Tenho sempre algum descomplexo e descontracção quando vejo grupos rock a trocarem guitarras por sintetizadores. Não acho que seja uma heresia nem um compromisso da imagem sonora das bandas que enveredam por esse caminho. A minha paixão pelas electrónicas permitiu-me encarar as mudanças sonoras como um desafio positivo e já tive surpresas muito agradáveis.
Mas, às vezes, deparo-me com obstáculos na estrada. Hoje apresento-vos um desses exemplos.
Gosto imenso da banda canadiana Metric, especialmente da sua vocalista Emily Haines. Vão agora lançar o seu sexto álbum de originais, e pelos primeiros sons que emitem, aprofundaram o seu gosto pelos sintetizadores e descobriram os vocoders... A música chama-se "Cascades" e instrumentalmente é interessante, com um electro pop bem retro, como se quer na actual cena musical. O problema é a voz, e a impressão robotizada que decidiram dar à cantoria da Sra. Haines. Sinceramente não funciona.
Vai ser daqueles álbuns que precisarei de lhe dedicar atenção para perceber o que é que pretendem dos sintetizadores. Se é só moda por moda ou se tem verdadeiramente objectivo e conteúdo.
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