Não é todos os dias que uma plateia de cinema se agonia em colectivo.
Lisboa teve ontem o privilégio de levar com um valente aperto nos tomates, cortesia do documentário que passou no Indie Lisboa "In The Basement", do realizador austríaco Ulrich Seidl.
Entre saudosistas do nazismo, gente demente de toda a espécie, apreciadores de caves como santuários de tempos mais felizes (??!?) e praticantes (fanáticos) de sadomasoquismo e dominação, o filme é um retrato assustador de austríacos aparentemente normais, mas que se transcendem quando descem às suas caves.
Essencial de ver, difícil de aguentar os seus 85 minutos de duração.
P.S.: Nunca mais me venham cá falar da soft-porno-chachada que andou aí a fazer furor pelas salas de cinema e a pôr moçoilas e respeitáveis senhoras a ler manuais de como umas palmadas no rabo fazem maravilhas pelo romantismo moderno. A ficção bem se esforça, mas nunca ultrapassará a demência da realidade.
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