quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Sangue magenta.

A moda dos remakes de clássicos cinematográficos veio para ficar e, infelizmente, não dá sinais de abrandar.

"Suspiria", uma das obras maiores do cinema de terror que veio a ficar conhecido como giallo, cortesia do realizador do filme, Dario Argento, é a mais recente película a ser revista e atualizada.

Lançado em 1977, "Suspiria" rapidamente ganhou o estatuto de filme de culto graças ao pesadelo multicolor que Argento e o seu director de fotografia, Luciano Tovoli, injectaram no filme. Todo o jogo de cores, luzes, padrões e elementos arquitectónicos, tratados via Technicolor, levavam os espectadores a serem imersos num mundo surreal e de constante desconforto. Outro elemento que muito contribuiu para o sucesso do filme foi a sua banda-sonora, a cargo da banda italiana de rock progressivo Goblin. A título pessoal declaramos que não somos fãs desta banda-sonora. Percebemos o seu valor à época, mas a música incomoda mais pela repetição excessiva do que pelo susto que ajuda a formar no ecrã.

Então e o que podemos esperar de "Suspiria" versão 2018, realizado pelo também italiano Luca Guadagnino? Bem, com o elenco que já conhecemos, esperamos melhores actuações e uma melhor direcção de actores, já que Argento estava mais preocupado com as saturações de vermelho e verde na película do que a qualidade das falas. Um dos grandes defeitos que se pode apontar ao original é a miserável direcção de actores. Depois havia o problema das dobragens das falas e uma narrativa fraquinha, para sermos simpáticos. Perdoamos os efeitos especiais, pois estamos a falar de uma produção europeia da década de 1970, fora dos grandes orçamentos dos E.U.A..

Para já o "Suspiria" 2.0 tem um nome a jogar a seu favor: o inglês Thom Yorke, dos Radiohead, foi o músico escolhido para criar os ambientes sonoros do filme.

Seguem os trailers do remake e do original e excertos das suas respectivas bandas sonoras.







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