Versões - XXVIII

Lembrei-me dos The Beatles e logo vieram à cabeça umas dezenas de músicas. Uma dessas foi aquela que por certo mais vezes foi alvo de uma qualquer versão: "Twist and Shout". Mas na verdade a canção dos Beatles era já ela uma versão de um tema de 1961 dos The Top Notes intitulada "Shake It Up, Baby", que ainda seria revista pelos The Isley Brothers até chegarmos à versão mais conhecida dos The Beatles.

Depois, bem depois vieram versões dos the Mamas & the Papas, Cliff Richard, The Tremeloes e continuando... Mas o "Twist and Shout" mais conhecido é naturalmente o dos The Beatles, até pela voz cansada, arranhada e em esforço do John Lennon, após gravar dez canções em cerca de dez horas para o álbum "Please, please me".

Por ser menos conhecida fiquemos com os Isley Brothers.

Daqui para a Suécia.

O primeiro número 1 dos The Beatles nos States, há 50 anos.

Modulação de outras ondas.

Os We Have Band voltam cá a casa.
Trazem álbum novo, "Movements", que já anda por aí há uns meses.
Mas que até agora não tinha produzido um single que merecesse a minha atenção.
Chegou entretanto este "Modulate", que já satisfaz alguns parâmetros de qualidade.

O video não é nada de especial: três trinca-espinhas, na marotice, a fazerem publicidade aos benefícios da anorexia e da ambiguidade. Bah!
Safa-se a música, felizmente.

És o maior, pá!

Foi o grito da noite.
Mesmo em português.
Pallet pediu a tradução e riu-se.
Nós rimos também, mas sabíamos que a verdade não andava longe.

Concerto brilhante, com direito a banda e tudo, que acabou de forma intensa com este "Lewis Takes Of His Shirt", apesar da mais pedida da noite, a versão de "Odessa", de Caribou, ter sido dispensada.
Não fez mal. A barriga já estava cheia de boa música.



Para quem não conhece a dita versão, aqui fica ela:

O rugir do veterano.

Peter Murphy está de regresso aos discos, com novo trabalho que dá pelo nome de "LION".
E, para abrir caminho, apresenta-nos este "I Am My Own Name", entrada de leão, cheia de estaleca.
Mais bicharada desta, sff!

É incrível o que um bom músico consegue fazer...

Primeiro que tudo: esta canção chama-se "Greetings to the new brunette"; porém, ficou conhecida como Shirley. Quem for fazer uma revisão à carreira do Billy Bragg por certo dirá que um dos seus maiores sucessos foi este "Shirley". Podem ouvir o original aqui. E porque é que gosto tanto da versão que segue nesta posta? Porque tem à guitarra o Sr. Johnny Marr, que lhe dá uma roupagem fantástica, à imagem do que fazia nos The Smiths! O que um bom músico não consegue fazer...!

One-man-show.

Amanhã, vamos beber um copo com este senhor e vê-lo a fazer pequenas sinfonias pop com o auxílio de cordas e máquinas. Grande concerto em perspectiva.
Esperemos que o Lux o saiba receber dignamente.

'Bora colaborar? - II

Voltamos aos Simian Mobile Disco, que nos trazem material novo, resultado da colaboração com o alemão Roman Flügel.
"Techo minimal misturado com Deep House" dizem os especialistas.
Bife com batatas fritas, respondo eu. É bom e basta.
E vem acompanhado de um video que é uma delícia de sobremesa.

Este homem é um Senhor!

Lembrando um dos clássicos do Senhor Lloyd Cole, que passou recentemente por Portugal, e que na sua última visita ao nosso país tinha dado uma entrevista à Atual, que foi agora relembrada pelo Blitz:

"Na altura, em entrevista ao Atual - suplemento cultural do Expresso -, Lloyd Cole confessou-se admirador de Portugal, particularmente da capital. "Gosto de andar em Lisboa. É uma cidade boa para fazer exercício - sou um homem velho, preciso de praticar. Da última vez fiquei alojado bem perto do Cinema São Jorge e o que fiz foi andar por todo o lado, para cima de dez quilómetros. Sou fã dos azulejos, adoro o Museu Nacional do Azulejo e tenho alguns livros sobre o assunto. Já conheço alguns donos dos restaurantes, vou sempre ao British Bar, no Cais do Sodré, porque não é um sítio britânico de todo. O velhote que engraxava os sapatos à porta já morreu, infelizmente. Fiquei satisfeito porque da última vez um dos veteranos do sítio chegou-se à minha mesa e perguntou: 'você já vem cá há muito tempo, não vem?'. Comida, bebida, e andar pelas ruas: Lisboa é perfeita para isso".

És grande, pá!

Mais uns filhos da Warp Records.

Já tinha falado dos Autechre por ocasião de um vídeo dos Plaid e da Warp Records. Retorno a estes senhores da música electrónica a propósito de uma colectânea da Bleep, intitulada Bleep: 10, lançada no passado dia 5 de maio. Este SYptixed surge a par de malhas de outras bandas a merecerem audição, como Modeselektor, Machinedrum ou µ-Ziq. Não é fácil, mas vale muito a pena.

Conversa animada.

É o que pretendemos fazer daqui a umas horas.
Juntar amigos à volta de uma mesa, petiscos e copos.
O desfecho não será certamente este, mas prometemos comportamentos igualmente descabidos.

Os Simian Mobile Disco a abrirem as hostilidades para um fim-de-semana merecido e desejado.

Boas notícias!

Alegrai-vos, gente de bom gosto musical e amante de bandas sonoras e outros cenários sonoros!

Yann Tiersen tem novo álbum. Chama-se "∞ (Infinity)".
O single de apresentação do álbum é este "A Midsummer Evening".
E já há uma data para um concerto em Lisboa: 19 de outubro, no CCB!
Adivinhem quem vai?
Bruxo!

Para os que tiverem curiosidade em espreitar o novo álbum ao vivo, podem fazê-lo aqui.

Fora do nosso controlo.

Não, não é publicidade aos preservativos.
É mais uma amostra de quão bom é este projecto que junta James Mercer e Danger Mouse, os Broken Bells.
A tour de promoção do último álbum, "After The Disco", anda por esse mundo fora, mas, por enquanto, não passa por cá.
E é uma pena, porque estamos a perder isto:

Agitando o habitual. - II

Voltamos aos The Knife, que vão lançar um mini-álbum (EP??) de remisturas de originais deles.
Chama-se "Shaken-Up Versions" e é apresentado ao mundo com esta versão de "Without You My Life Would Be Boring", do último álbum de originais "Shaking The Habitual".

Ainda mais tribal que o original, esta versão é acompanhada por mais um video "tapa-na-pantera".
Bom para agitar corpos num dia tão cinzento como o de hoje.

Os descendentes do vocoder.

Não costuma ser hábito gostar mais das versões ao vivo do que das em álbum. Mas há sempre excepções e esta é uma delas: Crimewave, dos canadianos Crystal Castles. O Sr. Ethan Kath já fazia uma electrónica muito aceitável antes de se juntar a Alice Glass, da qual não podemos apreciar por completo a voz neste single pois está toda processada por computador. E o que é melhor é que adoramos assim!

Vida de solteiro.

Hamilton Leithauser, vocalista dos The Walkmen, banda que já por aqui tocou (muito) boa música (e que esperamos que volte a tocar, apesar do limbo em que se encontram), estreia-se a solo com o álbum "Black Hours". O single de promoção é este "Alexandra" e, sonoramente, é uma continuação do trabalho feito por Leithauser nos The Walkmen.

Resumindo: a curiosidade é grande para ouvir este "Black Hours".  Nem que seja para perceber se o som de Leithauser é indissociável dos The Walkmen ou não.

Sr. Hamilton, a fasquia está alta.

Quase, quase feito num Game Boy.

Mais uma música do senhor Legowelt, holandês que nos brinda com melodias simples mas cativantes, feitas em sintetizadores e tecnologia do tempo da maria cachucha. Versão dos Orgue Electronique. Fast beat for a slow morning.

Super Funky

No auge da música dançável em França, com todas aquelas coisas boas dos Air, Étienne de Crécy, Cassius, Laurent Garnier e outros, havia também os Superfunk. Muita colagem, muitos estilos diferentes e sempre muito divertimento. Como podem constatar por este single do álbum de 2000, "Hold Up".

Mais um soldado desconhecido.

John Foxx, um dos unsung heroes da cena eletrónica dos finais dos 70, início dos 80. Primeiro vocalista dos Ultravox e muitas vezes mais conhecido pela sua participação em projetos paralelos do que pelas suas próprias obras, não deixa por isso de ser uma figura incontornável para quem se interesse por aquela música electrónica talvez mais difícil de ouvir.

Depois de um interregno de mais de uma década, voltou em meados dos anos 90 e desde então não voltou a parar. Prova disso o grande álbum do ano passado, "European Splendour", em colaboração com Jori Hulkkonen. Tomem lá um cheirinho.

Música de barbearia.

E o que é a Barbershop Music? É um estilo de música à capela, muito em voga nos EUA na década de 50 e mesmo 60, com uma combinação específica de harmonias, em que o cantor principal canta a melodia, o tenor harmoniza por cima dessa linha, muitas vezes num intervalo de quinta, havendo ainda o baixo e o barítono que "rodam" à volta destas linhas. Eram músicas muito simples, com letras também elas simples e que tanto eram cantadas por grupos femininos como masculinos.

Auge deste estilo eram as The Chordettes, das quais apenas uma ainda hoje é viva. O senhor do "pop" também já não está connosco: era um muito jovem Andy Williams!

Um anjo no banco traseiro.

O video de "Angel (Touch Me)", primeiro avanço para o novíssimo "The Night Is Young", dos The 2 Bears, é uma divertida homenagem ao filme "Wings of Desire" de Wim Wenders.

Não esquecer que um destes "ursinhos carinhosos" é Joe Goddard, dos Hot Chip.

Efeito eurovisão.

Mais uma para "Reflektor".
Depois de Chonchita a chocar a europa de leste, vêm agora os canadianos pagar a Andrew Garfield para chocar o resto do mundo.
Bom video para "We Exist".

Expectativas. - II

Confirma-se.
É um grande álbum.
"Meteorites", produzido por Youth, traz-nos Ian McCulloch e Will Sergeant, os sobreviventes da formação original dos Echo, que nos deram "Crocodiles", "Heaven Up Here" e "Ocean Rain". E "Meteorites" está à altura do legado que destes álbuns. Aqui fica "Lovers On The Run", primeiro single a ser lançado do novo trabalho.

Expectativa superada!

Saída limpinha.

O comentário político nunca foi um objectivos deste blog.
Música sim.
E música com mensagem também. Se der para juntar o útil ao agradável, melhor.
E que melhor música para ser a banda sonora da famosa saída limpa, que nos espera do outro lado deste paraíso de retoma económica, do que esta...

Serviço público - VI

Chvrches, banda escocesa de Glasgow, visitou os estúdios da "nossa" mui estimada rádio norte-americana NPR.
Lá instalaram a sua parafernália electrónica (são tão lindos os sintetizadores, não são?) e deram um dos já famosos Tiny Desk Concerts. Não foi acústico, mas assim saímos nós a ganhar ao vê-los brincar com botões e teclas.

Beleza gélida.

Hauschka, nome artístico do alemão Volker Bertelmann, é hoje recebido cá em casa para um recital de piano e dança. Músico influente na cena alternativa alemã, o pianista de formação clássica é conhecido pela sua abordagem pouco convencional ao instrumento.

Lançou em março passado um novo álbum, "Abandoned City".
Traz-nos hoje, para nosso deleite, o video do single "Elizabeth Bay".
Façamos então silêncio e vistam um casaco quentinho para apreciarem esta peça.

Expectativas.

Antecipando um dos álbuns mais esperados deste ano, "Meteorites", recordamos algumas das nossas músicas favoritas dos Echo and The Bunnymen.
A fazerem música desde 1978, os Echo são uma referência do rock inglês alternativo que aliam bom gosto e sobriedade a uma experimentação sónica muito própria.

Em 1997, este "Nothing Lasts Forever", foi o cartão de visita para "Evergreen", álbum que marca o regresso de Ian McCulloch aos Echo (após uma ausência de dez anos da banda) e às grandes músicas.

Boris, volta! Estás perdoado.

A propósito da confusão que vai no leste, graças a um projecto de ditador manhoso que é Vladimir Putin, recordo hoje o meu presidente favorito desse magnífico país mafioso que é a Rússia, o grande e geralmente bêbado Boris Yeltsin. Que pelos vistos também tem muitos fãs nos EUA, sobretudo graças a Someone Still Loves You Boris Yeltsin, banda de Springfield, não a dos Simpsons, mas a do Missouri. Praticantes de indie-pop relativamente inconsequente, trago-os hoje apenas com o pretexto de homenagear esse estadista amante de vodka e danças tontas.

Yeltsin, ilumina-nos com a tua tontice, salvai-nos do ex-KGB que gosta de andar de cavalo seminu e de invadir ex-colónias da defunta U.R.S.S..

Feltro.

Mais um video de animação, mais uma volta no carrosel colorido e talentoso dos Metronomy.
E, apesar de "Love Letters" não ser um álbum de grande colheita, não deixa de ter umas boas canções pop, como esta "Reservoir", sempre pontilhadas com sintetizadores vintage como a malta gosta.

Mais e mais disto.

As nova-iorquinas Au Revoir Simone regressam cá a casa para darem um pézinho de dança.
Ora toquem lá o último single a ser retirado de "Move In Spectrums".