sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Anseios. - II

Do filme e da banda sonora já aqui falámos.
Hoje trazemos mais uma música da banda sonora que os Cat's Eyes fizeram para o filme "The Duke of Burgundy", com um curioso video realizado por Rachel Zeffira, para a belíssima "Requiem For The Duke of Burgundy".

Belos orifícios que a Sra. Zeffira tem.

(Excelentes) Guitarradas.

Lazaretto é um bom álbum, com músicas bem compostas e uma produção cuidada. Mas não mata as saudades dos White Stripes. Havia qualquer coisa na simplicidade daquela banda que fazia destacar o fantástico guitarrista que é o Jack White. Mas uma reunião da banda é pouco provável pelo que há que olhar para o futuro e de quando em vez ouvir umas coisas mais antigas.

Fica o link para o single de promoção do álbum, "High Ball Stepper" mas o vídeo que vos deixo é de um projecto paralelo, os The Racounters, mais uma brincadeira do Sr. White com um bando de amigos do Tennessee.

Fish and chips.

O House sempre foi um dos estilos de música de dança que me é menos querido. Muita voz, letras inócuas, tudo com uma tendência gritante para fugir para o HouseXunga. Felizmente que o auge deste género, pelo menos na sua versão mais dura, ficou lá para trás nos anos 90. O que não quer dizer que não se produza House actualmente, com maior ou menor qualidade.

Recente é portanto o trabalho de Kiesza, canadiana que esteve radicada nos EUA e agora está em Inglaterra. Percebe-se o porquê de ter optado por este último país. Nos States e com este som ela não se safava, ao contrário do que acontece no país do fish and chips. Destaque ainda para o vídeo, em formato long take, algo que também já não é novidade no mundo da música.

Lá fora.

"Echolocations: Canyon" é o novo projecto do incomparável Andrew Bird. O álbum reune parte de uma série de gravações feitas por Bird ao ar livre, em diferentes ambientes urbanos e da natureza. Hoje trazemos uma das curtas metragens captadas nos canyons de Coyote Gulch, no Utah. O filme é de Tyler Manson.

Uma bela maneira de começar o dia.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Agência de viagens Banksy

A última aventura de um dos mais importantes artistas plásticos vivos.

Novidades telegráficas. - III

Os Django Django têm um novo álbum.
Chama-se "First Light", que é também o nome do primeiro single.
O video é de Daniel Swan.

Parece bem. Venha o álbum!

Um dos momentos do ano.

Estamos só em Fevereiro e já temos, em termos musicais, um dos momentos do ano. Foi uma sorte nenhum dos plásticos e borrachas que a compõem se ter separado. Podíamos ter visto um seio para aqui, uma bochecha para acolá, quiçá um lábio superior a saltitar no meio do palco. Ainda assim que felicidade!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Meditar.

É o que nos sugere este álbum de Dan Lissvik, aka Atelje. Conhecido como uma das metades dos Studio, Lissvik tem viajado (musicalmente, entenda-se) muito desde o fim desse projecto, sendo que no final do ano passado nos apresentou este "Medidation", do qual escolhi "Bones", um bom exemplo da viagem cósmica que é recomendada aquando da audição deste CD.

"Meditation" é uma viagem curta, de pouco mais de 30 minutos, que funciona como homenagem ao que de bom os Studio nos legaram.

Premonitório.

Lembrei-me hoje disto, não sei porquê. Mas é melhor não tentar perceber esta cabecinha e deixá-la na sua actividade autónoma. Veio pois à moleirinha os Jesus Jones e este "Zeros and Ones". A letra é futurista e encaixa na perfeição no conceito do álbum "Perverse", um dos primeiros álbuns pop-rock a ser gravado na sua totalidade em computador. O resultado foi decepcionante, nomeadamente para quem esperava singles orelhudos como os do álbum anterior - "Doubt" - donde saíram "Right Here, Right Now", "International Bright Young Thing" e "Real, Real, Real". "Perverse" não é pop nem é techno, ficando ali por aquela coisa que se chama cor de burro quando foge.

Ainda assim há momentos de algum fulgor que demonstram como a música de dança pode encaixar na perfeição no pop. Tem é de se saber o que se está a fazer...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

THAT'S JUST SILLY - XXIV

Depois de um dia de m#rda, isto soa-me a Bach.



"(...)

I never asked you to sign your name in blood
I just suggested we sync our bio-rthyms
You got issues
And I do too

(...)

All kinds of weird things unfortunately
All kinds of weird things happened to the younger me
All kinds of weird things and that's why I'm in therapy

(...)"

Novidades telegráficas. - II

Travis Bretzer, puto canadiano de 23 anos, lançou hoje o álbum "Waxing Romantic". Rodeou-se de membros dos MGMT, Haunted Grafitti (companheiros habituais de Ariel Pink) para a gravação do álbum e, pelo primeiro avanço – o single "Promisses", não parece mau dentro do género Pop-indie-pseudo-azeiteiro, com influências dos Prefab Sprout e Orange Juice.

Novidades telegráficas.

Em tempos de pouco tempo, damos as novidades rapidamente, para que ninguém nos acuse de falta de orientação sonora.

Steve Wilson, dos Porcupine Tree, tem um novo trabalho a solo. Chama-se "Hand. Cannot. Erase" e tem como single de apresentação este "Perfect Life", com o video a cargo de Youssef Nassar.

Parece bom. Vamos investigar.



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Food channel.

Boa noticia!

Os Blur de Damon Albarn, Graham Coxon, Alex James e Dave Rowntree estão de volta com um novo álbum. Chama-se "The Magic Whip" e tem edição para abril.
O amuse-bouche que nos é servido chama-se "Go Out" e não sabe mal. Mas não é cozinha Michelin.
Esperemos pelos pratos principais.


Toca aquela! - XIII

Começar o dia ao som de um clássico da década de 1990: "Hallo Spaceboy", do deus camaleão David Bowie, no álbum "Outside". A canção foi escrita a meias com Brian Eno e, quando foi lançada, mostrava Bowie apaixonado pelo rock industrial dos Nine Inch Nails, mas ficou mais conhecida pela remistura que os Pet Shop Boys fizeram, que aqui mostramos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Kraftwerk 3D vs 2DJs















Boing! Já cá canta.
Boom! Vamos ver.
Tschak! Djs Bruto&Ruto@Coliseu dos Recreios.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Warp Speed - V

Um excelente vídeo para uma boa música electrónica de Clark, mais um protégé da Warp Records. Este "Winter Linn", single do álbum homónimo de Clark, o sétimo da carreira, traz-nos um compositor em excelente momento de forma, ultrapassados que foram os demasiado ambiciosos "Totems Flare" de 2009 e "Iradelphic" de 2012. Electrónica numa versão IDM, com muita coisa a passar-se e que nem sempre é visível à primeira vista - ou à primeira audição.

São tempos áureos para a Warp. Depois do reconhecimento merecido ao novo álbum de Aphew Twin e do monumento que é "You're Dead!" dos Flying Lotus, "Clark" comprova que a editora está a trabalhar em muitas frentes e sempre com grande qualidade, aquela com que nos habituou.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

É Carnaval.

Menos aqui. Sabem porquê? Por causa dos inconseguimentos. E de muitas outras coisas, como mediocridade, incompetência, boçalidade e acima de tudo a maior estupidez humana jamais vista. É o que temos.

Dancemos, cantemos e siga prá frente que o que o povo quer é festa, com bombos e fooooogo de artifício!!!

Haja boas noticias.

No espaço de uma semana tivemos duas óptimas notícias, com o anúncio de concertos dos Underworld e Kraftwerk em Portugal. Sim, bem sei que são coisas já bem velhinhas, mas o Mário Soares ainda o é mais e continua a debitar disparates. Portanto, permitam-nos este retrocesso sonoro para aproveitar duas das bandas mais marcantes da música de dança. De sempre.

Há tantas músicas boas a escolher para esta posta que a decisão é um pouco aleatória. "Cowgirl" dos Underworld e "Radioactivity" dos Kraftwerk.



Sim...

... isto já me parece bem melhor.

"Huarache Lights" é o primeiro single a ser retirado de “Why Make Sense?”, o novo álbum dos Hot Chip. E, para compensar o desatino matinal de Twin Shadow, este "Huarache Lights" é um belo tónico de recuperação.

Venha o álbum!



Não...

... não estou nada preparado para isto.

O primeiro avanço para o novo disco de Twin Shadow,"Eclipse", responde pelo nome de "I'm Ready" e é uma pomposidade rock-fm, daquelas que servem para levantar as multidões em concertos de estádio. Uma verdadeira porcaria.

Ou o resto do álbum segue outra linha sonora ou desconfio que o título "Eclipse" vai ser bem apropriado para este ponto da carreira de Twin Shadow.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Regionalização.

A música electrónica é certamente um elemento decisivo na descentralização desta arte a nível mundial. Já não temos de esperar que as Sony e Warner deste mundo decidam quando é que o seus artistas vão lançar os seus álbuns. Tens um computador e uma plataforma de divulgação? Estás então apto a fazer música e a promover o teu trabalho.

Os Arca, aka Alejandro Ghersi, é um venezuelano que tem vindo a destacar-se em remisturas de temas ou na produção de trabalhos para outros artistas (o último álbum da Bjork tem uma ajudinha dele). O senhor também tem uma face bem visível na colaboração com os FKA Twigs, que agora ainda mais interesse têm por virem ao NOS Primavera Sounds, mas confesso que esse projecto me passa um pouco ao lado. "Xen", donde saiu este "Now You Know", é o primeiro trabalho de grande fôlego e lança pistas muito interessantes para o que poderemos vir a esperar deste compositor.

A Pitchfork escreveu sobre o autor e o álbum. Vale a pena ler.

Pelas ondas da rádio - X

Anda um senhor, daquele género de senhores, que têm um "S" tão grande como a carreira.
Também tem as bochechas maiores mas mantém a voz no mesmo sítio de há 20 anos: no ponto!
Para o início de uma boa tarde, o grande Lloyd Cole, ao vivo na KEXP, com um medley daqueles...

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Italo Disco IX

Mike Mareen foi mais um germânico convertido ao Italo Disco nos anos 80, chegando a ser considerado o rei desse género, título que me parece exagerado. Mas neste "Love Spy" conseguimos apanhar todos os tiques do Disco italiano, nomeadamente a aparência assustadora dos vocalistas, o péssimo gosto na elaboração dos vídeos e a utilização de uma parafernália de sintetizadores.

Mais um que se ficou pela década de 80.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Misturar, misturar, misturar.

Para os fãs de house music aqui fica uma misturada com piada, a cargo da dupla de DJs nova-iorquinos Housing Corp. A salada chama-se "Go Somewhere" e tem um sample de uma piroseira enorme que dá pelo nome de "Get It On Tonite" do igualmente piroso Montell Jordan. Mas como numa salada há sempre uns ingredientes mais fraquinhos, disfarça-se tudo com um bom tempero, neste caso um video divertido, também ele uma misturada de coisas conhecidas.

Bom mix-de-semana!

Aprender a descontrair.

“Learning to Relax” é o novo aperitivo a ser extraído do mais recente álbum de Dan Deacon, "Gliss Riffer". A edição está para breve.

Não é propriamente lounge music, mas promete ser bem divertida ao vivo, como costumam ser as músicas de Deacon.

Versões - XLVI

Como o DJ Ruto já referiu, despedimo-nos ontem de uma das figuras marcantes da música dos anos 80. Steve Strange sem os Visage era como um peixe fora de água, nunca conseguindo atingir os patamares de sucesso dos autores de "Fade to Grey".

Depois dos Visage, Strange teve outros projectos, sendo que os Strange Cruise terão sido provavelmente aqueles que ainda conseguiram um mínimo de destaque. O segundo single do primeiro e único álbum foi este "The Beat Goes On", uma cover de um tema de Sonny & Cher.

R.I.P. - II

Steve Strange faleceu ontem de ataque cardíaco, aos 55 anos.
Perdeu-se mais um dos heróis dos anos 80.
Honremos a sua memória.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Versões - XLV

Versão dos suecos Fidget para o clássico synthpop dos anos 80 "Living on Video", dos canadianos Trans-X. Há cerca de 20 covers deste tema mais umas quantas músicas que utilizam samples do fantástico Casio que era de facto o destaque desta música. Podem confirmar isso ouvindo o original. Se virem/ouvirem o vídeo/música dos Trans-X com atenção também vão identificar por lá pelo menos um Korg, um Roland (o SH 101, que é o que ele usa como guitarra) e mesmo um ancestral Access Virus. Deixa uma lágrima no canto do olho...

As miúdas dos outros.

Mais um grande momento para Baxter Dury, com o mais recente single a ser retirado de "It's a Pleasure". Chama-se "Other Men's Girls" e tem letra mordaz, melodia pop desencantada como os Pulp faziam tão bem e um video fantástico.

É um prazer mostrar-vos isto.

Mature Content.

Para esta tarde deixo-vos a primeira de cinco partes de um fantástico EP já de 2012 do britânico Sam Shackleton. Fica à vossa consideração ir à procura e promover a audição das restantes partes. No entanto, se querem ouvir o que o dubstep/techno pode significar longe das pistas de dança, então aconselho-vos vivamente a gastarem uns tempos com este EP.

Tensão, musicalidade, sobriedade na utilização dos baixos e uma produção perfeita combinam de forma brilhante para um álbum conseguido e maduro.

Anseios.

Os Cat's Eyes, projecto de Faris Badwan (The Horrors) e Rachel Zeffira, têm novo disco. Desta vez aliaram a sua música, já de si bastante cénica, ao novo filme do inglês Peter Strickland, "The Duke of Burgundy".

Como amostra daquilo que nos espera, temos direito ao genérico inicial do filme, qual single de promoção do álbum. E depois de espreitarmos o trailer do filme, ansiamos por mais! É toda a estética surreal e psicadélica dos filmes dos anos 60, o trabalho fotográfico saturado de filtros e a temática malandra entre duas senhoras, Sidse Babett Knudsen, da série "Borgen" e Chiara D’Anna. O que é que não há para gostar??

Quais cinquenta tons de uma porcaria cinzenta, este ao menos é a cores, bem saturadas e com uma banda sonora que promete!



THAT'S JUST SILLY - XXIII

140 caracteres para definir uma geração?
Não é preciso! Basta ver o video seguinte.

Se a série original, "Friends", estreada na década de 1990, se propunha a ser um retrato da minha geração em versão anglo-saxónica aparvalhada – e, por Tutatis, nós tínhamos uns quantos tiques realmente parvos – este brilhante sketch, qual remake de um episódio dessa série, em versão millennials (ou geração Z), consegue mostrar o verdadeiro nonsense dos jovens adultos que convivem connosco: Hipsters, trendys, sempre conectados ao virtual, assustadoramente desconectados do real e humano.

Atenção à letra da música. É um mimo de adulteração!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Por vezes vale a pena insistir. Ou não.

Lançado inicialmente em 1987, "Shine On", single dos britânicos The House of Love, falhou o assalto ao topo da tabelas musicais. Só a sua reedição em 1990 trouxe o sucesso e vendas significativas. Todavia, por essa altura o som dos The House of Love começava já a ser ultrapassado por uma nova corrente, cujos testas de ferro eram os Happy Mondays e os The Stone Roses.

O som da banda pouco evoluiu nos trabalhos seguintes. O mesmo não se pode dizer dos elementos que compunham o grupo, que entraram e saíram à mesma velocidade que consumiam drogas e se guerreavam. Herdeiros directos de uns Smiths ou Echo And The Bunnymen, numa altura em que as guitarras assumiam um papel preponderante no pop-rock britânico, os The House of Love desvaneceram-se com o avançar da década de 90. Voltaram a reunir-se já em 2003, mas por essa altura o comboio já tinha passado...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Músicas perdidas.

Álbum achado!

O realizador de cinema John Carpenter sempre teve um dedinho (ou mais) para as bandas sonoras dos seus filmes. Quem viu "Halloween", "The Fog" ou "Assault on Precinct 13", cedo percebeu que Carpenter tinha um talento natural para aliar o suspense das imagens que criava com música perturbadora. O casamento era terrífico e extremamente eficaz. John Carpenter definiu, nos anos 70, o arquétipo de filme de terror que ainda hoje é explorado até à exaustão.

Chega-nos agora "Lost Themes", uma colectânea das músicas que este foi fazendo ao longo da carreira, todas instrumentais, e algumas remixes que foram encomendadas a malta das vanguardas e electrónicas, tais como Zola Jesus e Silent Servant. Os temas são sempre servidos de sintetizadores e acompanhados por boas doses de tensão.

Uma boa prenda para os fãs do trabalho cinematográfico do mestre Carpenter!

Holy Shit! - II

Temos pena.
A quem não agradar, salte para a posta seguinte, mas a paixão por "I Love You, Honeybear", o novo disco de Father John Misty, obriga-me a repetir esta música. Ainda não há video oficial para este delicioso "Holy Shit", mas o álbum já está todo em streaming aqui para quem quiser ouvir.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Gente com coisas para dizer.

aqui disse que a pessoa ideal para falar dos Underworld é meu grande companheiro de discos, Dj Bruto. Mas hoje vamos dar lugar aos artistas e deixar a conversa para quem percebe da parra. A propósito da reedição de "Dubnobasswithmyheadman", celebrando assim os 20 anos de vida deste álbum e do concerto que deram no Royal Festival Hall, aqui fica um mini-documentário sobre o evento.



Ah Ah Ah!

Uma a duas vezes em cada década os Grammys fazem isto: atribuem um dos prémios principais a alguém artisticamente relevante ou que tenha feito música de qualidade. Não relevante pelo número de vendas, nem pela quantidade de produtores que foram necessários para pôr cá fora alguma coisa audível, nem pela qualidade desses produtores ou das empresas de marketing que as editoras põem a trabalhar os artistas. Basicamente dão um prémio a um artista ou banda que, realmente, fez alguma coisa de jeito.

Ontem à noite, os astros voltaram a alinhar-se e baralharam as contas dos fazedores de mediocridade. Beck, com o seu álbum "Morning Phase” venceu nas categorias "Álbum do Ano" e "Melhor Álbum de Rock", destronando o produto Beyoncé e o plagiador Sam Smith, que eram as apostas mais seguras para o galardão de "Álbum do Ano".

A internet e os seus utilizadores sub-20 estão em polvorosa. Este "glitch na matrix", esta verdadeira anormalidade na rotina que os mantém sedados e confortavelmente estupidificados, deixou muita gente incrédula e a destilarem ódio e ignorância nas caixas de comentários ou nas abençoadas redes sociais.

Mas é assim, caríssimos: de vez em quando, ainda há esperança para a humanidade que acredita no talento e na capacidade de inovar. Mesmo que venha de um cientologista...


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Holy Shit!































É a nova coqueluche sonora lá de casa.
Chama-se "I Love You, Honeybear" e é o segundo álbum de Father John Misty, ou Josh Tilman em modo génio bipolar, e tem esta capa maravilhosa, que merece ser exibida na posta. Olá, menino Jesus Tilman!!

O "pregador" que pragueja, canta, toca e dança esmerou-se no novo álbum. Entre o sarcasmo de Randy Newman e o romantismo de Leonard Cohen, Tilman cria canções pop intemporais e belas, mas carregadas de ironia e desencanto, sobretudo com os seus EUA.

E depois há a persona ao vivo, Father John Misty, o competente intérprete, mesmo quando toca para 25 pessoas, encafuado num pequeno barracão que serve de auditório para concertos da rádio canadiana CBC. Um dos pontos altos desta actuação, e do álbum, dá pelo nome de "Holy Shit". Aqui fica ele em versão peça para viola e piano.




(...)

Coliseum families
The golden era of TV
Eunuch sluts, consumer slaves
A rose by any other name
Carbon footprint, incest streams
Fuck the mother in the green
Planet cancer, sweet revenge
Isolation, online friends

Oh, and love is just an institution based on human frailty
What's your paradise gotta do with Adam and Eve?
Maybe love is just an economy based on resource scarcity
But our fantasy is what that's gotta do with you and me.

Músicas do oceano.

O álbum "Ocean Songs" é um marco na carreira dos Dirty Three e na corrente post-rock australiana. A banda é composta por Warren Ellis, Mick Turner e Jim White, sendo que de todos o mais conhecido será provavelmente Ellis, que colabora nos Bad Seeds do Nick Cave e também nos Grinderman. O DJ Ruto já os tinha apresentado ao nosso público, nesta excelente posta.

Formação invulgar, composta por um violino amplificado, guitarra eléctrica e bateria, travam uma batalha constante entre a obtenção da beleza e a sujidade sonora, nunca tratando os conceitos de forma óbvia. Música instrumental, num trabalho sempre coeso e inquisitivo.

Um lambuzar de estilos.

Troublemakers, mais um trio francês com origens musicais muito diferentes e que reflectem essa diversidade nas composições que nos apresentam. Jazz, funk, electrónica, algum hip-hop, é um fartar vilanagem em termos de estilos.

Cenas do irmão mais novo.

Will Butler, dos Arcade Fire, editou no ano passado o seu primeiro álbum a solo, "Policy".
O último single a ser retirado do mesmo é este "Anna", cheio de tiques e toques dos 80's.

Bom dia!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Mais dança, por favor.

Mais um regresso que marca o início de 2015.

"Individ" é o título do sexto álbum de originais dos The Dodos.
Meric Long e Logan Kroeber, a dupla que forma a banda de São Francisco, são também os protagonistas do curioso video do primeiro single, "Competition". A moda dos videos feitos num só plano parece que veio para ficar. Felizmente para este video, a técnica é bem usada.

Animatrix.

Neste nosso espacinho de recordação de bandas e músicas que nos vão transmitindo algo ao longo da vida, seja isso alegria, desprezo, contemplação ou euforia, não posso pois deixar de fazer referência aos Peace Orchestra, projecto paralelo de Peter Kruder, um dos elementos dos mais conhecidos Kruder & Dorfmeister.

O álbum homónimo, já de 1999, teve o ponto de maior reconhecimento comercial neste Who Am I?, não necessariamente o auge do CD mas que teve muita exposição por fazer parte da banda sonora do filme Animatrix, uma animação (ou melhor, mais concretamente 9 pequenas animações) que se interligam com o universo de The Matrix, dos Wachowski. Provavelmente recordo mais esta faixa por também ter feito parte da banda sonora do melhor filme de 2000, Memento, do Christopher Nolan.

Peace Orchestra, K & D, Tosca... é escolher à vontade pois a qualidade está lá.

Menos conversa, por favor.

Não vou dizer muita coisa sobre estes senhores. Precisam apenas de saber que os Talking Heads são uma das bandas mais importantes dos anos 70/80. Os senhores (e senhora) David Byrne, Chris Frantz, Tina Weymouth e Jerry Harrison criaram algumas das melhores e mais inteligentes músicas da época.

Vão lá (re)descobrir os Talking Heads e depois voltem aqui.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Gagarin!!

O duo britânico Public Service Broadcasting está de volta com o seu (sempre difícil) segundo álbum, "The Race For Space". O single de apresentação, "Gagarin", é um verdadeiro hino dançante, qual banda sonora do genérico de um filme blaxploitation dos 70s, com um soul funk de primeira categoria.

Agora resta esperar que o álbum aterre para o testarmos no nosso laboratório.
Comecem a contagem decrescente: "9, 8, 7, 6..."

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

THAT'S JUST SILLY - XXII

Fleur & Manu, dupla de cineastas, aliaram-se a Skrillex para fazerem este "Doompy Poomp", com muito humor, a propósito do Groundhog Day.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Prenda.

É para ela, só para ela e ela, melhor que ninguém, vai adorar isto.

Os Eels no álbum de 2009, "Hombre Lobo", com a pérola "That Look You Give That Guy".

Parabéns!!!



Terra de um só homem.

O projecto de Conor O'Brien, Villagers, vai presentear-nos com o seu terceiro álbum, que irá suceder ao aclamado "Awayland". Dará pelo nome de "Darling Arithmetic" e foi escrito, tocado, produzido, gravado e misturado por Conor O'Brien sozinho. Uma verdadeira aventura sonora e emocional que aguardarmos com alguma curiosidade.

Aqui fica o primeiro destaque do álbum, o single "Courage".