quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Flashback ao "blonde movement"!

Não, não vamos falar da porca Ciccone.

O que é então o "blonde movement"? Uma designação criada pela imprensa britânica, sempre tão interessada em formatar e estabelecer rótulos, para designar bandas pop e rock da década de 80 que, no essencial, tinham uma coisa em comum: as vocalistas serem louras. Estúpido, como seria de esperar dos tablóides britânicos, mas que agregou ainda assim sobre um mesmo chapéu algumas bandas interessantes a que vale a pena regressar.

Comecemos então pelos The Primitives, uma banda inicialmente patrocinada por Morrissey, atraído certamente pelo som pouco polido e sem compromissos da banda. Infelizmente, o sucesso traz discos, estúdios e produtores, e o som dos The Primitives foi sendo suavizado e maquilhado para agradar às massas. Deixaram-nos, não obstante, algumas boas músicas, caso deste "Crash"



Segunda loura: a bomba sexual e prima donna Wendy James e os seus Transvision Vamp. Praticamente todo o álbum de 1989, "Velveteen", se converteu em singles. Com um som com tiques punk e algo trashy, os Transvision Vamp conquistaram as tabelas e influenciaram muitas bandas power pop que vieram a aparecer já durante os anos 90. Há muito por onde escolher para ilustrar o som e imagem da banda, mas este "Baby I Don't Care" tem uma Wendy em grande forma. Vamos lá.



Mudando de espectro musical, mantemos no entanto a temática: a loura vocalista. Senhores e senhoras, Mrs. Patsy Kensit, a dar voz ao projecto Eighth Wonder. Com um som muito mais contido e pop, a banda é essencialmente reconhecida pelo single de 1988, "I'm Not Scared", escrita a meias com os Pet Shop Boys.



Finalmente, uma coisa híbrida, pois apesar de ter uma loura também havia uma morena. Eram as irmãs Tracey Bryn and Melissa Brooke Belland, filhas de Bruce Belland, dos The Four Preps. Apesar de norte-americanas, as "Voice of the Beehive" foram criadas e tiveram mais sucesso em Inglaterra. Em termos sonoros será a banda menos atractiva, algo a lembrar as "Heart"... Acabemos a volta pelas louras dos 80 com este "Don't Call Me Baby", uma xaropada que teve algum sucesso nas tabelas inglesa, australiana e neo-zelandesa.

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