"The Arp" é o mais recente single retirado de "Each Other", o terceiro álbum de originais do canadiano Aidan Knight. O vídeo é demasiado convencido, qual episódio nostálgico de X-Files. A canção merecia algo menos pretensioso.
quinta-feira, 24 de março de 2016
Senior Files?
quarta-feira, 23 de março de 2016
Da criação ao produto final.
Eluvium é um dos muitos projectos do norte-americano Matthew Cooper, conhecido pela sua obra na ambient music. Hoje destacamos a edição da sua segunda compilação, "Life Through Bombardment Vol. 2 ", em que o artista encaixa todos os discos que fez de 2009 até agora numa embalagem luxuosa, com direito a gravura de Jeannie Lynn Paske, uma artista plástica norte-americana, que tem colaborado com Cooper. Toda a caixa é um mimo para coleccionadores e fãs, mas é especialmente um deleite pessoal ver o vídeo de promoção, realizado por Jeremy deVine, que acompanha o processo de criação da gravura, passagem para impressão em offset, todo o trabalho de criação e estampagem da caixa, a numeração de cada exemplar, a impressão do vinil, enfim, um luxo de artes gráficas!
Quem quiser investir 150 dólares (cerca de 133,60 euros) numa obra de arte visual e sonora, é só dar um pulo até aqui.
Quem quiser investir 150 dólares (cerca de 133,60 euros) numa obra de arte visual e sonora, é só dar um pulo até aqui.
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Matthew Cooper
terça-feira, 22 de março de 2016
Prospecto musical.
Os ingleses The Magnetic North, banda de Simon Tong (The Verve; Blur; The Good, The Bad and The Queen), Gawain Erland Cooper e Hannah Peel, lançaram, na sexta-feira passada, o seu segundo álbum de originais: "Prospect of Skelmersdale". Recorremos à editora da banda, a Full Time Hobby, para sabermos mais um pouco sobre a história deste álbum e de Skelmersdale:
Skelmersdale in West Lancashire was designated a new town in 1961. Part of the UK’s second wave of post-war population redistribution, it was failing within twenty years. Another Northern town facing up to the realities of the Thatcher era, Skem (as it’s known locally) saw house prices spiral down and unemployment figures rise. Prospects for Skelmersdale looked decidedly gloomy until some unlikely saviours stepped in.
In the early ’80s, Skem became the official UK home of the Transcendental Meditation movement. Geographically placed somewhere near the centre of the country, the town was deemed the perfect site for the movement to build their ‘ideal maharishi village complete with gold meditation dome’ (the Guardian). The local community was soon augmented by families from across the country looking to live peaceful, peace-promoting lives with an overriding ambition to spread goodwill to the town and beyond.
Simon Tong was a child of one of those families. “We moved there in 1984 from Bolton. My dad wanted to be a part of the TM movement in the town. He wasn’t ever a hippie; he’d been more of a beatnik in the ’60s. Growing up in Skem as a teenager, I hated the whole TM thing. When I got to 16 and started practising it for a few years, it worked. I became a lot less miserable and angry.”
O primeiro single é este "Signs", cujo vídeo contém imagens de arquivo da promoção da cidade, na década de 1960.
Skelmersdale in West Lancashire was designated a new town in 1961. Part of the UK’s second wave of post-war population redistribution, it was failing within twenty years. Another Northern town facing up to the realities of the Thatcher era, Skem (as it’s known locally) saw house prices spiral down and unemployment figures rise. Prospects for Skelmersdale looked decidedly gloomy until some unlikely saviours stepped in.
In the early ’80s, Skem became the official UK home of the Transcendental Meditation movement. Geographically placed somewhere near the centre of the country, the town was deemed the perfect site for the movement to build their ‘ideal maharishi village complete with gold meditation dome’ (the Guardian). The local community was soon augmented by families from across the country looking to live peaceful, peace-promoting lives with an overriding ambition to spread goodwill to the town and beyond.
Simon Tong was a child of one of those families. “We moved there in 1984 from Bolton. My dad wanted to be a part of the TM movement in the town. He wasn’t ever a hippie; he’d been more of a beatnik in the ’60s. Growing up in Skem as a teenager, I hated the whole TM thing. When I got to 16 and started practising it for a few years, it worked. I became a lot less miserable and angry.”
O primeiro single é este "Signs", cujo vídeo contém imagens de arquivo da promoção da cidade, na década de 1960.
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The Magnetic North
Para ter debaixo de olho. - II
A norte-americana Laurel Sprengelmeyer, mais conhecida como Little Scream, vai lançar o seu segundo álbum de originais, "Cult Following", em maio deste ano, depois da estreia, em 2011, com "The Golden Record". Multi-instrumentalista e artista plástica, Sprengelmeyer tem contado com a produção e colaboração de Richard Reed Parry (Arcade Fire) nas aventuras sónicas de Little Scream, mas, para o segundo álbum, a lista de colaboradores cresceu e tornou-se um mimo de qualidade: Sufjan Stevens, Sharon Van Etten, Kyp Malone (TV On The Radio) e Mary Margaret O’Hara.
O primeiro single é este "Love as a Weapon", delícia pop retro, onde o falsetto de Little Scream nos traz à memória os irmãos Gibb, dos Bee Gees. Esteticamente, o vídeo casa na perfeição com a música, e é da responsabilidade de Dan Huiting.
O primeiro single é este "Love as a Weapon", delícia pop retro, onde o falsetto de Little Scream nos traz à memória os irmãos Gibb, dos Bee Gees. Esteticamente, o vídeo casa na perfeição com a música, e é da responsabilidade de Dan Huiting.
Howdy, partner!
Voltámos a ter notícias de Grant Lee Phillips!
O "cantautor" norte-americano andou a passear pela América profunda e trouxe-nos um disco novo, "The Narrows", onde o seu folk alternativo andou às cambalhotas com o country e pariu um filho bastardo. Phillips inspira-se nos cânones do género e cria uma sonoridade mais apropriada para o mercado norte-americano, mas que não deixa de ter a sua piada. Fiquem com duas amostras, a balada "Cry Cry" e o irrequieto "Loaded Gun".
O "cantautor" norte-americano andou a passear pela América profunda e trouxe-nos um disco novo, "The Narrows", onde o seu folk alternativo andou às cambalhotas com o country e pariu um filho bastardo. Phillips inspira-se nos cânones do género e cria uma sonoridade mais apropriada para o mercado norte-americano, mas que não deixa de ter a sua piada. Fiquem com duas amostras, a balada "Cry Cry" e o irrequieto "Loaded Gun".
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segunda-feira, 21 de março de 2016
Vivo e a cores.
De Steve Mason já aqui falámos. Apresentações feitas, passemos para o novo single do músico escocês, "Alive". O espírito pop da The Beta Band continua a vivo.
O vídeo, de animação nostálgica, é de Rok Predin.
O vídeo, de animação nostálgica, é de Rok Predin.
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The Beta Band
O que é nacional é massa. - III
Monstermine é um projecto de Diogo Ferreira, que se deu a conhecer com um álbum homónimo, de edição de autor, em 2014. Apresenta-nos agora o seu segundo single, "Look Out", mais electrónico e descomplexado do que o single anterior, "There's Still Life". Pop indie portuguesa, com certeza!
O vídeo é de Miguel Reis.
O vídeo é de Miguel Reis.
THAT'S JUST SILLY - XXXV
A dupla francesa Philippe Cerboneschi e Hubert Blanc-Francard, mais conhecida como Cassius, volta a atacar a nossa pélvis, com este "Action", abrilhantado pelas vozes de Mike D (The Beasty Boys) e Cat Power.
Mas o que é mesmo importante aqui é o vídeo da música, que torna os Cassius merecedores de aparecerem na categoria de humor cá do burgo. Verdadeira delícia kitsch, onde não pode passar despercebida a cortina de salsichas...
Mas o que é mesmo importante aqui é o vídeo da música, que torna os Cassius merecedores de aparecerem na categoria de humor cá do burgo. Verdadeira delícia kitsch, onde não pode passar despercebida a cortina de salsichas...
sexta-feira, 18 de março de 2016
Novidades telegráficas. - XXXIII
Rápido, rápido, que parou a chuva e está sol lá fora.
Novo single para "The Hope Six Demolition Project", de PJ Harvey. Chama-se "The Community Of Hope" e é rock com consciência social e política. O vídeo é de Seamus Murphy. Tudo aprovado!
Natasha Khan, mais conhecida como Bat For Lashes, vem apresentar-nos "The Bride", o seu quarto álbum de originais. "In God's House" é o primeiro single e não é mau.
Massive Attack em boa forma é o que se pode dizer deste "Ritual Spirit", música que também dá nome ao EP mais recente da banda. Nas vozes está Azekel, no vídeo está Kate Moss, dirigida por Medium e pelo próprio Robert Del Naja, o "3D" dos Massive Attack. Não tem a dimensão dos vídeos anteriores, mas tem a Sra. Moss.
"Left Handed Kisses" é o novo single de Andrew Bird, para o seu mais recente "Are You Serious". Fiona Apple dá uma ajuda, mas não ficámos muito convencidos. Desconfiamos que há lá músicas melhores, mas confirmamos no dia 1 de abril. O video é de Philip Andelman.
Os nossos adorados Pet Shop Boys apresentam mais uma canção do seu álbum "Super", que também sai dia 1 de abril. Escutamos em primeira mão "The Pop Kids", que tresanda a autobiografia de Neil Tennant e Chris Lowe...
Terminamos com os Underworld, que puseram duzentos e cinquenta japoneses a ouvir o seu álbum novo, "Barbara Barbara, we face a shining future", de auscultadores, no topo de um edifício no célebre bairro de Shibuya (been there!), em Tóquio.
Novo single para "The Hope Six Demolition Project", de PJ Harvey. Chama-se "The Community Of Hope" e é rock com consciência social e política. O vídeo é de Seamus Murphy. Tudo aprovado!
Natasha Khan, mais conhecida como Bat For Lashes, vem apresentar-nos "The Bride", o seu quarto álbum de originais. "In God's House" é o primeiro single e não é mau.
Massive Attack em boa forma é o que se pode dizer deste "Ritual Spirit", música que também dá nome ao EP mais recente da banda. Nas vozes está Azekel, no vídeo está Kate Moss, dirigida por Medium e pelo próprio Robert Del Naja, o "3D" dos Massive Attack. Não tem a dimensão dos vídeos anteriores, mas tem a Sra. Moss.
"Left Handed Kisses" é o novo single de Andrew Bird, para o seu mais recente "Are You Serious". Fiona Apple dá uma ajuda, mas não ficámos muito convencidos. Desconfiamos que há lá músicas melhores, mas confirmamos no dia 1 de abril. O video é de Philip Andelman.
Os nossos adorados Pet Shop Boys apresentam mais uma canção do seu álbum "Super", que também sai dia 1 de abril. Escutamos em primeira mão "The Pop Kids", que tresanda a autobiografia de Neil Tennant e Chris Lowe...
Terminamos com os Underworld, que puseram duzentos e cinquenta japoneses a ouvir o seu álbum novo, "Barbara Barbara, we face a shining future", de auscultadores, no topo de um edifício no célebre bairro de Shibuya (been there!), em Tóquio.
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quinta-feira, 17 de março de 2016
Única.
"Music Sounds Better With You". Que hino do French Touch! E a única canção elaborada pelos Stardust, colectivo que integrava Thomas Bangalter (Daft Punk), Alan Braxe e Benjamin Diamond.
Para além da óptima música, destaque também para o vídeo, dirigido por Michel Gondry, onde as personagens robóticas são naturalmente um piscar de olhos à imagem dos Daft Punk.
Lançado em 1998, o sucesso deste single criou grande pressão no trio para que surgisse um longa-duração dos Stardust. Tal nunca veio a acontecer, pelo que resta-nos ouvir esta óptima música.
Para além da óptima música, destaque também para o vídeo, dirigido por Michel Gondry, onde as personagens robóticas são naturalmente um piscar de olhos à imagem dos Daft Punk.
Lançado em 1998, o sucesso deste single criou grande pressão no trio para que surgisse um longa-duração dos Stardust. Tal nunca veio a acontecer, pelo que resta-nos ouvir esta óptima música.
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Local:
Lisboa, Portugal
quarta-feira, 16 de março de 2016
Por conta própria.
O norte-americano Rostam Batmanglij, que fez parte dos Vampire Weekend até janeiro passado, decidiu deixar a banda e dedicar-se à sua carreira a solo, apesar de ter afirmado que iria continuar a colaborar com os Vampire.
Produtor e colaborador de gente tão distinta como os Ra Ra Riot, Discovery, Cass McCombs, Hamilton Leithauser, Charli XCX, Carly Rae Jepsen e Santigold, Rostam apresenta-se agora em nome próprio, lançando dois singles novos: "EOS" e "Gravity Don't Pull Me". Não são maus, mas também não são extraordinários.
Os vídeos foram realizados pelo músico, com a colaboração de Josh Goleman no vídeo de "Gravity Don't Pull Me".
Produtor e colaborador de gente tão distinta como os Ra Ra Riot, Discovery, Cass McCombs, Hamilton Leithauser, Charli XCX, Carly Rae Jepsen e Santigold, Rostam apresenta-se agora em nome próprio, lançando dois singles novos: "EOS" e "Gravity Don't Pull Me". Não são maus, mas também não são extraordinários.
Os vídeos foram realizados pelo músico, com a colaboração de Josh Goleman no vídeo de "Gravity Don't Pull Me".
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Idiotas há muitos, seu palerma!
Após o muito aclamado "The Idiots Are Winning" (adoro o título!), foi preciso aguardar mais 7 anos para termos novidades de James Holden, através do álbum "The Inheritors". É aí que fui buscar este "Renata", single que ouvi na altura do edição do LP, lá para 2013, mas que entretanto caíra no esquecimento. Boa altura para o recuperar e aproveitarmos as linhas de crescimento criadas pelos sintetizadores de Holden, a que se somam as duras ondas provocadas pela percussão gravada ao vivo.
Vídeo elaborado por Will Samuel e Jack Featherstone, este último o mentor de toda a artwork subjacente a "The Inheritors"
Vídeo elaborado por Will Samuel e Jack Featherstone, este último o mentor de toda a artwork subjacente a "The Inheritors"
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James Holden
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Lisboa, Portugal
Devia ter sido este mas não foi.
É já daqui a dois dias que é editado o novo álbum dos Underworld, "Barbara Barbara, We Face a Shining Future", o nono da longa carreira desta banda. Aliás, no Japão saiu hoje, respeitando uma boa relação que a banda mantém com esse país.
Como single de avanço foi escolhido o primeiro tema do LP, "I Exhale", que apesar de não ser mau não está ao nível dos singles mais burilados dos "Underworld". Aliás, quem decide estas coisas, seja a banda ou a editora, poderia - e deveria - ter olhado para este "Low Burn" como potencial primeiro single, muito mais na tradição daquilo que é expectável do duo Karl Hyde e Rick Smith. "Barbara Barbara, na sua totalidade, não defrauda as expectativas, ainda que certamente não entre para o top de melhores álbuns da banda.
E porquê este nome - "Barbara Barbara, We Face a Shining Future"? Trata-se de uma bonita homenagem ao pai de Rick, cujas últimas palavras foram mesmo essas, dirigidas então à sua mulher.
Como single de avanço foi escolhido o primeiro tema do LP, "I Exhale", que apesar de não ser mau não está ao nível dos singles mais burilados dos "Underworld". Aliás, quem decide estas coisas, seja a banda ou a editora, poderia - e deveria - ter olhado para este "Low Burn" como potencial primeiro single, muito mais na tradição daquilo que é expectável do duo Karl Hyde e Rick Smith. "Barbara Barbara, na sua totalidade, não defrauda as expectativas, ainda que certamente não entre para o top de melhores álbuns da banda.
E porquê este nome - "Barbara Barbara, We Face a Shining Future"? Trata-se de uma bonita homenagem ao pai de Rick, cujas últimas palavras foram mesmo essas, dirigidas então à sua mulher.
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Local:
Lisboa, Portugal
Ponto bem feito. III
Iremos vê-lo em junho, no NOS Primavera Sound, com Jean-Benoit Dunckel, o seu sócio nos AIR, mas, por agora, continuamos a explorar o seu magnífico álbum de estreia a solo, "Contrepoint".
"Elfe Man" é o single mais recente do francês Nicolas Godin e que aqui é apresentado, em modo caleidoscópio, no vídeo de Camille Vivier e Sanghon Kim.
"Elfe Man" é o single mais recente do francês Nicolas Godin e que aqui é apresentado, em modo caleidoscópio, no vídeo de Camille Vivier e Sanghon Kim.
Esperava-se mais, é certo. II
Voltamos aos The Last Shadow Puppets e à praia, pois, pelos vistos, há novidades na história de Alex Turner e Miles Keane estarem enterrados na areia. "Aviation", o novo single da banda para o seu segundo álbum, "Everything You've Come To Expect", melhorou, ligeiramentente, a nossa percepção do novo trabalho dos Puppets, apesar de continuar a não deslumbrar. Ou então somos nós que já estamos a ficar muito esquisitos.
Por falar em esquisitices, referimos no início da posta que estávamos de volta à praia onde se desenrolava a acção do vídeo do single anterior, "Everything You've Come To Expect". O vídeo deste "Aviation" recupera essa história, mas entra em modo flashback, andando para trás no tempo, numa estrutura narrativa que se deve prolongar nos próximos vídeos da banda. A Black Sheep Studios continua a ser responsável pela brincadeira.
Por falar em esquisitices, referimos no início da posta que estávamos de volta à praia onde se desenrolava a acção do vídeo do single anterior, "Everything You've Come To Expect". O vídeo deste "Aviation" recupera essa história, mas entra em modo flashback, andando para trás no tempo, numa estrutura narrativa que se deve prolongar nos próximos vídeos da banda. A Black Sheep Studios continua a ser responsável pela brincadeira.
De volta às pistas e dança.
Este "Careless" é, como poderão ouvir, uma música predestinada para as pistas de dança, com o grande e ressoante baixo e o loop vocal a passearem-se entre os pitches. É um trabalho muita na linha do que o duo Dusky nos vem apresentando, num garage com pinceladas de house. EP editado através da AUS, acaba por ser um pouco mais do mesmo, crítica maior que se lhe poderá fazer.
Não deixa, no entanto, de ser um EP interessante, em especial a hipnotizante e algo paranóica "Esperanto Juggler". Nada de muito inovador mas certamente com grande impacto nas... pistas de dança.
Não deixa, no entanto, de ser um EP interessante, em especial a hipnotizante e algo paranóica "Esperanto Juggler". Nada de muito inovador mas certamente com grande impacto nas... pistas de dança.
Local:
Lisboa, Portugal
sexta-feira, 11 de março de 2016
Problemas conjugais.
Os segundos álbuns são mesmo lixados.
Ontem vimos os The Last Shadow Puppets ainda enterrados num álbum que prometia, mas que demora a cumprir. Hoje temos outra banda com o mesmo problema: os Cat's Eyes, do casal Rachel Zeffira e Faris Badwan (The Horrors). O disco chama-se "Treasure House” e, pelas pistas que vai deixando, o tesouro deve estar bem escondido, pois ainda não é com "Drag", o novo single, que reencontramos o brilho do primeiro álbum. Mais uma vez, como ontem, estamos perante uma boa canção, mas que ainda não está naquele patamar de qualidade que a banda nos habituou.
E para não fugir à comparação com a posta de ontem dos Puppets, também aqui temos um vídeo competente e que se adequa na perfeição à letra da música. Apesar do teor sério e dramático daquilo que filmaram, e que a banda interpretou, acredito que se tenham divertido a filmar as 'agressões'...
Ontem vimos os The Last Shadow Puppets ainda enterrados num álbum que prometia, mas que demora a cumprir. Hoje temos outra banda com o mesmo problema: os Cat's Eyes, do casal Rachel Zeffira e Faris Badwan (The Horrors). O disco chama-se "Treasure House” e, pelas pistas que vai deixando, o tesouro deve estar bem escondido, pois ainda não é com "Drag", o novo single, que reencontramos o brilho do primeiro álbum. Mais uma vez, como ontem, estamos perante uma boa canção, mas que ainda não está naquele patamar de qualidade que a banda nos habituou.
E para não fugir à comparação com a posta de ontem dos Puppets, também aqui temos um vídeo competente e que se adequa na perfeição à letra da música. Apesar do teor sério e dramático daquilo que filmaram, e que a banda interpretou, acredito que se tenham divertido a filmar as 'agressões'...
quinta-feira, 10 de março de 2016
Esperava-se mais, é certo.
Ainda não foi com a canção que dá nome ao seu novo álbum, "Everything You've Come To Expect", que os The Last Shadow Puppets (Alex Turner e Miles Keane) nos convencem do potencial do seu segundo disco de originais. Mas está melhor que o anterior "Bad Habits", disso não há dúvida.
O video, feito pela Black Sheep Studios, é uma espécie de "atira-te ao mar e diz que te enterraram" (perdoem-me o trocadilho parolo), mas tem a sua piada e não podem dizer que não é original.
O video, feito pela Black Sheep Studios, é uma espécie de "atira-te ao mar e diz que te enterraram" (perdoem-me o trocadilho parolo), mas tem a sua piada e não podem dizer que não é original.
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quarta-feira, 9 de março de 2016
Improvisos e boa companhia.
Juntem dois tipos talentosos, num estúdio artilhado de pianos, órgãos e sintetizadores, numa noite de verão em Berlim e dá nisto. O islandês Ólafur Arnalds e o alemão Nils Frahm apresentam-nos a sessão que deu origem a "Trance Frendz", o segundo disco que foi lançado na compilação da dupla "Collaborative Works". Para um melhor entendimento do processo de criação, fiquem com as palavras de Arnalds e Frahm:
After deciding to release the other studio collaborations, we planned to do a video session of us performing an improvised duo to promote the release. On the 28th of July 2015 we met up at Durton Studio in Berlin, and invited Alexander Schneider and his camera to document it. But instead of ending the session after the first take we continued to improvise throughout the night, ending up with several new pieces written and recorded in 8 hours with no overdubs and no edits.
We felt there was something special in these songs. They arrived so quickly and so unexpectedly, and at the end of the night we had all this music that sounded unfamiliar even to us — loudly asking to be included in this collection, especially because our friendship and collaboration originally started with live improvisation on stage.
A realização do documentário/performance é de Alexander Schneider e Mickael Brock
After deciding to release the other studio collaborations, we planned to do a video session of us performing an improvised duo to promote the release. On the 28th of July 2015 we met up at Durton Studio in Berlin, and invited Alexander Schneider and his camera to document it. But instead of ending the session after the first take we continued to improvise throughout the night, ending up with several new pieces written and recorded in 8 hours with no overdubs and no edits.
We felt there was something special in these songs. They arrived so quickly and so unexpectedly, and at the end of the night we had all this music that sounded unfamiliar even to us — loudly asking to be included in this collection, especially because our friendship and collaboration originally started with live improvisation on stage.
A realização do documentário/performance é de Alexander Schneider e Mickael Brock
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Sem comoções.
De facto, é sem grandes sobressaltos ou comoções que retornamos a Lloyd Cole, um dos melhores compositores de música das últimas décadas. A solo ou com os Commotions, têm sido muitos anos de bons álbuns e músicas. Com quase três décadas este "Lost Weekend" continua a ser uma melodia óptima (ainda que o vídeo seja para o fraquito), single para o álbum de 1985 "Easy Pieces".
E que álbum foi esse! Na verdade, após o gigante "Rattlesnakes", o que de novo ou melhor nos poderia trazer a banda? Não trouxe nada de novo, essa é a realidade, mas continuou na linha do álbum anterior, com músicas pop fantásticas. Claro que a crítica não perdoou essa pretensa falta de criatividade, adjectivando o álbum como falho de ideias ou dizendo "these songs and their performances sound second-hand. The music is mushy and lacks edges, keyboards brought forward to dilute the guitars. Cole's lyrics sound as though they were written to fit the metre rather than to say anything".
É claro que, como habitualmente, o povo é quem mais ordena e portanto borrifa-se para os hipotéticos críticos, levando portanto este "Easy Pieces" a nº 5 da tabela do Reino Unido, o lugar mais alto obtido pelos Lloyd Cole and The Commotions.
E que álbum foi esse! Na verdade, após o gigante "Rattlesnakes", o que de novo ou melhor nos poderia trazer a banda? Não trouxe nada de novo, essa é a realidade, mas continuou na linha do álbum anterior, com músicas pop fantásticas. Claro que a crítica não perdoou essa pretensa falta de criatividade, adjectivando o álbum como falho de ideias ou dizendo "these songs and their performances sound second-hand. The music is mushy and lacks edges, keyboards brought forward to dilute the guitars. Cole's lyrics sound as though they were written to fit the metre rather than to say anything".
É claro que, como habitualmente, o povo é quem mais ordena e portanto borrifa-se para os hipotéticos críticos, levando portanto este "Easy Pieces" a nº 5 da tabela do Reino Unido, o lugar mais alto obtido pelos Lloyd Cole and The Commotions.
É o que há hoje na loja.
Querem coisas fáceis? Vão ouvir as manhãs da Comercial e apreciar as boçalidades que aqueles radialistas têm para vomitar.
Dopplereffekt, projecto electrónico de Gerald Donald, desta vez com edição da berlinense Leisure System. Drum machines, bits e bytes, preto e branco, críptico e gélido, são estas as propostas conceptuais deste maxi-single. Uma relação muito próxima com a tecnologia, por vezes até a pontos excessivos, como poderão ouvir no segundo single que escolhi, este já de 1999, "Plastiphilia 2". São bons tributos à principal força motivadora dos Dopplereffekt: os Kraftwerk.
Dopplereffekt, projecto electrónico de Gerald Donald, desta vez com edição da berlinense Leisure System. Drum machines, bits e bytes, preto e branco, críptico e gélido, são estas as propostas conceptuais deste maxi-single. Uma relação muito próxima com a tecnologia, por vezes até a pontos excessivos, como poderão ouvir no segundo single que escolhi, este já de 1999, "Plastiphilia 2". São bons tributos à principal força motivadora dos Dopplereffekt: os Kraftwerk.
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terça-feira, 8 de março de 2016
Menos mau.
Nunca fui grande fã dos norte-americanos Silversun Pickups. Quando surgiram, e rapidamente foram comparados aos The Smashing Pumpkins, torci o nariz. Do que fui ouvindo da banda nada me pareceu especial, nem merecedor de destaque. Mas hoje dou-lhes o benefício da dúvida e deixo-os tocar cá no estaminé. Tudo graças à pop simpática de "Circadian Rhythm (Last Dance)", o mais recente single a ser retirado de "Better Nature", o seu quarto álbum de originais, que já anda por aí.
Quanto ao vídeo, uma absoluta miséria...
Quanto ao vídeo, uma absoluta miséria...
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A Ela e às Outras.
Não sou muito destas coisas de dias internacionais ou outros que tais. Mas Elas merecem tudo e por isso aqui deixo duas versões para a mesma música: "She". A primeira é escrita e cantada pelo fantástico Charles Aznavour (em colaboração na composição com Herbert Kretzmer), editada como single em 1974; a segunda, bem mais recente, na voz do também ele enorme Elvis Costello. Esta última versão fez parte da banda sonora do filme "Nothing Hill" e foi lançada em 1999.
Um bom dia para Elas.
Um bom dia para Elas.
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segunda-feira, 7 de março de 2016
Anda aos donos!
Viagem no tempo até ao ano de 2003, para vasculharmos "Phantom Power", o sexto álbum de originais dos galeses Super Furry Animals (SFA), que andam a ladrar e a largar pulgas desde 1993, para gáudio dos nossos ouvidos. No meio de tanta coçadela, encontramos o single "Golden Retriever", verdadeira delícia rock, com toques de paródia glam, bem ao estilo humorado dos SFA.
Quem é o menino mais peludo, quem é?
Coisa linda!!
Quem é o menino mais peludo, quem é?
Coisa linda!!
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sexta-feira, 4 de março de 2016
Novidades telegráficas. - XXXII
Para fechar a semana, vemos, rapidamente, o que há de novo por aí.
Os The Kills, de Alison Mosshart e Jamie "Hotel" Hince, vão lançar um álbum novo para o princípio de junho. “Ash & Ice” é o nome de guerra do bicho, e a primeira amostra é este "Doing It To Death". O (curioso) vídeo é de Wendy Morgan.
O projecto Kaada/Patton, que junta o compositor norueguês John Erik Kaada e Mike Panton (Faith No More, Fantômas, Mr. Bungle), vai lançar o seu segundo álbum, "Bacteria Cult", no início de abril. O primeiro single é este "Imodium" (há que adorar os nomes escolhidos até agora). Desconcertante como sempre, quer a música, quer o vídeo, que é da autoria de Alexandru Ponoran.
Por falar em desconcertante, regressamos a "Hold/Still", o novo álbum dos Suuuns, para vermos o seu segundo single, "Paralyzer". Sim, todo o álbum é assim, bizarro e desafiador, mas vale a pena. O vídeo é de Charles-André Coderre.
Encerramos com sons mais fáceis, cortesia dos londrinos HÆLOS, aqui com o novo single "Separate Lives". O álbum chama-se "Full Circle". O vídeo, realizado por Arthur Delaney, apresenta imagens da banda durante a tournée.
Os The Kills, de Alison Mosshart e Jamie "Hotel" Hince, vão lançar um álbum novo para o princípio de junho. “Ash & Ice” é o nome de guerra do bicho, e a primeira amostra é este "Doing It To Death". O (curioso) vídeo é de Wendy Morgan.
O projecto Kaada/Patton, que junta o compositor norueguês John Erik Kaada e Mike Panton (Faith No More, Fantômas, Mr. Bungle), vai lançar o seu segundo álbum, "Bacteria Cult", no início de abril. O primeiro single é este "Imodium" (há que adorar os nomes escolhidos até agora). Desconcertante como sempre, quer a música, quer o vídeo, que é da autoria de Alexandru Ponoran.
Por falar em desconcertante, regressamos a "Hold/Still", o novo álbum dos Suuuns, para vermos o seu segundo single, "Paralyzer". Sim, todo o álbum é assim, bizarro e desafiador, mas vale a pena. O vídeo é de Charles-André Coderre.
Encerramos com sons mais fáceis, cortesia dos londrinos HÆLOS, aqui com o novo single "Separate Lives". O álbum chama-se "Full Circle". O vídeo, realizado por Arthur Delaney, apresenta imagens da banda durante a tournée.
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terça-feira, 1 de março de 2016
Novidades telegráficas. - XXXI
18 de março será o dia da edição de "Girl At The End Of The World", o décimo quarto álbum de originais dos James. Para o promover, espreitemos "Nothing But Love", um daqueles hinos de estádio como os James tão bem sabem fazer. O vídeo (bonito) é de James Fitzgerald.
De Perth, na Austrália, chegam-nos os Methyl Ethel, que lançam o seu álbum de estreia, "Oh Inhuman Spectacle", pela reputada 4AD. O primeiro single cabe à faixa de abertura do álbum, "Idée Fixe". O vídeo é de Olivier Groulx.
Ainda andamos com a cabeça no espaço, a acompanhar a corrida dos Public Service Broadcasting em "The Race For Space", aqui com "E.V.A.", o último single a ser extraído do álbum, e que contém samples de "Diary of a Cosmonaut" e "A Walk In Space".
Fechamos com os Mogwai, que têm álbum novo, "Atomic", com edição prevista para 1 de abril. "Ether" é o nome do belo single que nos acompanhará no caminho para casa.
De Perth, na Austrália, chegam-nos os Methyl Ethel, que lançam o seu álbum de estreia, "Oh Inhuman Spectacle", pela reputada 4AD. O primeiro single cabe à faixa de abertura do álbum, "Idée Fixe". O vídeo é de Olivier Groulx.
Ainda andamos com a cabeça no espaço, a acompanhar a corrida dos Public Service Broadcasting em "The Race For Space", aqui com "E.V.A.", o último single a ser extraído do álbum, e que contém samples de "Diary of a Cosmonaut" e "A Walk In Space".
Fechamos com os Mogwai, que têm álbum novo, "Atomic", com edição prevista para 1 de abril. "Ether" é o nome do belo single que nos acompanhará no caminho para casa.
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Como elas entram e ficam.
A música começava delicadamente e, ao fim de dez segundos, entrava uma voz que sussurrava uma história, em vez de a cantar.
Foi com um começo assim que, há vinte anos, me apaixonei pelos Tindersticks. A música chamava-se "My Sister", do segundo álbum homónimo da banda, e, até hoje, é uma das minhas músicas de perdição. Da paixão nasceu um namoro sério que, depois de muitos e muitos concertos, levou a casamento. A relação manteve-se estável, embora nos últimos anos tenha perdido algum fulgor. Houve mudanças de casa, velhos amigos que saíram, novos amigos que entraram, a rotina que se instala, a idade que passa, o carinho que fica.
Mas a ternura dos quarenta tem destas coisas: ou se arranja uma banda com metade da idade (e metade da inteligência), ou, sem esperarmos, temos uma surpresa fantástica no recato do lar.
A música começa delicadamente e, ao fim de vinte segundos, Stuart Staples sussurra "This is how he entered", e voltou a haver um brilho nos olhos. Chama-se "How He Entered" e já a ouvi mais de dez vezes hoje. O álbum chama-se "The Waiting Room" e já tem os irmãos à espera dele, lá em casa. o vídeo é de Richard Dumas e Amaury Voslion, a ideia foi do próprio Staples.
Ainda há muita paixão por estes senhores.
Foi com um começo assim que, há vinte anos, me apaixonei pelos Tindersticks. A música chamava-se "My Sister", do segundo álbum homónimo da banda, e, até hoje, é uma das minhas músicas de perdição. Da paixão nasceu um namoro sério que, depois de muitos e muitos concertos, levou a casamento. A relação manteve-se estável, embora nos últimos anos tenha perdido algum fulgor. Houve mudanças de casa, velhos amigos que saíram, novos amigos que entraram, a rotina que se instala, a idade que passa, o carinho que fica.
Mas a ternura dos quarenta tem destas coisas: ou se arranja uma banda com metade da idade (e metade da inteligência), ou, sem esperarmos, temos uma surpresa fantástica no recato do lar.
A música começa delicadamente e, ao fim de vinte segundos, Stuart Staples sussurra "This is how he entered", e voltou a haver um brilho nos olhos. Chama-se "How He Entered" e já a ouvi mais de dez vezes hoje. O álbum chama-se "The Waiting Room" e já tem os irmãos à espera dele, lá em casa. o vídeo é de Richard Dumas e Amaury Voslion, a ideia foi do próprio Staples.
Ainda há muita paixão por estes senhores.
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Alternative Pop-Rock,
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Tindersticks
O que eles queriam dizer.
Novo single para "Night Thoughts", o último álbum de originais dos Suede. Chama-se "What I'm Trying To Tell You" e é Suede de boa qualidade. O vídeo é um segmento do filme que Roger Sargent realizou para acompanhar o álbum, como já aqui tínhamos relatado.
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