terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Os pais de todos os THE.

Quando falamos dos The The falamos essencialmente de Matt Johnson, o único verdadeiro elemento permanente desta banda inglesa, ainda que muitas outras pessoas importantes tenham passado de modo esporádico pela formação do grupo, casos de Johnny Marr (Smiths), Dave Palmer (ABC) ou mesmo Jools Holland.

Mas vamos à música, pois a Wikipédia dá-vos toda a informação importante sobre a banda.

Do primeiro álbum da banda - Soul Mining - sai este muito bom single "Uncertain Smile", aqui tocado ao vivo com Jools Holland, que de facto gravou a parte de piano da versão editada em 1982. Sim, porque houve uma versão de 1981, intitulada "Cold Spell Ahead", que em vez do piano tinha um solo de saxofone e flautas. É ouvir esta versão e a do sax para perceber que "Uncertain Smile" saiu muito mais beneficiada.



Saltemos o segundo álbum da banda, o também muito bom "Infected", de 1986, e aterremos naquele que deu aos The The o seu single de maior sucesso: "The Beat(en) Generation", retirado de "Mind Bomb". Mais uma vez este trabalho contou com inúmeras colaborações de gente conhecida, nomeadamente Sinéad O'Conner ou o já mencionado Johnny Marr. Aliás, para quem conhece o trabalho deste último não pode deixar de notar a sua qualidade nas músicas de "Mind Bomb", não desfazendo nas próprias virtudes de Matt Johnson.



Acabemos este pequena viagem por alguns dos álbuns dos The The com "Dusk", editado em 1993 e que teve como single de avanço este "Dogs of Lust"



Após "Dusk", Matt Johnson voltou à vida solitária, acabando com o formato "banda" que o tinha acompanhado nos dois últimos álbuns. Seguiram-se mais dois álbuns relativamente anónimos e, nos últimos anos, o rapaz parece que tem andado a dedicar-se a compor bandas sonoras para filmes, casos de "Moonbug" ou "Hyena".

Classificados inicialmente como New Wave, os The The ultrapassam largamente qualquer fronteira com que os queiram balizar, fruto de um som muito particular que inclui elementos do Country, Jazz, Synthpop ou Psychedelia. Poucas vezes relembrados quando se faz um balanço da histórica da música nos anos 80 ou 90, fica aqui este espacinho no Duotron para recordar às gerações vindouras que nem tudo o que não atinge o primeiro lugar do Top é necessariamente mau. Antes pelo contrário.

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