segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Ah Ah Ah!

Uma a duas vezes em cada década os Grammys fazem isto: atribuem um dos prémios principais a alguém artisticamente relevante ou que tenha feito música de qualidade. Não relevante pelo número de vendas, nem pela quantidade de produtores que foram necessários para pôr cá fora alguma coisa audível, nem pela qualidade desses produtores ou das empresas de marketing que as editoras põem a trabalhar os artistas. Basicamente dão um prémio a um artista ou banda que, realmente, fez alguma coisa de jeito.

Ontem à noite, os astros voltaram a alinhar-se e baralharam as contas dos fazedores de mediocridade. Beck, com o seu álbum "Morning Phase” venceu nas categorias "Álbum do Ano" e "Melhor Álbum de Rock", destronando o produto Beyoncé e o plagiador Sam Smith, que eram as apostas mais seguras para o galardão de "Álbum do Ano".

A internet e os seus utilizadores sub-20 estão em polvorosa. Este "glitch na matrix", esta verdadeira anormalidade na rotina que os mantém sedados e confortavelmente estupidificados, deixou muita gente incrédula e a destilarem ódio e ignorância nas caixas de comentários ou nas abençoadas redes sociais.

Mas é assim, caríssimos: de vez em quando, ainda há esperança para a humanidade que acredita no talento e na capacidade de inovar. Mesmo que venha de um cientologista...


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