quarta-feira, 16 de maio de 2018

Feios, maus e deliciosamente inseguros.


































Comecemos pelo evidente: a capa do álbum de estreia homónimo dos Insecure Men. Se este fantástico tributo à propaganda norte-coreana vos deixar indiferente, então não têm o sentido de humor necessário para frequentar este estaminé.

Continuam por aqui? Então apresentemos a dupla de adultos que aparece na ilustração e que são os mentores dos Insecure Men: Saul Adamczewski (corrido dos Fat White Family por demasiadas drogas num corpo só, entretanto já limpo) e Ben Romans-Hopcraft (Childhood), são dois músicos ingleses, amigos de longa data, que uniram esforços para nos darem um dos discos mais inconvenientes dos últimos tempos.

Conseguem-no com letras que falam de gente tão recomendável como Gerry Adams (sim, o senhor do IRA na deliciosa faixa "Ulster"), Cliff Richard ("Cliff Has Left the Building"), Gary Glitter ("Mekong Glitter"), Whitney Houston e a filha dela! E os suícidos de ambas (a gloriosa faixa "Whitney Houston & I")!

Não contentes com uma prosa tão apurada, os Insecure Men dão-nos música feita à base de pop aditivada com easy-listening, glam rock, indie rock, exotica e mais umas sonoridades rejeitadas pelo bom gosto mainstream.

Exageramos? Sim, exageramos, mas é o nosso modus operandis quando ficamos obcecados por um disco tão magnífico como este. Juntem-se a nós nesta obsessão e descubram os Insecure Men nos singles "Teenage Toy" e "I Don't Wanna Dance (with My Baby)", ambos realizados por Jak Payne, e "Ulster", cujo vídeo é de Niall Trask.

E também levam com estes senhores ao vivo, no Scala de Londres, a tocarem "Mekong Glitter". Aquelas projecções em fundo do pedófilo Glitter, intercaladas com imagens de criancinhas orientais (certamente do Vietname ou do Camboja), são um mimo...








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