berlin" e foi uma boa surpresa.
Vejamos e escutemos este "Sur La Planche".

Sacré bleu!

Le DJ Ruto irá hoje passear por terras dos irredutíveis gauleses para recuperar figuras interessantes do espectro musical alternativo franciú. Começamos com monsieur Sébastian Tellier, misto de Gainsbourg com Jean Michel Jarre em dias foleiros. Recordamos a sua vertente mais gainsbourguiana com este "La Ritournelle", do álbum "Politics", de 2005, com um convidado muito especial na bateria, Tony Allen. Curiosidade: o video foi realizado por Quentin Dupieux, a.k.a. Mr Oizo.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Versões - XV

O Rei-Camaleão Bowie a vestir as roupas de Nina Simone e a dar-nos umas das melhores covers do século XX.
Recordamos "Station To Station", de 1976, com este "Wild Is The Wind".

Italo Disco V

O que o Italo Disco tem de bom é que, regra geral, os artistas tinham um sucesso e depois desapareciam tal como D. Sebastião, o que nos facilita imenso o trabalhinho de vos ter que dizer alguma coisa. Portanto, sobre o Miko Mission, oiçam a música e não perguntem mais nada.

25 anos é muito tempo.

Muitos dias, muitas horas a cantar e a dizer mal de tudo.
"MORRISSEY 25 YEARS LIVE" é um registo histórico das últimas actuações ao vivo de Morrissey, nos E.U.A.. Percorrendo uma carreira de 25 anos a solo, o cantor-compositor-boxeur-e-embirrador-profissional-que-não-é-gay (segundo a autobiografia lançada na semana passada... yeah, right!), desfila os seus êxitos com o habitual charme, suportado pela (profissionalíssima) banda que o tem acompanhado na última década. Há aqui canções para todos os gostos, sem esquecer umas quantas que ele escreveu e cantou numa banda qualquer, uns tais de The Smiths, não sei se se lembram...
É a ironia, estúpido!

Nós, por cá, ainda não lhe perdoámos a falha de há dois anos ter cancelado o concerto em Cascais...
Mas há sempre margem para perdão, caso se decida a regressar e a visitar-nos.
E já temos um T2, portanto pode ficar a dormir lá em casa!


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ainda a festa dos anos 70...

E este grande sucesso da cassete e do Disco, da autoria do musicólogo Michael Zager. Ressalve-se que este vídeo foi rapidamente substituído por outro, digamos, menos interessante. De facto, não há nada como o original.

Finalmente, aponte-se os uh, uh deste canção como a influência por detrás dos uivos medonhos com que esse grande homem que é o João Baião nos brindava no histórico e inolvidável Big Show SIC, programa que fez dessa estação de TV a referência que ainda hoje em dia é.

Os Chemical Brothers yankees.

O título talvez seja uma ofensa para os Crystal Method, que lançaram bons álbuns no novo milénio, ao contrário dos Chemical que acertaram muitas vezes ao lado do alvo com os seus trabalhos mais recentes. Para mim, a partir do "Dig your own hole" foi sempre a descer, excepção feita a uns quantos singles.

Trip like I do, do primeiro álbum: Vegas.

Recordando Reed. - II

A voz sentida de Antony, num dueto com Lou Reed, em 2006.

Música da festa dos 70s? Esta, certamente.

Na verdade os Bee Gees, Abba, Donna Summer, Sylvester e afins também estiveram muito bem. Deu mesmo para um pouco de Sex Pistols e T-Rex. A seguir, 60s?


Ao dia de ontem e ao Sr. Lou Reed.


Recordando Reed.

Com John Cale, no álbum de homenagem a Andy Warhol, "Songs For Drella".

domingo, 27 de outubro de 2013

R.I.P.

Lou Reed (1942-2013) deixou-nos hoje.
Honremos a sua memória.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

E sonharemos coisas tontas, rodeados de gente ainda mais tonta...

Por aqui há sonhos grandiosos de uma grande festança...
Isso ou são sonhos acabadinhos de serem polvilhados com açucar e canela!


E correremos como tontos praia fora...

Na perspectiva de mais um fim-de-semana, sem chuva, com um grande acontecimento festivo, o sentimento é aqui pelo blog é...

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Ai, coisa boa!

Regressamos às colaborações improváveis do genial "No Comprendo", de Khan.
Ai aguentam? Aguentam!!
Sem piedade!
Dá-lhe.

Versões - XIV

Hoje trazemos o original e a versão para fazermos o "Pepsi Challenge". Não sabem o que é? Então aprendam a nascer numa década interessante.

Do magnífico albúm de estreia, "Power, Corruption & Lies", dos New Order, trazemos "586". Não é um "Blue Monday", mas é uma grande música.
Para testarmos a competência dos imitadores/fãs, trazemos uma versão dos S.C.U.M., a dar uma roupagem mais actual, mas sem desvirtuar o lado dançável do original.

Qual escolhem?



Recado para sábado à noite.

Começamos o dia com um aviso à navegação festiva da próximo grande evento dos Dj's Bruto&Ruto, a cargo das (puritanas) Avenue D: "Don't get too drunk to f&%k".

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Diga lá adeus à tia, vá.

Juntar a bela ao monstro.
À voz etérea de Julee Cruise (ai ai, que saudades de Twin Peaks), "El Turco Loco" Khan solta as suas diabruras dançantes.
Revemos, na despedida de hoje, um dos melhores discos de 2001, "No Comprendo", de Khan.
Havemos de cá voltar.
Ao disco e ao blog!


Elliot Smith

Fez 10 anos na segunda-feira, dia 21, que faleceu Elliot Smith.
Recordamo-lo num dos seus clássicos.

Os reflexos começam a ser reais.

Agora ao vivo, no nosso mui adoro The (Stephen) Colbert Report.

P.s.: temos de arranjar uma bola de espelhos daquelas para sábado...

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Desculpem qualquer coisinha, mais uma vez, mas...

É só mais esta, para a despedida.
Do mesmo álbum da posta anterior, um slow dos Slow Club.
Eu sei, foi uma porcaria de trocadilho.
Desculpem, mais uma vez...


Desculpem mas...

Esta não me sai da cabeça.
Partilhemos a agonia da música saltitante na memória.
Os Slow Club, casalinho inglês, de Sheffield, a contaminar-nos com esta pérola do álbum "Yeah So", de 2009.
O video tem a colaboração de um tipo que os fãs do "The Office" original reconhecerão facilmente.

Não gostas? Então vai levar no... - III

Um monumento da cultura pop faz 75 anos.
Um "guilty pleasure" que me acompanha desde que eu tenho memória visual, é hoje aqui homenageado com uma animação criada por Zach Snyder e Bruce Timm, passa em revista os principais momentos desses 75 anos.
E que bela animação.

A vida em...

Recordações que nos levam a 1996.
Quando o drum&bass, o jungle, o trip-hop e outros ritmos dançáveis nos levavam para a dominante Inglaterra.
Hoje servimos os Mono.
Um bombom ritmado, acompanhado por uma voz melancólica mas extremamente competente para a canção.

Onde andavam em 96?

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Mais uns putos a brincar aos clássicos alternativos.

Uma bateria, um baixo, dois Moog's e uma voz afectada.
A música que fazem não é nova, mas é um reciclado "chic-ó-depressivo".
Chamam-se S.C.U.M. O álbum, "Again Into Eyes", já é de 2011, mas continuamos a regressar aos seus sons híbridos.


Qual sol?

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Vinde a mim esse fim de semana.

Sosseguem.
O estaminé estará aberto para quem quiser vir ver e ouvir boa música.

Dança, sacana!

A banda com o nome mais exclamativo do universo musical, os !!! (pronuncia-se Chk Chk Chk), a exibir-se esta manhã, só para nós...
Serviço público fantástico da KEXP, a mostrar-nos a máquina de ritmo que é esta banda.
E vale a pena perder uns minutos a acompanhar a prestação do vocalista Nic Offer.
E aqueles calções, meus amigos, se aquilo não é a capa do "Some Girls" dos Rolling Stones, vou ali e já venho.

Hell yeah!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Sonhar digitalmente não paga impostos!!!

Ah e tal, não se pode fazer isso.
Por muito estúpidos que sejam, os seus colegas de trabalho têm de ser, no mínimo, respeitados e tal...
Violência não leva a lado nenhum...
...
Sonhar não ofende nem é sujeito a contribuição excepcional, certo?
Ora então fiquem com esta delícia dos Flying Lotus.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ordens superiores.

Recebidas e, em breve instantes, serão cumpridas.



Aviso à navegação: muito em breve este vosso Dj voltará a dedicar um dia a uma das suas bandas favoritas (e extremamente desconhecidas) de muitos ouvintes, os Sparks, dos irmãos Ron e Russel Mael. 
Não os conhecem? Não há problema, só temos 40 anos de carreira para descobrir...


THAT'S JUST SILLY - XII - Ou porque nunca se devia ter acabado com o trabalho infantil.

Volta, Hanna Montana.
Estás perdoada.
Mais ou menos.

Cyborgs don't feel pain.

Na sequência do caminho desbravado pelo Skrillex têm surgido muitas coisas interessantes na área do dubstep. Para mim Deadmau5 está lá no topo, mas alguns singles dos Savant também não são de desprezar. Human vs. Computer. Computer wins.

Ânsias de estar fora daqui ou que saudades disto e não daquilo.

Não, isto não está bem.

Não está nada bem, não senhor.
Em vez de se dedicar aos The Divine Comedy, o Sr. Neil Hannon anda a escrever música com o Sr. Thomas Walsh dos Pugwash sobre... Cricket?!?!? Raios e coriscos e manias tontas inglesas!
Não senhor!
Nós não queremos The Duckworth Lewis Method.
Nós queremos The Divine Comedy!
Queremos músicas sobre tudo o que se passa à nossa volta, com predominância para dramas sentimentais, domésticos e económicos. E podem também juntar alguma política. E história também, se faz favor. Tudo servido com uma escrita genial e por vezes corrosiva.
Mas cricket??!?
Não está nada bem, não senhor.

Vamos só passar o video do primeiro avanço do novo álbum deste projecto, "Sticky Wickets", porque somos cavalheiros e simpáticos. E a música até é engraçada. Mas fica por aí.

Passem bem.


Não me consigo decidir...

...qual a versão que gosto mais. Ouçamos pois as duas.





segunda-feira, 14 de outubro de 2013

THAT'S JUST SILLY - XI - Come back bunny...

Este vídeo está OK, mas o programa original era fantástico.

Waldorf: These seats are awful.
Statler: Why? Can't you see anything?
Waldorf: That's the problem. I can see everything.


Memórias.

Descobri o electroclash dos Memory Boy através de uma colectânea que me emprestaram lá para os inícios de 2000. Chamava-se Tangent 2002: Disco Nouveau e trazia músicas de bandas como Adult, Susumu Yokota ou Legowelt. Não me recordo o que aconteceu à cópia que terei feito, mas ficou na memória deste rapaz que there is no electricity.


O problema das drogas.

Primeiro avanço para o novíssimo "Lousy with Sylvianbriar".
Uma das trupes mais avariadas da música alternativa norte-americana tem álbum novo e um video que é bem o reflexo da qualidade de algumas drogas que andam por aí a circular.
Assim, de repente, pareceu-me que os Of Montreal cuspiram no prato da pop e avançaram para o cachimbo do psicadélico. Vejamos o restante álbum.

Flutuando para onde interessa.

Às boas sugestões dos amigos.

Um passeio por uma carreira singular.

Recording these songs again was not so much about righting past mistakes or inadequacies, but more about the power of now. Something that’s been growing since the film shows, something that made us recognise how we feel now, and connecting that to our past feel important.
Walking up to Abbey Road, it could easily have overcome us. But it had nothing to do with its past. We weren’t there to take photos on the crossing. I didn’t think about playing the Lady Madonna piano. I’d like to say it was just another studio, but sadly, that’s not true anymore. It’s one of the only studios of its kind left. And it wasn’t about our past either. These songs feel like cover versions. Someone else’s music we feel we had something new to bring to. Abbey Road could have been a big slap on the back. Or a big punch in the face. But it felt natural. It’s where we should be. It’s important that we got here and to give ourselves some credit. It’s also important to give these songs a new life.
And so much more fun than a greatest hits album. 21 years of tindersticks. This isn’t a selected highlights. It just shows how far we’ve come.
David Boulter, 2013

(Na página oficial dos Tindersticks, a propósito da edição de "Across Six Leap Years".)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Liberta a mente e o roupão.

Ora aí está o video para o primeiro avanço do novo álbum dos Cut Copy, "Free Your Mind".
Confirma-se as suspeitas que os australianos andaram a tomar umas pastilhas com os Primal Scream e os Happy Mondays de 1991...  Aaacccciiiidddd!
Aguardemos pelo resto do álbum. Até agora, duas músicas divulgadas, nada de extraordinário.

Curiosidade do video: o loiro com ar de Thor é o Sr. Alexander Skarsgard, da série "True Blood".


Quando a arte copia a arte. - II

"The Clockwork Orange" de Stanley Kubrick, é um dos filmes mais marcantes de toda a história do cinema. Adaptação cinematográfica do romance com o mesmo nome, de Anthony Burgess (que não ficou muito contente com alguns dos pormenores do filme de Kubrick), "The Clockwork Orange" estabeleceu um patamar visual e narrativo que muitos reclamam como a razão para se terem dedicado às artes.

Hoje trazemos um descendente directo da estética de "The Clockwork Orange": o video "The Universal" dos Blur, realizado pelo talentoso Jonathan Glazer (já aqui mostrámos outro trabalho seu, o fantástico "Rabbit In Your Headlights", dos UNKLE).

Aqui ficam a cópia merecedora de aplauso e os primeiros dois minutos e dezoito segundos do original merecedor de veneração.



O avô favorito.

Começar esta sexta-feira com uma visita ao nosso avô favorito, os Grandaddy.
A banda de Jason Lytle conseguiu um culto considerável durante a década de 90 e consolidou-se como uma referência de culto do indie rock norte-americano até aos dias de hoje, graças a um casamento perfeito entre sintetizadores analógicos e guitarras distorcidas. Canções estranhas sobre robots, nerds, gente marada, odes à natureza, depressões, amores improváveis e relações disfuncionais fizeram dos Grandaddy o verdadeiro avô cantigas. 
E sim, são cantigas que verdadeiramente importam. 
Como esta "Hewlett's Daughter", primeiro single a ser retirado do álbum de 2000, (a obra prima) "The Sophtware Slump".

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Versões - XIII

Ai estamos numa de versões com moçoilas roliças?
Então toma lá uma grande versão, enorme até (se me é permitida a graçola), de uma pinderiquice dos 80's.

Senhores com senhores, senhoras com senhoras, aqui ficam os The Gossip a dar testosterona a este blog.   

Versões - XII

Sinceramente, em que outra situação eu conseguiria colocar aqui no Duotron um vídeo de alguém como as roliças Sugababes? Só mesmo porque a base é maravilhosa e as meninas e seus produtores não a conseguiram deturpar por completo.

Senhoras e senhoras, Sugababes tentando destruir o trabalho genial de Mr. Gary Numan.

Da Bélgica não vêm só bons chocolates e cervejas.

A cultura mainstream portuguesa e de uma grande maioria da Europa está formatada para receber essencialmente coisas em inglês, de preferência dos EUA, Reino Unido e em menor grau da Irlanda. Daí não ser surpreendente o eterno debate sobre o cantar-se em inglês ou na língua materna, havendo mesmo países - como o nosso - que define quotas para airplay de música nacional (vide a famigerada Lei da Rádio).

Tal facto foca muito a nossa atenção no que vem dos ditos Estados, descurando-se assim uma miríade de outros países onde por certo se elabora música de grande qualidade. É o caso da Bélgica, donde vêm nomes tão bons (ou não) e díspares como 2 Many DJs, dEUS, Enthroned, Telex, Hooverphonic, etc., etc. O próprio Django Reinhardt era originário da Bélgica.

Belgas são também os Cinerex, que caso se tivessem formado em Bristol teriam tido muito sucesso, mas como são do país da Leónidas e da Godiva ficaram num relativo obscurantismo.


Mini concerto, enorme prazer.

Canções intensas despidas de electricidade, tornadas acústicas para nosso deleite.
Os The National a exporem-se para os concertos intimistas da NPR.
Uma curta actuação que se torna enorme em entrega.

Malfeitor.

Novo video dos Camera Obscura, para o último single a ser lançado do mais recente "Desire Lines".
Um delícia de pastiche "lo-fi", qual homage às ficções científicas matreiras da década de 70.
Mim esmagar mundo com raio psicotrónico!
ARRGGHHH!!

A arte como arma.

Depois da canção, o video.

Do seu imenso coração galês, que nunca deixam de ostentar com orgulho, juntamente com a sua sempre presente veia política, os Manic Street Preachers voltam à carga com mais um belo video para uma belíssima canção. 

Retratando uma época em que os mineiros da Grã-Bretanha e respectivas comunidades foram esmagados pelo reinado da (abjecta) Margaret Thatcher, em prol de uma economia de mercado próspera (seja lá o que isso for) e santificadamente capitalista, "Anthem For A Lost Cause" segue a linha estética de narrativas de vida no País de Gales, já exibidas nos videos anteriores de "Rewind The Film" (para já, segundo a imodesta opinião deste vosso Dj, um dos grandes candidatos a álbum do ano).

Um pedaço de história que não é nossa, mas que cada vez mais se parece com a nossa.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O verdadeiro artista.


Everything has its beauty, but not everyone sees it
Andy Warhol 

THAT'S JUST SILLY - X - É arte.

Não percebem? Então vão ver um jogo de futebol ou comer tremoços, seus energúmenos. Gosto muito da cuequinha da última!

4 Ana Borralho e João Galante Criativa-mente from -mente on Vimeo.

THAT'S JUST SILLY - IX - E se... os belgas tivessem humor?

E SE... de repente, "Wat als" (em português "E se") fosse uma das melhores séries de sketches humorísticos dos últimos tempos?
Parece estranho, mas os Monty Python têm uns netos belgas a fazer umas coisas bem boas, subordinadas à temática "E se...".
"Wat als" passa no canal Q, das Produções Fictícias, e vale (muito) a pena espreitar.
E este video, com o "E se o novo Papa fosse um cão?", até nem é um dos seus melhores sketches.
Mas é difícil encontrá-los legendados no youtube.
Obrigatório ver!

Warp speed - I

Mais um dia, mais uma volta no carrossel discográfico.
Hoje começamos a destacar outro catálogo fundamental nas sonoridades electrónicas/dançáveis: a Warp Records, que o meu comparsa Dj Bruto já nos apresentou através de alguns dos seus artistas.
Fiquem por aí, que ficam Blllrrzzgtthhjajfl... Kling!


Música para uma banda sonora.

Uma banda excêntrica, que alguns catalogam como avant-gard, os L'Onironaute vagueiam entre o jazz, downtempo e ambient, criando sonoridades distintas e com uma excelente instrumentalização. A mim remete-me para hipotéticas bandas sonoras de filmes futuristas. E a vocês?


Mais logo, no TMN ao vivo.

Espera-se um grande concerto dos irlandeses GIAA em Lisboa. Poucas palavras mas muita música.


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Bonito nome para uma banda.

Quem são os Brutus? Para além do bonito nome, que devem ter ouvido muitos álbuns dos Led Zeppelin, Black Sabbath e Iron Maiden e que são originários da Noruega, não sei rigorosamente mais nada. Aliás, confesso que nem gosto deste revivalismo de rock psicadélico dos anos 70 que eles nos trazem. But who cares?! Chama-se Brutus e está tudo dito.

Vamos dançar assim?

THAT'S JUST SILLY - VIII - O Deus Banksy!!

Da sua residência artística em Nova Iorque, chega-nos esta pérola.
Banksy é grande! Banksy é grande!

Versões - XI

Lobo em pele de cordeiro. Ou loba em pele de televisão na rádio.
A Sra. Calvi a reinterpretar os TV On The Radio, com o seu clássico "Wolf Like Me".
Diferente mas bom.

Vassalagem aos reis e rainha.

A um mês do grande evento, um novo video para o último single, "Andro Queen" a ser retirado de "EP-1".

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ah, isso não se pode fazer num baixo.

Ah, mas pode-se.
E quem sabe, faz coisas assim maravilhosas.
Basta ver estes senhores na meca das actuações musicais ao vivo na televisão.

Música quente... de leste.

Os Savages - não, não são as 4 moçoilas britânicas com o mesmo nome - são originários de Budapeste e misturam géneros como downtempo, jazz, funk, swing, dub e muitas outras coisas que foram buscar ao próprio cancioneiro tradicional húngaro. Têm apenas um álbum editado, Five Finger Discount, de 2008, donde provem este You're my chocolate. Oh yes you are!

Em breve.

Iremos ver o que esta senhora consegue fazer ao vivo.
Até lá, vamos espreitando a curta, mas interessante carreira até agora de Anna Calvi.
Começamos com o seu primeiro single, "Blackout", do álbum de estreia homónimo.

Grrrr...

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Bananitas.

Na ausência do grande Miguel Bublé ou da Xáquira, marcámos para hoje à tarde estas bananitas.
Tem ar de grande produção e é grande produção. Cheio de gente conhecida e luminosa.
Mas, para lá de todo o fogo de artifício, precisamos de digerir as canções com mais calma.
Venha o álbum.

Sangue novo.

Chama-se Polly Scattergood, e traz synth pop nas guelras. O álbum dá pelo nome de "Arrows" e o single "Wanderlust",  tresanda a Gary Numan adocicado.
Uma descoberta interessante no vasto e importante catálogo da Mute Records.
Voltaremos em breve a esta Polly.

Trabalhos na estrada.

Voltamos a "High Road", primeiro single do novo "Static", dos Cults, agora com direito a um mui competente video, filmado num belíssimo preto e branco.
Siga, siga sempre em frente.
Venha o restante álbum!

THAT'S JUST SILLY - VII - The Simpsons Del Toro

A mais genial abertura da série The Simpsons, pela mão sempre aterrorizadora de Guillermo Del Toro, para o episódio 24.º do especial "Treehouse of Horror".
Tenham medo!!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Versões - X

Um passeio de três minutos e quarenta e dois segundos pela carreira de uma banda com mais de 20 anos de existência.
E com um olhar sempre carinhoso pela memória do desaparecido Richie Edwards.
Como não gostar destes senhores galeses?

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Isto sim, é a sério!

Depois do vómito de desprezo que lancei em direcção às últimas aventuras sónicas dos The Killers, decidi trazer uma coisa boa que já anda a rodar há algumas semanas pela discoteca aqui do burgo.

Os Jagwar Ma, que editaram este ano o álbum "Howlin", são a nova sensação indie pop australiana. Uma espécie de lovechild dos Happy Mondays com os Primal Scream da época "Screamdelica" (a comparação é minha, responsabilizo-me por ela), os Jagwar Ma praticam uma pop-psicadélica-acid que está muito na moda. E, pelos vistos, não são os únicos, pois outros "aussies" mais conhecidos, os Cut Copy, já deram a conhecer no seu novo single que também aderiram ao lado mais acid da coisa, embora com resultados decepcionantes: exageraram na colagem ao som de "Screamdelica".

Por agora ficamos com os putos Jagwar Ma. Querem pop boa, divertida e dançável?
Fiquem por aqui, que isto é a sério!



Sim, é melhor assobiar para o lado.

Aliás, assobiemos para o ar com os Air. Já é mais do que muitos energúmenos merecem.

A sério?

Os The Killers vão lançar uma compilação dos êxitos. "Direct Hits" charmar-se-á.
Terá um original, "Shot At The Night", produzido pelos M83.
...
É pá, é impressão minha ou isto mais parece os Starship em 1987?!?
A sério, desisto destes tipos. A última música de jeito que fizeram chamava-se "Read My Mind" e já lá vão 6 anos. Não há pachorra para tanta mediocridade criativa.
Nem os franciús revivalistas os safam.

Assobia para o lado.

Uma melodia jovial e bem disposta para começar um dia que tem todos os ingredientes para ser m*$%oso.
Ou então assobiamos para o lado e fazemos de conta que não é nada connosco.
Descontracção e estupidez natural.
É isso.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Educação musical - II

Vá, sossegados e calados, que temos uma aula para dar e pouco tempo para cantar.
Ontem falámos dos TOY e como eles eram influenciados pelo Krautrock e pela sua batida maquinal, o motorik. 
Pois bem, então vamos lá descortinar que maradices são estas que os alemães andaram a fazer no final da década de 60 e durante a de 70. Fartos das influências pop/rock anglo-americanas e das invasões "beatlescas", "rollinguestonescas" e derivados norte-americanos, grupos de jovens alemães, grande parte deles com formações académicas e musicais, dedicaram-se à criação de novos sons, assentes em estruturas rítmicas repetitivas, geralmente batidas em tempo 4/4 (o tal motorik). Tomava-se alguma influência do rock progressivo, privilegiava-se o instrumental, o divagar entre apontamentos de improvisação, ruídos, melodias repetitivas, sempre com a tal batida a marcar o ritmo. E com o surgimento do sintetizador, os horizontes criativos de bandas como Tangerine Dream, Faust, Neu!, Can, Kluster, Kraftwerk e mais umas quantas que havemos de aqui falar, foram esticados a novos limites, desbravando fronteiras que até à altura estavam relativamente consignadas ao universo da música experimental.
Fiquemos com os Neu! a mostrar como se faz uma bela trip, com o clássico "Hallogallo":




A década de 90 assistiu ao ressurgir do interesse pelo Krautrock com uma série de bandas a homenagearem e a assumirem o seu gosto pelo salsicha ácida alemã. High Llamas, Mouse on Mars, Tortoise e os Stereolab, que nos trazem este belíssimo "Les Yper Sound" ao vivo no "Later with Jools Holland":



Ah, como é lindo o som dos Moog, dos Roland, dos Korg...

Bem, encerremos esta breve aula com o panorama actual.
A década de 10 do presente século, como não seria de estranhar, é feita de mais revivalismos e cópias e fotocópias e vira o disco e toca o mesmo.
E o Krautrock voltou a estar na berra, graças a bandas como os The Horrors e os seus protegidos, que ontem tiveram honras de destaque, os TOY. Escutem, dissequem e escamoteiem as diferenças entre avós, pais e netos deste género musical.





Hoje não levam trabalho para casa.
Mas estudem bem este tema.
Pode sair no teste.

Não gostas? Então vai levar no... - II

Quem (re)mexe, sem saber nem gosto, estraga.
Quem (re)mexe, com talento e tomates, produz bons pratos.
Com o Sr. Aphex Twin, regra geral, não temos problemas de digestão e nem de escatologia.
Assim, no menu de hoje, temos o clássico "Heroes" do D(eus)avid Bowie, na versão sinfónica de Phillip Glass, revisto pelo mestre do corte e costura electrónico.
Uma das melhores remixes de sempre, com a grandiosidade e estranheza que o Aphex Twin nos habituou.

Continuando a electroclashar.

Outro grupo da vanguarda da cena Electroclash do início do milénio, os Ladytron souberam reformular-se e ainda por aí andam, como o comprova o álbum de 2011, Gravity the Seducer. Esta é do álbum de 2002, Light & Magic. A senhorita Helen Marnie está particularmente engraçada neste vídeo...
When a menthol hit, hooks a spatial girl in her summer clothes; Like a transmission, on an empty channel, all lines are closed.

Electroclash

Lembro-me perfeitamente: estava na Calçada da Ajuda, a estacionar o bólide e a ouvir um programa de rádio apresentado pelo Nuno Galopim. Ia jantar a um restaurante indiano que ainda hoje lá existe. Breves segundos antes de desligar o carro começa a tocar no sonante o single Emerge, primeiro avanço para o álbum #1. Espera lá... o vindaloo de borrego que aguente que isto é muito bom!! Seis meses depois não se falava de outra coisa. Electroclash para aqui, electroclash para ali, bandas como Ladytron, Miss Kittin, Legowelt, Peaches e muitos outros inundavam as tabelas de música de dança. O que sobrou desde então? Pouco, há excepção de uns quantos bons álbuns. O conceito era deveras interessante: o som synth dos anos 80 filtrado por dois revivalistas da cena eletrónica nova-iorquina, com adições de techno, punk e muitos efeitos visuais, contrapondo ao vazio frio e inestético do techno duro que então passava nas discotecas. A moda passou, as tendências são outras, mas a recordação dessa era fica.


About a Girl.

Não. Não vai ser a fantástica música dos Nirvana com esse título. É mesmo mais acerca de uma miúda gira. Aliás, giríssima. Para ela.