quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

QuePop?

O jornalista(?) Luís Guerra publicou, há uns dias, o seguinte editorial no Blitz. Caso não queiram ler todo o artigo, deixo-vos apenas as letras gordas: "Os números não mentem: o rock está a morrer".

Poderíamos, igualmente, falar na morte lenta do Blitz, uma múmia do jornalismo musical, cuja qualidade se foi desvanecendo à mesma velocidade dos maravilhosos cabelos dos anos 80. Mas peguemos antes nos números, que são da consultora Nielsen: nos EUA, "a preponderância do hip-hop/R&B é óbvia, com 7 dos 10 primeiros lugares no ranking de artistas com melhores resultados em 2017 a pertencerem a este território musical".

Parece que Kendrick, Drake ou Eminem dominam os tops no país que elegeu, democraticamente, Donald J. Trump. Daí a extrapolar-se que o Rock morreu ou que os europeus são todos rednecks vai um longo caminho. O Blitz comporta-se como o Correio da Manhã e há que aceitar a linha editorial que definiram. Eu decidi nunca ler a Nova Gente, o mesmo acontece com o Blitz.

Não obstante, e rebuscando no relambório do jornalista, há factos que, na verdade, nos devem fazer reflectir. Ou, se preferirem, basta ligar a rádio e ouvir a prevalência de estilos como reggaeton, R&B e afins. É mau, é muito mau, mas a lavagem cerebral é permanente, ajustada às ambições e inteligência da geração Geordie Shore.

Infelizmente, olha-se para o lado e as aberrações não deixam de proliferar. Parece que está muito na moda o K Pop, uma corrente vinda da Coreia do Sul que tem tido muito sucesso na Europa e nos States, e cujos princípios básicos são... zero. Uma trampa a soar a americanice mas com umas miúdas orientais de saia curta e aparência tamagotchi. O vídeo que está a seguir tem 487 885 916 visualizações no Youtube. Não há mais nada a dizer.

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